Sophia e Henry

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Charlie pov-

Quando vi a médica que ficou de atender a Gaby eu a chamei.

-Senhor Gillespie, sua esposa está na sala de cirurgia. Não quer ver?

-Tão rápido?

-Bom, devido às consequências, sim.

Troquei de roupa, e fui com a médica, quando cheguei na sala a Gaby já estava meio dopada, mas por que?

-Te falaram? – Ela perguntou e eu não entendi nada

-O que? – Perguntei mas ela fechou os olhos

-Ela está sedada, vamos começar. – A médica anunciou.

Eu me perdi no tempo e quando menos esperei ouvi um chorinho forte, era meu menino.

-Pode levar, temos que tirar o outro!

Outro? Espera, eu não poderia ver meu filho?

Uma enfermeira veio com o bebê e me entregou, estava sujinho de sangue, era nosso menino. A enfermeira o levou e logo eu pude ouvir um chorinho mais fraco, tinham dois bebês? Minha visão ficou escura e eu não vi mais nada.

Gaby pov

Quando acordei, me sentia fraca, já estava no quarto, não vi meus filhos nascerem, não tinha ninguém no quarto também, então não demorou muito pra vir uma enfermeira.

-Oi-Falei fraca e ela me olhou sorrindo- Sabe me dizer onde está meu marido? Se os bebês estão bem?

-Senhora Gillespie, em breve a medica virá conversar com a senhora.

Era muito estranho ser chamada de senhora, ainda mais Gillespie. Realmente depois que ela saiu não demorou muito a medica entrou no quarto.

-Gaby!-Ela falava, parecia feliz.

-Doutora.

-Bom Gaby, o Charlie logo vem, ele está tomando soro. Ele desmaiou quando sua menina nasceu.-ela falou sorrindo- E se você quiser ver seus pequenos, estão saudáveis e no berçário, as enfermeiras vão levar você lá, com muito cuidado, afinal você se preparou nove meses pra uma criança, mas vieram dois. Sua família está na sala de espera, eu não os deixei entrar até ter a sua permissão.

-Obrigada-sorri-Mas pode deixar eles entrarem sim.

Em menos de dez minutos meu quarto virou uma verdadeira zona. Minha família, a família do Charlie, e não demorou muito pro próprio Charlie entrar no quarto e todos olharem pra ele.

-O que foi gente? Eu desmaiei tá legal? Eu preciso saber o que aconteceu!

-Em nenhum dos ultrassons mostrou que na verdade tinham duas crianças aqui dentro.

-Dois?-Minha mãe perguntou assustada-

-É mãe, a medica acha que ela estava escondida atrás do irmão o tempo inteiro.

-Isso aconteceu com vocês, nós achávamos que eram duas, mas vieram três!

-Quem foi a terceira? Só pra eu saber!-Ollyvia perguntou sorrindo

-A Izzy-Papai respondeu sorrindo

-Senhora, quer ver seus bebês?-A enfermeira perguntou-

-Claro!-Falei me sentando na cama do hospital mas fui impedida de descer por um enfermeiro-

-Fique aqui, nós vamos trazer os dois.

Logo depois vieram com dois bercinhos transparentes, um com um paninho azul e o outro com um paninho rosa.

Foram mimados, pelos tios e tias, pelos avós, e quando acabou o horário de visita meu pai quase que não vai embora. Charlie ainda não tinha pegado os bebês no colo.

-E se eu não souber segurar?

-Vai ter que aprender!

-Amor e se eu deixar cair? E se eu machucar? E se eu não souber dar banho?

-Charlie, fica calmo.

Peguei primeiro o menino, que ainda não tinha nome, com todo cuidado do mundo, e coloquei no colo do Charlie, ele olhou sorrindo pro bebê.

-Oi filhão, é um prazer te conhecer, eu sou seu pai, e vou te amar pro resto da minha vida.-ele passou a mão pelos poucos cabelos que tinham ali.

Eu já estava com minha garotinha no colo, ele se levantou, colocou o bebê no bercinho e venho pegar a menina.

-E você minha princesa-ele falava calmo, e com os olhos marejados- Eu vou estar aqui sempre, e te proteger de tudo.

Quando eles estavam em seus bercinhos Charlie ficava sentado do lado observando.

-Precisamos escolher os nomes-eu falei baixinho

-Não posso ficar o resto da vida aqui olhando cada detalhe deles dois?

-Não-sorri-Eles precisam de nomes Charlie.

-E quais suas sugestões?

-Eu gosto de Sophia.

-Ela tem cara de Sophia-ele sorriu- E ele tem cara de Henry.

-Eu gosto de Henry-falei sorrindo.

Dois dias depois nós finalmente saímos do hospital e fomos pra nossa casa.

Charlie pov

5 ANOS DEPOIS

Estávamos sentados em uma mesa, eu de smoking, ao meu lado Sophia, com seus lindos cabelos cacheados soltos, um vestido dourado com brilhos, e um copo de coca-cola em seu colo, ao lado dela Henry com um smoking parecido com o meu, o cabelo bem penteado, ele olhava pra mãe dele com tanto amor, que eu ficava com um leve ciúme, ao lado dele a mulher da minha vida, com o cabelo em um penteado perfeito que deixava a mostra seu lindo rosto, um vestido branco com preto desenhado, e costurado a mão pela minha cunhada estilista. Também na nossa mesa estavam Eddy e Mary Hastings, e a Meghan, minha irmã.

Estávamos ansiosos esperando o anuncio do vencedor do Oscar de melhor ator, e eu estava concorrendo por um filme sobre a segunda guerra mundial onde eu interpretei o próprio Adolf Hitler. E para anunciar o premio chamaram o Eddy e a Viola Davis.

-É um prazer estar aqui todos os anos- Viola começou- Principalmente estar aqui anunciando o melhor ator juntamente com você Eddy.

-Eu que estou lisonjeado por estar aqui com você Viola. Vamos aos indicados.

No telão apareceram oito artistas indicados, entre eles, Henry Cavill, Tom Ellis, Zac Efron, Mark Ruffalo, eu e mais dois artistas que eu não conhecia.

Minhas mãos tremiam, e soavam, eu estava nervoso, estava concorrendo com artistas muito maiores que eu.

-E o ganhador do Oscar de melhor ator deste ano é-Viola fez suspense-

-Charlie Gillespie pelo papel interpretado em Adolf e a guerra.-Meu sogro anunciou

Me levantei com as pernas bambas, beijei a Gaby e subi para buscar o premio, abracei e agradeci a Viola e ao Eddy.

-Obrigado, muito obrigado. Primeiramente aos envolvidos por me fazerem chegar até aqui, obrigado a minha esposa e aos meus filhos, esse premio é de vocês. Uma vez uma moça de olhos escuros e cabelo cacheado me perguntou qual era meu maior sonho e eu disse a ela que era ganhar o Oscar, e ela acreditou em mim, hoje eu ganhei o Oscar, e a moça se tornou mãe dos meus filhos e minha esposa, eu só tenho a agradecer. Obrigado!

Olhando ali de cima eu via, aplausos, holofotes, e na minha cabeça só se passava o fato que eu escondi até de mim mesmo por anos, que a minha vida só estaria completa, quando eu chegasse exatamente onde estava naquele momento, no palco, com o Oscar na mão e lá em baixo, torcendo por mim, a mulher da minha vida, a que me ensinou a dançar no parque, e nossos pequenos sorrisos.


Fim.

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