Palavras que não se perderam no tempo

11 1 1
                                    

John andava pelo meio de uma grande cidade, ele não reconhecia qual era o nome da rua, mais ali tinha algo que se lembrava, era um restaurante, ele com Clara já tinham ido ali para comer, foi neste lugar que eles deram o primeiro beijo, John quis compartilhar a lembrança com Clara, olhou para frente e viu Goddard, olhou para trás viu Mike e Léo conversando sobre um desenho dos anos 80, começou a ficar nervoso, correu para fora da formação em busca de seu amor, não a encontrava em nenhum lugar, Mike chegou até ele e perguntou:

- Onde esta a Clara?

- Não sei Mike, ela sumiu!


Algumas horas antes...


Logo depois que Léo lhe contou o nome real do mago negro John decidiu tomar um ar fora da caverna, desceu a pequena elevação com cuidado e começou a caminhar, entrou em uma floresta e sumiu por algum tempo, precisava de um tempo para assimilar tudo que estava acontecendo em sua vida.

A morte de seus pais, todos os anos em uma ilusão forçada, o reencontro com Clara, toda essa caminhada cheia de desafios e todas as novas descobertas e mistérios que havia no caminho percorrido até aqui. Mesmo depois de uma conversa franca ao lado de uma fogueira um de seus companheiros havia o traído e agora ele sabia que não podia confiar em ninguém cegamente, somente em Clara.

Mike um cientista super esperto, mas com medo de batalhar, John sabia que a insanidade que deu nele dentro daquele castelo não voltaria sempre e com ele só podia contar com remédios e comida.

Goddard era o guerreiro, John sabia que ele havia dado sua espada de confiança mas mesmo assim no fundo não era somente por isso, ele queria vingança e só isso, depois que a vingança terminasse ele largaria John mesmo se tivesse morrendo e precisando de ajuda, ele não é tão confiável.

Léo não adequava em nada, sabia batalhar não tinha medo, esse era o problema, se acontecer uma batalha ele morreria sem razão, tentando matar o máximo de monstros que conseguisse, como John podia confiar numa pessoa assim?

E Clara, era tudo o que John amava, ela era o amuleto de John, seu amor, seu porto seguro, quando a olhava ele encontrava paz, era a única pessoa desse mundo que ele confiava sua vida, se precisasse morrer por ela John morreria, precisava protegê-la de qualquer maneira.

Então John viu que já estava sentado ali por algum tempo e que o pessoal na caverna já havia acordado não podia deixá-los tanto tempos sozinhos, era perigoso, decidiu voltar e quando chegou viu Goddard afiando sua espada em uma pedra lascada.

- Bom dia Goddard! – disse John alegremente – Precisamos conversar.

- Léo já me contou tudo depois de eu quase tê-lo sufocado, bom saber que além de nós também tem um mago e também é bom saber que Léo é tão burro quanto eu pensava.

- Porque isso seria bom?

- Porque agora eu acredito de verdade que ele não sabia qual era o real plano de Dan, confio nele por isso. – Goddard sorriu, era a primeira vez que John via um sorriso tão forte no rosto do grande homem, ele então abaixou a cabeça novamente para sua espada e retomou de onde parou.

John subiu a pequena elevação até chegar à caverna, viu Mike num canto e foi falar com ele.

- Bom dia Mike!

- Bom dia John, eu já estou sabendo o que aconteceu ontem à noite, Léo me contou, a Clara também escutou, ela não gostou muito mais consentiu em tê-lo de volta ao grupo.

- Isso é bom, bom esquecendo isso, eu posso te fazer uma pergunta?

- Claro John!

- Se eu morrer você levara Clara com cuidado para longe da guerra e a protegera com sua vida? Você seria capaz de prometer isso para mim?

John Anderson e o mistério da caixa douradaOnde histórias criam vida. Descubra agora