Capítulo 5

4K 501 401
                                    

No dia seguinte, já no orfanato, Hadrian foi notificado por Joanna que havia uma carta destinada a ele.

- Que carta? - Questionou.

- É uma carta de um internato onde sua avó o matriculou, as aulas se iniciarão em 1 de setembro e eles insistem que o lugar é seguro. - Suspirou. - Você está bem com isso? - Perguntou preocupada.

- Está tudo bem, vou pra esse internato desde os 11 anos, ele é seguro, tenho certeza. - Sorriu tranquilizante para ela. - Lá tem uma pessoa muito especial pra mim, e eu nunca me perdoaria se não fizesse de tudo para vê-lo novamente.

Ela suspirou.

- Você que sabe Harry, mas tome cuidado. Você tem seus materiais?

- Eles oferecem, sou bolsista. - Era mentira, na verdade, Hogwarts era seu parquinho e ele iria comprar seus materiais assim que possível.

Os dias se passaram e já era a manhã de 31 de Agosto. Hadrian estava na porta do orfanato, se despedindo de Joanna e Jackob.

- Espero que nos vejamos denovo, Hadrian. - Falou a mulher loira, o de olhos verdes sorriu para a mulher gentil.

- Até o ano que vem, Harry. - O moreno maior abraçou Peverell, pegando-o de surpresa.

Retribuindo o abraço, o menor respondeu.

- Até o ano que vem, Jack. - Sussurrou apertando mais o abraço.

Ficaram abraçados por algum tempo até se separarem.

- Tchau pra vocês. - Acenou em despedida. Havia demorado para convencê-los de que poderia chegar a estação sozinho.

- Adeus. - Os outros dois também acenaram.

Quando se virou para andar, uma lágrima rolou pela bochecha de Harry, uma lágrima de medo e receio de que essa fosse a última vez que os veria.

Assim que saiu da vista dos dois, aparatou para o Beco Diagonal.

Depois de pousar, percebeu como a rua estava vazia. Pouquíssimos bruxos ou bruxas andavam pelo local, e os que lá estavam, caminhavam com pressa.

Algumas lojas estavam fechadas, uma delas, que ele não reconheceu, tinha a vitrine quebrada, mas ele conseguiria comprar seus materiais.

Entrando no banco, curvou a cabeça respeitosamente para os guardas. Dirigiu-se até um dos balcões, ganhando a atenção de um duende, esse que o olhou de cima a baixo.

- Boa tarde, mestre goblin. - Disse o menino formalmente, a criatura o lançou um olhar surpreso.

- Boa tarde. - Cumprimentou. - O que deseja, senhor Peverell Griffyndor Mortemis? - Questionou o funcionário.

- Eu gostaria de reivindicar minhas posses e conversar com Ragnok. - Revelou, seu tom demonstrando seriedade.

Avaliando o bruxo em sua frente minuciosamente, o ser se levantou, começando a andar.

- Siga-me.

Passaram pelo mesmo portal de mármore branco no qual Harry havia atravessado a pouco mais de um mês e, em pouco tempo, o - agora - sonserino se encontrava no escritório do Duende Chefe.

- Devo dizer que estava um pouco curioso senhor Potter. - Começou a criatura por trás do balcão. - Pensei que havíamos combinado de o senhor remover seus bloqueios em 1998? - Arqueou uma sobrancelha, o que foi extremamente estranho em sua face.

- Bom, você vê, eu acabei morrendo. - Falou um pouco envergonhado.

- Entendo, seu núcleo provavelmente entrou em colapso, não é tão surpreendente se levarmos em conta as circunstâncias . - Ragnok assentiu para si mesmo, Harry deixou que ele pensasse assim. - Você parece um pouco diferente, retirou os glamoures e bloqueios? - Perguntou.

Reescrevendo o Passado - Tomarry versão 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora