Restaurante

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Gaby pov

Fiquei observando e vi que queria mudar algumas coisas, enquanto a Mad estava com um ventilador portátil no cabelo.

-Charles, sabe aquela chamadinha de cabeça, de leve?

-Sei!

-Assim que vocês entrarem, faça pra Madison, eu sei que não sou eu quem preparo a cena, mas acho que ficaria legal.

Logo vi uma terceira pessoa ir tentar soltar o cabelo da Madison.

-Queria ver tudo como no primeiro ensaio, lembram?-Perguntei e eles afirmaram.

A musica saiu de primeira, nem precisou ser regravada, a Madison tinha uma química com o Charlie que fazia com que tudo ficasse perfeito.

-Você não tem ciúme?-Carlos o namorado da Raia perguntou parando do meu lado-

-Do que?-Perguntei

-Da menina que faz a Julie com seu namorado?

-A menina que faz a Julie, é a Madison, e não eu não tenho ciúme, Charlie e Madison são como irmãos. Agora sai daqui Carlos.

-Vamos só regravar a parte que a Mad atravessa o Charlie!- Kenny falava no megafone- A cena que eles somem vamos gravar amanhã.

No fim da gravação Charlie passou por trás de mim já sem a touca que ele usava na gravação.

-Cansado?

-Um pouco, por que?

-Nada, queria ficar um tempo com você.

-Maldade Gaby.-olhei pra ele sorrindo-Vamos lá pra casa então, vou só trocar de roupa, e nós vamos.

-Não mocinho, hoje nós vamos sair de verdade, sem risco de acidentes. E tudo planejado por mim. Te busco ás nove.

Eu já estava no carro quando ele veio quase que correndo. O deixei em casa e fui pra minha, tomei um banho bem tranquilo, peguei um vestido que tinha deixado pra festa de fim das gravações, era preto, com uma abertura na lateral, sem mangas, tinha alcinhas bem finas, lindo e elegante sem ser vulgar. Desci as escadas descalço e coloquei o salto no carro. Fui buscar o Charlie que estava com uma camisa social branca, uma calça jeans clara e um all star branco, e o cabelo do jeitinho que eu amava.

-Oi moça!-Ele falou entrando no carro e sentando em cima do salto

-Não vai machucar a bunda nisso!-falei e peguei o salto

-Por que seus saltos estão no banco?-Ele me beijou

-Por que não consigo dirigir com eles, agora segura.

Entreguei o salto pra ele e voltei a dirigir, acho que passei quarenta minutos dirigindo até chegar no restaurante de comida brasileira que ficava em Vancouver.

-Finalmente eu vou experimentar comida brasileira.-ele falou sorrindo e olhando pra fora do carro a fachada do restaurante

Eu coloquei o salto e desci do carro.

Victor o chefe me recebeu muito bem, claro que falando português perfeitamente, e eu falava parecendo que estava entalada.

-Gabrielly, quanto tempo!

-Victor-o abracei- Esse é Charlie Gillespie.

-Trouxe o namorado pra conhecer a comida brasileira?

-É isso-sorri-

-Seus pais vieram e falaram sobre a nova produção, estou ansioso!

-Vai ser lindo, está sendo incrível gravar.

-Que ótimo, bom não vou mais tomar o tempo de vocês, vou levar vocês até a mesa reservada.

Quando nos sentamos ele olhou em volta, o restaurante era bem a cara do Brasil mesmo.

-Você fala brasileiro?-ele perguntou e eu sorri

-Meu bem é português, e sim eu falo português. Espanhol, Alemão, Italiano e francês.

- Ne joue pas! Est-ce que tu parles français? (Não brinca ! Você fala francês ?)

-Oui, je parle français ! (Sim, eu falo francês)

-Você é perfeita-ele falou sorrindo- E o que eu peço ?

-Não peça feijoada ! É forte pro seu estomago. Faz assim..-Eu não levantei a mão, apenas olhei pro Victor que estava andando pelo salão e logo ele veio nos atender- Victor, trás pra mim o churrasco e aqueles acompanhamentos.

Não demorou muito vieram até a nossa mesa trazendo, uma pequena porção de arroz, feijão tropeiro, batata frita, vinagrete, e carne assada na churrasqueira. Expliquei sobre cada prato pro Charlie, que quando comeu ficou abismado no sabor da comida brasileira.

-Como você sabe de tudo isso ?-Ele perguntou

-Minha mãe é brasileira. E ela sempre ensinou as coisas pra gente.

-Ou seja você é descendente de brasileira.

-Isso-sorri-

-O que mais eu não sei sobre você ?

-Conforme o tempo vai passando a gente vai aprendendo um sobre o outro de forma gradual.

Durante o jantar Charlie me fez sorrir diversas vezes, ele era engraçado.

-Sobremesa?-Victor perguntou vinda até nossa mesa.

-Por favor-sorri-

-Quente, frio ou ambiente ?-Victor perguntou

-Eu quero aquele açaí, o mais simples que puder.

-O que é 'az...asa...assa'-Charlie tentou pronunciar mas não conseguiu.

-Victor, trás só pra ele experimentar por favor.

Cinco minutos depois o açaí veio. Na primeira colherada Charlie fez uma cara horrível, mas por que estava com leite em pó e leite condensado. Peguei uma colher do meu puro e coloquei em sua boca.

-Assim é melhor.

Troquei a tigela com ele, que tomou todo o meu açaí.

-Gaby-ele falou colocando a mão em cima da minha-Obrigado, está sendo incrível descansar a cabeça um pouco sabe. Nos últimos meses minha cabeça só funcionou pela serie.

-Então eu te distraio ?-falei seria, mas claro que eu estava brincando-

-O que ? Não !-sorri-

-Relaxa Gillespie, estou brincando.

-Você tira toda a tensão que existe.

-Char, vamos pra casa.

-O que ? Já ?

Passei o peito do pé na perna dele.

-Entendi, vamos pra casa.

Pagamos a conta, e fomos pro carro, eu já tirei os saltos pra dirigir, parei o carro no primeiro hotel/pousada que encontrei na beira da estrada, nada luxuoso, mas eu precisava sentir o toque do Charlie de novo.

Entramos no quarto nos beijando, ele tirava a minha roupa com tanta facilidade quanto tirava a dele.

Charlie tinha dois estados de espirito, o que transava com força, que segurava no meu pescoço,e me fazia delirar me provocando, e tinha o lado romântico, que fazia amor com maestria, e explorava cada parte do meu corpo como se fosse a ultima vez que me teria em sua cama.

Quando ele deitou na cama ao meu lado,eu me deitei sobre seu peito e pude ouvir seus batimentos tão acelerados como se o coração fosse saltar pra fora a qualquer instante.

-Aqui dentro tem uma escola de samba.

Ele sorriu e começou a passar o dedo indicador no vão das minhas costas bem de leve.

-Vai me fazer dormir assim Gillespie !

-E você não quer dormir ?

-Não, eu quero ir pra casa terminar de apagar o incêndio que você causou em mim.

Dance for youOnde histórias criam vida. Descubra agora