A policial Luiza não poderia sequer imaginar a cena que encontrou em uma chácara grande no interior de São Paulo. Na verdade, quem esperaria por tal imagem de crueldade?
A entrada da casa era linda, cheia de arbustos verdes e flores que coloriam cada parte do jardim. O terreno em que este lar estava abrigado era muito grande e possuía uma piscina azul extraordinária que estava cheia de água até as suas extremidades. É o lugar ideal para se passar um feriado.
Quer dizer, menos nesta ocasião.
Isso tudo é porque Luiza fora chamada há uma hora por meio da ligação dos vizinhos, que estavam desesperados, para que os policiais verificassem os terríveis corpos que ali jaziam. Na entrada, não havia sinal de arrombamento, então a pessoa que cometeu o crime possuía acesso direto à casa ou talvez até morasse ali, embora os vizinhos tenham falado que viram apenas um casal morando na residência.
Na sala de estar, estava um homem de tamanho mediano, com um corpo forte e cabelos loiros, seu pescoço estava parcialmente cortado, olhos abertos e ele estava todo sujo de sangue. Não havia nenhum sinal de luta, então quem quer que tenha feito isso, o matou logo no primeiro corte, sem chance alguma de proteção ou defesa. A arma do crime fora depositada ao lado de seu corpo. Enquanto isso, passava um jogo de futebol na TV que provavelmente iniciou no momento em que o crime aconteceu.
Adentrando pela casa, depois de passar por varias marcas de uma mão ensanguentada na parede do corredor principal, foi encontrado mais um corpo. A mulher estava no chão do banheiro, seus cabelos negros se contrastavam com o piso branco do cômodo. Sua feição era angelical, possuía um corpo moreno bem bronzeado. Vestia uma camisola azul ciano de seda com gotas de sangue espalhados pela sua fronte, se juntando ao tecido como se fosse mero detalhe. Sua mão esquerda estava suja de sangue, muito embora não houvesse ferimento algum na jovem moça.
Luiza se abaixou para sentir sua pulsação e percebeu como seu corpo estava inerte, toda a vida que já possuira anteriormente, foi-se. A policial reparou que o corpo estava repleto de pequenos comprimidos espalhados ao seu redor. Pela situação em que o corpo estava, não havia como negar: fora um suicídio.
Provavelmente, após ela matar o homem.
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Motivo para matar quem você ama
Mystery / ThrillerO que fazer quando tudo na sua vida parece um erro? Quando a única pessoa que você realmente quis na vida, parece apenas querer te machucar? Será este um motivo para matar quem você ama? Ana Clara irá passar por altos e baixos para decidir qual é...