V - final

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Harry, que parece um pouco pálido e olha entre Michelle e ele. Louis enrijece.

"Eu vim o mais rápido possível", ele diz e se aproxima, a voz profunda preenchendo buracos no peito de Louis, "Ei, como se sente?"

Resistindo ao afeto naquela pergunta, ele pressiona os lábios numa linha firme e tenta descobrir, "Como soube que eu estava aqui?"

Harry lança um olhar instintivo para Michelle. Ela arregala os olhos. E isso demora a fazer sentido, até que faz. "Você avisou? Quando? Como?"

Ela desliza a mão para longe da dele, cruzando os braços como uma criança repreendida "Louis, você desmaiou. E eu não sei como– talvez porque vocês têm a porra de uma conexão esquisita ou sei lá, mas ele ligou pra você bem na hora que eu tive que te levar até meu carro, ok? E aí eu disse que você tinha apagado, porque você tinha. Eu não ia mentir. E ele começou a surtar, então eu só falei onde nós estaríamos se ele quisesse te ver"

Ela olha entre os dois, tomando um pouco de ar antes de anunciar mais quietamente "Agora eu vou buscar alguma máquina e, erm, pegar um refri".

Então Michelle some atrás das cortinas.

"Uhm", Harry corta a tensão com um pouco mais de tensão, "Acho que eu não deveria estar aqui?"

"Não é isso" ele olha nos olhos do mais velho, "não mesmo, Harry. Eu só não queria preocupar você"

"Você tá de brincadeira? Eu vou me sentir bem melhor se me contar a verdade", sussurra, frustrado.

Louis morde o lábio, lágrimas embaçando sua visão "Ok"

O outro fica ainda mais perto. Ele mergulha os dedos entre os cabelos de Louis e faz seu queixo tombar um pouco para cima, nunca deixando de olhá-lo nos olhos "Agora me diz como você se sente, meu bem."

Nem a medicação fez ele se sentir tão zonzo. "Melhor"

Harry inclina e o coração dele dispara.

Ele deixa um beijo casto bem na curva de seu nariz. "Jura?"

"De dedinho"

"Não faz isso de novo, ok?"

Louis sente o rosto inteiro esquentar quando ele afasta. O homem caminha até a outra ponta da cama e puxa a ficha que a última enfermeira deixou lá. Ele é grato por ter ganhado esse tempo ou Harry o veria derretido naquela cama. Droga.

"Aqui diz que pode ter sido um problema de desidratação? Ou é o que eu consigo decifrar, não sei", ele estuda a ficha, enfiando a outra mão no bolso do casaco preto e volumoso. "Louis William Tomlinson– Uau, eu posso ver isso por toda a Times Square."

Isso tira um exausto sorriso dele, um que Louis esconde no ombro.

Mas Harry só continua olhando aquela ficha fixamente, por tempo demais.

"Por que não vem e senta comigo?" Louis oferece, entendendo.

"Uhm" Isso desperta o outro, "Ok"

Michelle e Harry descobrem uma amizade instantânea baseada em falar de Louis. Eles trocam telefones quando, mais tarde, Louis é enviado de volta para casa, ciente de um leve resfriado e uma intoxicação alimentar.  Dessa vez, não é tão difícil convencê-lo a ficar hospedado na casa de Harry.

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