Pézinho machucado e mais uma noite na casa de Shouyou

2.4K 239 544
                                    

Hinata corou violentamente escutando tais palavras com todas as letras. Queria beijar Kageyama tanto quanto o contrário, mas sentiu-se inseguro pelo motivo de estarem na escola e qualquer um poderia ver, dando o que falar pelos corredores. Mas jamais negaria a imensa vontade de beijá-lo, a mesma desde que o viu hoje.

— T-Tobio…? I-Isso foi inesperado…! — sentiu-se envergonhado, assumindo uma atitude tímida e controversa a tudo o que sentia. Olhou para os olhos de Kageyama, aqueles mesmos olhos que o desafiavam para uma competição dentro ou fora do vôlei.

Sorriu satisfeito com aquilo, aliás, era um desafio que se arriscaria a realizar. Se aproximou consideravelmente perto de Kageyama, que estava tão envergonhado quanto, — sendo a pessoa ter admitido em voz alta seus desejos. Deixou com que Hinata agisse! Era isso que o faria recompensar tantos meses lerdando e enchendo a paciência dos caros leitores dessa obra.

Uma última olhada nos olhos azuis escuros de Kageyama, acabou com a distância de seus rostos, encostando seus lábios um nos outros. Ali, se iniciou um beijo tranquilo e calmo, onde só exploravam a boca do outro, sentindo e acabando com a vontade que tiveram o final de semana inteiro para fazê-lo novamente.

Mas à medida que iam se perdendo em desejos, o beijo se tornava mais profundo e significativo. Kageyama naquele momento queria testar várias coisas, como tocar o garoto enquanto o beijava. Mas Hinata, foi o mais ousado primeiro — como sempre —, acariciando o corpo de Kageyama por cima das vestimentas. Subiu uma das mãos até a nuca aprofundando mais o beijo e deixando seus corpos — que apesar de estarem sentados — mais próximos.

Kageyama odiava a distância, então carregou o corpo pequeno e leve do garoto até seu colo, deixando Hinata ali e sem quebrar o ósculo. Era assim? Beijar a pessoa que amava tão intensamente? Se for, estava amando cada toque, cada cuidado, cada movimento… aquilo despertava seus instintos. Queria mais… e mais… e muito mais…

E teria durado até o final do intervalo se o celular de Shouyou não tivesse tocado durante o beijo. O ruivo, delicadamente, se afastou, com o rosto corado e assumindo uma pose envergonhada por dois motivos: um, pelo beijo bem dado e ousado — o mais ousado que já deram; dois, pela interrupção de seu próprio celular, vendo que era uma ligação e várias mensagens de Kenma.

Se lembrou que depois do dia que saiu com Kageyama, Kenma e Oikawa, o garoto cabeça de pudim deixou de responder suas mensagens o final de semana inteiro e aquilo chegou a ser preocupante, já que Kenma nunca havia deixado Hinata no vácuo.

Olhou de relance para Kageyama que esperava alguma atitude de Hinata, e quando deu por si, já havia atendido o celular. Não poderia deixar Kenma no vácuo, e mesmo que quisesse continuar o que estava fazendo, ainda estava preocupado com o amigo de Tokyo.

— Alô…? — sua voz saiu meio fraca. Ainda recuperava o ar perdido devido aos longos beijos.

— Desculpa se eu estiver atrapalhando… eu vi que você me mandou mensagem e eu não respondi, sinto muito por isso… é muito bom que esteja se dando bem com o Tobio, mas…

— Mas…? Kenma? O que aconteceu? — perguntou preocupado. O amigo estava estranho e sabia disso, conseguia sentir a voz forçada a ser o mais natural possível, mas…

Kenma estava prestes a chorar!

— Fui expulso de casa, Shouyou! — Kenma soltou de uma vez. Aquilo fez o coração puro e sensível de Hinata parar por alguns segundos.

A expressão perturbada no rosto de Hinata deixou Kageyama preocupado também, mesmo não sendo fã número um do levantador da Nekoma, Kozume Kenma ainda era o melhor amigo de Hinata. Mantiveram uma amizade a distância, porém era a mais sincera que conhecia.

seus olhos....Onde histórias criam vida. Descubra agora