Capítulo 2

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William tinha razão ao dizer que eu iria gostar de conhecer o lugar em que me encontrava, era tudo muito charmoso e todas as pessoas eram simpáticas e atenciosas, fiquei feliz por William não expor minha atual situação a todos que nos comprimentaram pelo caminho e curisos, perguntavam quem eu era, e ele apenas se limitou a falar que era uma amiga que tinha vindo visita-lo. Ele me emprestou seu casaco já que minhas roupas estavam um pouco molhadas e sujas, como era grande acho que ninguém percebeu.
Ao chegar no pequeno consultório do médico Carlos, acho que estava mais nervosa do que imaginava que ficaria, sem dúvida não gosto de hospitais ou algo parecido, o que eu imaginei que poderia ser um sinal de que minha memória poderia estar voltando.
Depois de uma curta conversa com o doutor, já que eu não poderia dar mais detalhes do que havia acontecido comigo, e depois de alguns exames, ele me garantiu que eu ficaria bem, e que a perda de memória provavelmente foi devido a pancada forte que levei na cabeça, mas que aparentemente não havia nenhuma lesão mais grave, e que minha memória poderia voltar a qualquer minuto ou dias, quem sabe mais, não poderia se dizer ao certo.

-Então como foi?
-Nada que a gente ainda não soubesse. Que provavelmente a minha amnésia foi por causa da batida na cabeça, e que pode voltar a qualquer momento, não tem muito o que fazer à não ser esperar e torcer para que volte logo.
-Sinto muito.
-Tudo bem, a culpa não é sua. E ele me passou um remédio pra ajudar com a dor, o que já ajuda bastante.
-O que você está pensando em fazer agora.
-A verdade. Não faço a menor idéia.
-Bom eu te convido para passar o tempo que quiser na minha casa.
-Na sua casa?
-Sim, você precisa de um lugar para ficar, trocar essas roupas e você deve estar com fome não?
-Sim, mas...
-Depois que você descansar um pouco a gente procura mais informações sobre algum naufrágio. Quem sabe se você relaxar um pouco ajude a suas lembranças a voltarem.
-Você acha?
-Bem não custa tentar, e você precisa descansar um pouco, toda essa história é de mais pra qualquer um.
-Você nem imagina.
-Vem comigo, minha irmã pode te enprestar uma roupa limpa e...
-Tudo bem, você já me conveceu.
-Que bom, fico feliz em saber que já estar confiando mais em mim.
-É. Não sei como, nem porque, mais me sinto segura com você.
-É bom ouvir isso. E eu não irei lhe decepcionar.
-É bom ouvir isso também.
-Vamos.
-Sim.

William me contou mais um pouco sobre o local e suas histórias no caminho para sua casa, era fofo ver como ele tentava deixar o clima menos pesado e estava dando certo, apesar de continuar sem minhas memórias fico feliz de estar bem, estou viva e tenho a esperança de que minha memória volte logo e também estou feliz de ter encontrado um cara tão legal como o William para me ajudar nesse processo. Bem poderia ter cido bem pior, mas o que me deixa mais agoniada é não saber se eu estava só no naufrágio ou se minha família também estava comigo, e o que aconteceu com eles. Enquanto eu não tiver essas respostas acho que não ficarei tranquila, mas tento parecer mais calma e despreocupada o William está fazendo muito por mim e eu não quero parecer ingrata, ou indiferente aos seus esforços para me deixar mais tranquila.
Ele me parece um cara incrível, uma pessoa que qualquer um gostaria de conhecer e de ter por perto. O que ele está fazendo por mim eu nunca poderei esquecer, é bom saber que de alguma forma você não está sozinha. Não sei o que seria de mim se não fosse por ele.

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