Por Que?

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- baby...eu - coloco meu dedo em seus lábios, o silenciando.

- Não precisa dizer nada amor, eu não me importo de amar por nós dois - beijo seus lábios com carinho... uma carinhosa mentira, uma pontada leve de...irritação, se alastrava em meu ser...Voldemort não me ama...e nunca me amará, e seria assim a nossa situação...

- Baby - ele me chama mas me afasto de seu corpo me voltando para o outro lado da banheira, pegando uma toalha e me cobrindo com a mesma, saindo do banheiro.

Vou para o seu quarto e me troco rapidamente, colocando um pijama que deixei aqui e indo me deitar na sua cama, me cobrindo com sua manta de pelinhos que eu havia dado para ele.
Adormeço quando escuto ele chega no cômodo e não vejo mais nada a não ser meus sonhos.

[...]

Um mês se passou desde aquela noite estranha, eu não me sentia mais tão bem com Voldemort, algo não estava certa em mim mesma, eu não conseguia entender o que havia mudado, eu só queria ficar sozinha.

Eu não dormia mais em sua casa, o evitava o máximo que conseguia, fiquei duas semanas inteiras no Brasil, não estava com cabeça para nada, eu dormia em minha casa, não fazia mais sexo com ele, só trocava beijos ralos e falava que estava cansada...eu não sei o que aconteceu, simplesmente me desliguei naquele dia.

Não sabia mais se queria me casar, eu só o encarava pensando se era o certo eu passar minha vida com alguém que não me ama e que nunca vai me amar...é só isso que eu mereço? Não sei, realmente não sei.

Agora aparatei em minha casa, depois de ficar dois dias no Brasil, tiro meu vestido, desfaço o coque em meu cabelo deixando meus cabelos caírem pelas minhas costas e em meu quadril.
Pego uns ingredientes e começo a fazer um macarrão ao molho branco, bebendo um pouco de vinho tinto, uma música clássica tocava ao fundo.

Escuto o barulho de aparatação, já sei quem é, mas, no momento eu não quero vê-lo.

- Ravena - ele chama minha atenção e eu aceno com a cabeça sem o encarar nos olhos.

- Voldemort - respondo educada.

- Como foram seus dias, minha dama? - me questiona ao se sentar em minha frente na bancada.

- Ah foram bons e os seus? - devolvo a pergunta sem desviar meus olhos do fogão.

- Bons - me responde - Você está bem? - pergunta novamente.

- Sim e você? - respondo educada.

- Bem - se levanta do seu lugar vindo até mim.

- Baby - ele me chama após um tempo em silêncio.

- Sim, Voldemort?

- Agora já chega - me puxa para ele segurando em minha cintura - o que está acontecendo com você? Por que não me chama mais de amor? Só me responde com "sim, estou bem, ótimo, pode ser, estou cansada"...Porque não quer me tocar? Por que não quer mais fazer amor comigo? Por que está me evitando?...Você não me quer mais, baby? - o encaro em seus olhos tempestuosos e tão suplicantes no momento.

Escarlate São Teus Olhos - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora