No dia seguinte, já no orfanato, Hadrian foi notificado por Joanna que havia uma carta destinada a ele.
- Que carta? - Questionou.
- É uma carta de um internato onde sua avó o matriculou, as aulas se iniciarão em 1 de setembro e eles insistem que o lugar é seguro. - Suspirou. - Você está bem com isso? - Perguntou preocupada.
- Está tudo bem, vou pra esse internato desde os 11 anos, ele é seguro, tenho certeza. - Sorriu tranquilizante para ela. - Lá tem uma pessoa muito especial pra mim, e eu nunca me perdoaria se não fizesse de tudo para vê-lo novamente.
Ela suspirou.
- Você que sabe Harry, mas tome cuidado. Você tem seus materiais?
- Eles oferecem, sou bolsista. - Era mentira, na verdade, Hogwarts era seu parquinho e ele iria comprar seus materiais assim que possível.
Os dias se passaram e já era a manhã de 31 de Agosto. Hadrian estava na porta do orfanato, se despedindo de Joanna e Jackob.
- Espero que nos vejamos denovo, Hadrian. - Falou a mulher loira, o de olhos verdes sorriu para a mulher gentil.
- Até o ano que vem, Harry. - O moreno maior abraçou Peverell, pegando-o de surpresa.
Retribuindo o abraço, o menor respondeu.
- Até o ano que vem, Jack. - Sussurrou apertando mais o abraço.
Ficaram abraçados por algum tempo até se separarem.
- Tchau pra vocês. - Acenou em despedida. Havia demorado para convencê-los de que poderia chegar a estação sozinho.
- Adeus. - Os outros dois também acenaram.
Quando se virou para andar, uma lágrima rolou pela bochecha de Harry, uma lágrima de medo e receio de que essa fosse a última vez que os veria.
Assim que saiu da vista dos dois, aparatou para o Beco Diagonal.
Depois de pousar, percebeu como a rua estava vazia. Pouquíssimos bruxos ou bruxas andavam pelo local, e os que lá estavam, caminhavam com pressa.
Algumas lojas estavam fechadas, uma delas, que ele não reconheceu, tinha a vitrine quebrada, mas ele conseguiria comprar seus materiais.
Entrando no banco, curvou a cabeça respeitosamente para os guardas. Dirigiu-se até um dos balcões, ganhando a atenção de um duende, esse que o olhou de cima a baixo.
- Boa tarde, mestre goblin. - Disse o menino formalmente, a criatura o lançou um olhar surpreso.
- Boa tarde. - Cumprimentou. - O que deseja, senhor Peverell Griffyndor Mortemis? - Questionou o funcionário.
- Eu gostaria de reivindicar minhas posses e conversar com Ragnok. - Revelou, seu tom demonstrando seriedade.
Avaliando o bruxo em sua frente minuciosamente, o ser se levantou, começando a andar.
- Siga-me.
Passaram pelo mesmo portal de mármore branco no qual Harry havia atravessado a pouco mais de um mês e, em pouco tempo, o - agora - sonserino se encontrava no escritório do Duende Chefe.
- Devo dizer que estava um pouco curioso senhor Potter. - Começou a criatura por trás do balcão. - Pensei que havíamos combinado de o senhor remover seus bloqueios em 1998? - Arqueou uma sobrancelha, o que foi extremamente estranho em sua face.
- Bom, você vê, eu acabei morrendo. - Falou um pouco envergonhado.
- Entendo, seu núcleo provavelmente entrou em colapso, não é tão surpreendente se levarmos em conta as circunstâncias . - Ragnok assentiu para si mesmo, Harry deixou que ele pensasse assim. - Você parece um pouco diferente, retirou os glamoures e bloqueios? - Perguntou.
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Reescrevendo o Passado - Tomarry versão 2.0
FanfictionColocando a mão na nuca fingindo constrangimento. - Torturei eles? - Sorriu com naturalidade, a expressão do ex-diretor escureceu. O grifinório calmamente foi até um armário da sala e pegou o chapéu seletor, voltando a ficar de frente para Albus. ...