eu tenho muito o que te agradecer

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Eu e San fomos andar de bicicleta depois de descansarmos um pouco

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Eu e San fomos andar de bicicleta depois de descansarmos um pouco. Nos divertimos bastante, porque certo momento damos de apostar corrida. Paramos a corrida porque San quase meteu a fuça num carro estacionado. Ao voltar para o hotel, tomamos banho sozinhos e depois deitamos para descansar. Ficamos a conversar sobre as coisas legais que vimos durante o dia enquanto bebiamos ainda o que sobrou do ouzo (estamos bebendo aos poucos, porque ele é forte demais) que trouxemos de Santorini.

Madrugada adentro ficamos conversando, rindo, as risadas um pouco altas demais, mas só bastava um chute no outro para receber o recado. Teve uma hora que San estava rindo tão alto que precisei cobrir sua boca e dar murrinhos no seu abdômen para estressá-lo. Ele logo se acalmou, reclamando, como sempre. Depois se jogou em cima de mim e ficamos a trocar carícias. Dormimos não sei quando e acordamos mais tarde do que o previsto, uma vez que San desligou o alarme e voltou a dormir, ao invés de me acordar. 🤡

Agora estamos nos arrumando às pressas para ir ao Museu Antropológico de Atenas. Lá tem inúmeras esculturas e eu estou louco para ver mais. O acervo histórico e artístico dessa cidade é simplesmente incrível! Já estou chateado por não poder ir à todos os lugares, imagina só...

Saímos de cabelo ainda molhados. Hoje iremos pegar o vôo à noite, por isso não pudíamos perder uma hora sequer de hoje dormindo, pois poderíamos ocupá-la em algum lugar interessante da cidade. Vamos escutando música no metrô e dessa vez San escolhe. Ficamos escutando rock até chegarmos no Museu, e nisso inclui a troca de linhas que fizemos. Estou cansado, porque esses dias não tenho dormido tão bem. Ontem porque fiquei de palhaçada com San, mas anteontem porque ele ficou se mexendo demais e meu sono não estava tão pesado quanto o dele.

Ele paga nossas entradas e dessa vez não ficamos tão grudados quanto ontem. San está com cara de sono, digo o mesmo de mim. Mas estamos felizes e comemos bastante no café, então estamos bem. Hoje Sannie está mais maduro, porque não fica apontando para a virilha de nenhuma escultura, mas sim magnificado pelo tamanho acervo e impressionantes técnicas.

Não obstante, é só darmos de cara com um sarcófago que ele volta a fazer piada. Na verdade, é só ele imitando uma múmia ou o que ela falaria se estivesse viva neste momento. Ainda bem que sou bom em fingir não conhecer as pessoas, porque é exatamente isso que estou fazendo com ele.

— Ei — ele me abraça por trás quando estou fugindo nas pontinhas dos pés. — Sem você eu me perco... se eu me perder, vão me sequestrar... se me sequestrarem, eu vou querer fugir.... se eu tentar fugir, vão me torturar... se me torturarem, eu não vou dizer para quem eles devem pedir resgate... se eu não disser o resgate, eles vão me matar. Você quer me ver morto, Jung?

— Quero — concordo. Porque o negócio é participar e contribuir nas loucuras dele.

— Credo — por cima do ombro vejo quando ele faz cara feia antes de me largar.

Pronto. Para dar uma aliviada em San é só ir na onda dele e tudo está resolvido. Me sinto até um gênio por isso. Claro que isso só termina a conversa mesmo, porque ele ainda quer pegar na minha mão. Eu deixo só para ele ficar em paz, porém temos alguns impasses pelo fato de cada um querer ir para um lugar diferente.

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