Capítulo 4

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Hadrian acordou no chão da casa dos Weasley, sentiu-se um pouco fraco, mas nada sério.

Levantou-se e sentiu seus ossos estalarem, olhando para os arredores, percebeu que os corpos dos traidores permaneciam como ele os havia deixado. Sentiu uma leve queimação em seu pulso e olhou para esse, vendo o símbolo das relíquias da morte.

- Mas o que..? - Sussurrou para si mesmo ainda grogue, quando um conhecimento o atingiu. - Foi a primeira vez em que matei por vontade própria! - Concluiu voltando sua atenção para a tatuagem.

Limpou o sangue de suas roupas com magia e lançou um tempus, já eram 20:00 do dia seguinte. Então ele teve uma ideia e aparatou.

Pousou em Hogsmeade e foi caminhando até Hogwarts, lançando um feitiço para flutuar, entrou na sala do Diretor, por sorte, Minerva não estava ali.

Assim que os quadros dos antigos da escola o perceberem, ele começou a procurar pelo de Dumbledore.

- Harry, o que faz aqui? – Questionou a pintura do velho grisalho sorrindo gentilmente, o de olhos verdes abriu um grande sorriso bobo.

- Ontem eu fui jantar nos Weasley e aconteceu uma coisa. – Ele desviou o olhar fingindo estar envergonhado.

- O que aconteceu, meu menino? – Questionou com os olhos brilhando, a tempos planejava o casamento de Gina com Potter, e ele parecia estar sob o efeito da poção do amor.

Colocando a mão na nuca fingindo constrangimento. – Torturei eles? – Sorriu com naturalidade, a expressão do ex-diretor escureceu. O grifinório calmamente foi até um armário da sala e pegou o chapéu seletor, voltando a ficar de frente para Albus.

- O-o que? – Seus olhos haviam perdido o brilho habitual e ele olhava chocado para Hadrian.

- Achou mesmo que eu não ia descobrir? – Ele descontraidamente mostrou o símbolo das relíquias em seu pulso enquanto se aproximava. Com seu rosto a poucos centímetros do quadro, ele sorriu gentilmente e sussurrou para apenas a pintura ouvir. – Você vai desejar nunca ter me prendido.

Dando um passo para trás, ele fez menção de colocar o antigo chapéu na cabeça, mas antes mesmo dele tocá-la, foi anunciado.

- SONSERINA.

E então o brilho verde da maldição da morte saído da varinha de azevinho preencheu o escritório. O menino que sobreviveu havia deixado de viver.

Harry está correndo por uma floresta, indo em busca a origem dos gritos que enchiam seus tímpanos. Quando finalmente saiu do denso manto de plantas, deparou-se com um edifício, um edifício que ele, a algum tempo, conhecia.

Adentrando o orfanato, logo foi parar no refeitório. Observou as crianças em uma grande mesa de madeira, pareciam com medo, comiam rápido. À medida que andava, os gritos aumentavam e tornavam-se mais agonizantes.

Então viu um amontoado de crianças ao redor do começo da escada xingando um menino, depois, teve a impressão de ver alguém subindo os degraus rapidamente, e os outros o perseguiam.

O de olhos verdes correu atrás do amontoado de menores de idade. Quando o bando parou,  diminuiu os passos. Viu que eles se encontravam de frente para uma porta, batiam nessa, mas não tentavam arromba-la, apenas queriam atormentar.

Curioso e preocupado, ele atravessou a parede e viu um garoto encolhido no chão, com marcas de cinto pelos braços e pés. Abraçou o menino que – imediatamente – percebeu ser Tom Riddle. Ouviu um barulho que parecia uma sirene e uma mulher gritou.

- Ataque aéreo! Desliguem as luzes e vão para seus quartos.

Tudo se desfaz em fumaça, então ele se viu com sete anos, em seu armário, chorando encolhido depois de seus braços serem queimados à ferro por Vernon.

Reescrevendo o Passado - Tomarry versão 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora