Parte 17

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A música acima não tem muita relação com o capítulo, mas escutem ela.

[...]

Josh Beauchamp

Nessa altura do campeonato já estava evidente o que eu sentia pela Gabrielly e o que ela sentia por mim. Mas pela segunda vez essa atração não era só física, tinha algo a mais, igual o que eu sentia pela Heyoon.

- Ei! - Noah bateu na mesa me tirando dos meus pensamentos.

Eu e o Noah estávamos na minha sala conversando sobre coisas aleatórias, totalemnte anti-profissional.

- O que foi?! - Perguntei irritado.

- Bom, eu tava conversando contigo sobre finalmente termos conseguido paz e descanso. Pelo menos por alguns meses.

- Acha que estamos em paz? - Perguntei e ele ficou calado. - É só questão de tempo até Heyoon...

- Sr. Beauchamp! - Savannah entra sem nem mesmo ter batido na porta, interrompendo minha conversa. - Heyoon acabou de nos deixar uma mensagem na parede da mansão.

Uma mensagem, ok. Uma carta, ok. Um mensageiro, ok. Uma bomba, ok. Mas sujar minha parede pra dar um recado?! Ela tava passando dos limites.

Assim que saímos da mansão, todos (inclusive Gabrielly) estavam olhando para a parede branca (que já não estava tão banca assim).
Uma pichação preta de duas armas se cruzando estava dominando uma parte de minha parede.

- O que isso significa? - Gabrielly brotou do meu lado.

Fiquei olhando para a parede e esqueci totalmente de responder a Gabrielly.

- Todos voltem para dentro da LDN agora! Liguem a cerca elétrica, e todos os membros destacados vão para a sala de reunião privada. - Ordenei.

Peguei a mão da Gabrielly levei ela até a sala de reuniões privadas.

Em poucos minutos a sala já estava com todos dentro esperando eu falar algo.

- Você não pode ficar aqui. - Disse pra Hina.

A mesma se levantou do banco em que estava sentada e saiu da sala.

- Bailey, manda uma mensagem pra Kim e diz pra ela ficar de olho na Hina. - Ordenei.

Bailey mandou a mensagem e então finalmente pude falar o que tinha pra falar.

- Aquele desenho é uma mensagem declarando guerra. - Comecei a explicar e já pude ver alguns rostos preocupados. - Se nós matarmos Heyoon a guerra vai acabar, nunca mais precisaremos nos preocupar com ela, e todos da gangue dela irão se juntar a nós obrigatoriamente. E a mesma coisa vai acontecer caso eu morrer, mas é claro que isso não vai acontecer.

Olhei pra Gabrielly rapidamente e ela me olhava fixamente com uma expressão de repreensão e preocupação. E sem dizer nada, ela sai da sala.

- O que iremos fazer? Sei que recusar esse pedido não vai ser bom pra imagem da gangue. - Lamar disse.

- Exatamente. - Concordei. - E é por isso que vamos aceitar. Sem trapaças dessa vez. Se alguma gangue descobrir que trapaceamos de alguma maneira nossa reputação vai ir pro inferno. - Disse.

Todos se olharam na sala, como se não tivessem entendido ou acreditando.

- Então... não vamos fazer nada para garantir nossa vitória? - Savannah perguntou.

- Ah, pelo amor de Deus. Até parece que nós SEMPRE ganhamos por causa de trapaça. Tá na hora de voltar aos tempos antigos. Uma guerra de verdade. - Dei um sorriso malicioso. - A guerra será hoje de noite na floresta Nobsk.

E assim eu terminei aquela reunião.
Fui até a sala de câmeras e Hina estava lá, então na volta acabei me encontrando com o quarto em que Gabrielly dividia com a Hina.

Abri a porta silenciosamente mas ela me viu. Nossos olhos se cruzaram e depois ela se deitou na cama, e se cobriu.

Eu tenho um problema sério de se aproximar de pessoas, mas quando me aproximo... É como se eu virasse outra pessoa assumisse o controle dos meus sentimentos.

Fui me aproximando e sentei na cama da Hina.

- Não precisa ir se não quiser. - Foi a primeira coisa que eu disse.

Ela ficou em silêncio e se virou para o lado da parede. Em poucos minutos (que na verdade pareciam séculos) ela disse algo.

- Vocês não vão ganhar.

- Como é que é?!

- Enquanto eles me levavam até fora da casa pra eu fazer a troca com a Hina, uma porta tava semiaberta. Dentro daquele quarto eu vi uma arma...

- Tá zuando né? - Interrompi. - Acha que a gente não vai ganhar por causa de uma arma?! - Ri pelo nariz.

- Eu não sou uma especialista em armas mas... Aquilo não era uma coisa comum. Nunca vi uma arma parecida. - A voz dela era de assustada.

Depois de pensar um pouco lembrei de um boato que circulava há 3 semanas; que uma gangue estava criando uma arma que te mataria, não importa onde fosse o tiro. Deveria ser porque nas balas tinham algum tipo de líquido tóxico ou venenoso.

- Você não vai ir. - Disse e depois me levantei.

- O quê? - Ela se levantou. - Não que eu esteja reclamando, mas achei que isso seria uma escolha minha.

- É muito perigoso, e do jeito desastrada e azarada que você é, provavelmente vai acabar levando um tiro. - Andei até a porta. - Não quero ter esse peso na consciência.

[...]

Estou escrevendo isso dia 14 de janeiro. Que dia vocês estão lendo?

Se preparem para a guerra do século!

𝕆 𝔻𝕖𝕡𝕠𝕚𝕞𝕖𝕟𝕥𝕠  •『ℬ𝓮𝓪𝓾𝓪𝓷𝔂』Onde histórias criam vida. Descubra agora