Acordem de uma vez!

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Aquela manhã de domingo havia desabrochado razoavelmente bela

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Aquela manhã de domingo havia desabrochado razoavelmente bela. O céu, carregado de um tom entre azul e violeta, fazia qualquer um se admirar e pensar "Que mundo bonito... Realmente traz paz."

Bem, menos para cinco garotos.

Em uma lanchonete, rodeando uma larga mesa, encontravam-se três integrantes do Nekoma — Yaku, Yamamoto e Lev —, e dois do Fukurodani — Konoha e Komi.

Os cinco rapazes teriam preferido que o encontro em grupo houvesse ocorrido na noite anterior mesmo, mas, por conta de Lev ter tido que ajudar a irmã em alguma coisa, e Komi ter saído para jantar com os pais, tiveram que adiar até a manhã seguinte.

Havendo contratempos ou não, o que importava é que agora estavam todos reunidos.

Assim, a conversa começou fluída e rápida, quase que naturalmente; cada garoto foi expressando as próprias frustrações e desagrado em relação ao mau-clima que vinha varrendo seus times com intensidade. Enquanto os membros do Nekoma relatavam o quanto estava sendo impossível aturar a nova personalidade fria e endurecida de Kuroo, os dois da Fukurodani lamentavam extremamente o fato de Bokuto estar em um eterno "modo-emo", o que atualmente fazia com que a competência e convivência entre o time fosse de mal á pior.

Em suma: aquela havia sido uma semana difícil para todo mundo.

Por fim, puseram-se a comentar sobre as "declarações-desastrosas" ocorridas no dia anterior.

— Falando sério, tive pesadelos com aquilo. — Yamamoto confidenciou, as sobrancelhas grossas permanecendo franzidas enquanto dava mais uma mordida em seu pão de yakisoba. O ás falava como se a perturbação dos acontecimentos recentes ainda passassem diante de seus olhos. — Achei que Kuroo fosse cair duro ali mesmo quando Kenma tirou os fones.

— Eu me senti dentro de um filme de comédia, vocês não? — Lev levantou o questionamento interno, a magra e comprida mão indo de encontro ao queixo, de forma distraída.

Yaku, por sua vez, tinha uma expressão mais fechada estampada no delicado rosto. Estava óbvio que aquela situação estava lhe trazendo tudo, menos felicidade.

— A má notícia é que Kuroo realmente abriu o coração naquela hora — ele inclinou-se sobre a mesa, enlaçando os dedos. — ... e Kenma sequer escutou uma única palavra. — completou.

Todos fizeram expressões sofridas. Com certeza, refletiam e perguntavam-se em conjunto se eles próprios seriam capazes de suportar tamanha humilhação se tivessem passado por qualquer situação semelhante.

Logo, Yaku pôs-se a continuar — contudo, não sem antes roubar um dos oinarisan que Lev comia, o que originou breves protestos surpresos vindos do mais novo e, ao mesmo tempo, mais alto do grupo: "Ei, não faça isso, Yaku-san!".

Após ofertar uma mordida sobre o abura age recheado de sushi, o líbero soltou um suspiro.

— Bem, ele não escutou nada tirando o nome do Akaashi, é claro. — Yaku mostrou certo desagrado com a lembrança, recordando-se do quanto tal atitude vinda de Kenma terminou por arregaçar ainda mais o restante dos sentimentos feridos do capitão e amigo.

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