II

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N/A: oi? ai, desculpa, ok? mudança de planos! percebi que sou muito impaciente e não vejo o porquê de tanta espera. vou deixar aqui mais um e vou publicando os outros até o dia 22.

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Gem o contou sobre Audrey.

Contou sobre as complicações durante toda a gestação, sobre Harry e tudo o que ele não deveria ter vivido. Ele pensou no quão aterrorizante deveria ser: ter amor o suficiente para viver uma vida inteira ao lado de alguém e então perdê-la no meio do caminho.

Louis pode sentir a tensão se dissipando da voz de Harry, às vezes. Só com Timmothy, sempre, como um girassol orbitando seu astro e, sério, era como se tudo fizesse sentido. Como quando ele encontrava uma harmonia para as composições. Talvez ele sentisse isso, algum dia. Realmente esperava amar tanto alguém que tudo só fizesse sentido.

"Bebê, eu senti tanto a sua falta hoje", Harry afastou a franja da testa do filho e lá lhe estalou um beijo, "Você sentiu minha falta?"

Timmothy faz um biquinho quando abraça ele. Louis acha que essa é toda resposta que o homem precisa, mas ainda diz: "Ele não parou de chamar por você."

"Ow, que tortura", Harry grunge e belisca as bochechas do filho até que ele esteja se esquivando e rindo, "Ok, olha. Amanhã eu e você? Passamos o dia inteiro juntos. Nada de trabalho, não é legal? Palavra de pai escoteiro."

Ah. Nossa. Isso é tão doce que o sorriso de Louis vem sem que ele perceba, felizmente escondido na pia enquanto termina de lavar a xícara de chá, "Já foi escoteiro?"

"Esse não é o ponto, Louis", o homem o repreende entredentes e Louis dá o seu melhor para não rir, "O ponto é: amanhã eu faço panquecas pra você", tocou a ponta do nariz de Timmy, "E aí nós podemos ir ao parque, descer no escorregador, e eu até deixo você entrar naquela caixa de areia se realmente quiser. Ou essa é a voz da emoção falando, isso nós resolvemos lá. O que acha?"

"Paque!" vem a resposta mais que animada de Timmy, "Lui, paque!"

"Uau, coisinha, parece que vai ser mesmo divertido", Louis bagunça os cachos dele quando o sente agarrar seu joelho. Ele vira, suas mãos sobre cintura e uma criança miúda presa à perna como um polvo. "Uhm, oi. Sem fim dos tempos, então. Que bom que chegou bem."

Harry pressiona os dedos longos contra o próprio rosto, "Realmente sinto muito pelo atraso."

"Não foi nada, sério", aperta os lábios, "mas agora acho que preciso ir?" Ele diz mais para Timmy, o erguendo para cima e se dando conta de que aqueles momentos estão cada vez menos fáceis, "Vejo você depois, amigo?"

"Não, Lui. Aqui", ele faz um biquinho, os olhos molhados como quando faz quando está prestes a cair no choro.

"Ah, ostrinha, eu volto antes que você perceba. E, olha só, seu pai vai ficar aqui agora. Nem precisa se preocupar", ele tenta não ficar tocado quando vê uma lágrima cair, pondo o menino nos braços de Harry. "Tchau tchau?"

Timmy esconde o rosto na curva do pescoço de Harry– este passa a conforta-lo com um afago nas costas. Louis percebe que essa é a primeira vez que ele consegue ver qualquer sinal de desconcerto no rosto do homem, até que ele encontra algumas palavras:

"Tudo bem, você pode ir. Obrigado mesmo, Louis."

Ele assente devagar e caminha para a porta, despedaçado de alguma maneira. "Até mais, chefe"

+

"Sabe de uma coisa, ele tem sido bom", Harry finalmente escolhe dizer, mas um pouco cauteloso sob o olhar sugestivo de Gemma, "e Timmothy adora ele– vocês não têm ideia, então acho que eu deveria te agradecer por isso."

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