[1] Capítulo

1.9K 167 99
                                    

Sana escapou para o lado de fora, sentindo o calor do sol de verão bater contra sua pele. Ela viu um vislumbre de cabelos loiros e correu alegremente até a mulher no jardim, deixando seu vestido voar livremente.

"Boo!"

A mulher pulou, fazendo Sana rir e cair no chão do lado dela.

"Hey, boba, você me assustou." a tia dela riu, bagunçando o cabelo da menina. "E aí?"

"O tio Tae disse para eu dar o fora, então vim aqui fora." Sana deu de ombros, inclinando-se para ver o que sua tia estava fazendo. "Aquilo são rosas?"

"Tulipas." sua tia a corrigiu, continuando a cavar buracos no jardim com uma pequena pá. "Não dê ouvidos a ele. Ele é apenas um mal-humorado." acrescentou, dando a Sana um sorriso suave.

"Eu sei." Sana sorriu largamente. "Eu tento ser gentil com ele, porque se você é boa com as pessoas, elas não têm nada para segurar contra você. Certo?"

"Certo." a mulher loira assentiu, enrugando o nariz. "Como você ficou tão esperta, criança?"

"Você." Sana riu, rastejando-se para frente e limpando a sujeira em torno das tulipas uma vez que elas estavam plantadas. "E meus pais, pelo menos quando eles estavam vivos."

"Você fala muito sobre eles, sim?" Tia Mei parou seus movimentos e olhou para Sana. Confusa, a menina menor apenas concordou com a cabeça.

"Isso é uma coisa ruim?" Sana perguntou, inclinando a cabeça para o lado. Ela gostava de falar sobre seus pais. Quanto mais falava, mais fácil era para ela se lembrar deles. A última coisa que queria era simplesmente esquecê-los.

"Claro que não," sua tia riu suavemente. "Eu estou surpresa."

"Eu gosto de falar sobre eles." Sana deu de ombros e estudou as flores atentamente. "Eles foram boas pessoas e merecem ser falados. Não acho que gostariam de ser esquecidos, gostariam?"

"Você é esperta demais para seu próprio bem, criança." a mulher loira sorriu e apertou o ombro de Sana. "Estou tão orgulhosa da pessoa que você está se tornando, sabia disso?"

Sana riu timidamente e olhou para baixo, balançando a cabeça.

"Está?" ela perguntou, olhando para cima mais uma vez.

"Claro que eu estou." a mulher riu, voltando sua atenção para longe do jardim. "Você não é o tipo de menina que apenas senta e aceita cegamente o que as pessoas lhe dizem. Você questiona as coisas. Você vê as coisas e as interpreta. Você é extraordinária, Sana."

A menina menor sorriu timidamente e juntou as mãos. "Estou feliz que eu estou ficando aqui com vocês." ela disse suavemente.

"Você não está ficando com a gente, Sana. Você apenas está conosco. Isso não é uma coisa temporária. Somos uma família agora, okay?"

"Okay." Sana concordou com a cabeça e envolveu os braços em torno de sua tia. "Obrigada."

"Não há necessidade de me agradecer." a mulher mais velha riu suavemente e bagunçou o cabelo da menina. "Agora vá lá dentro e pegue o seu roteiro, okay? Nós vamos praticar mais uma vez para o jogo antes que o jantar fique pronto. Espero que você seja a melhor Árvore que sua escola já viu!"

Rindo, Sana acenou com a cabeça. Ela correu de volta para dentro de casa, encontrando seu roteiro e sorrindo largamente. Talvez toda essa coisa de 'família' pudesse realmente funcionar.

Exatamente dezesseis horas depois, Dong Mei foi declarada morta devido a causas naturais. Sana se encontrou no banheiro do hospital, traçando seus dedos através da mancha vermelha em sua bochecha. Como seu tio poderia fazer algo como aquilo com ela?

BLUE (VERSÃO SATZU)Onde histórias criam vida. Descubra agora