Ao Acaso - Lizago [ CONCLUÍDA ]

7 -

Epílogo
’Elizabeth Webber‘

Eu abria meus olhos. Meus olhos cansados, dopados e exaustos. E eu via ele. — T-THI.. - eu perdia minha respiração, enquanto encarava-o. — THIAGO! THIAGO! - eu gritava o seu nome desesperadamente, enquanto eu tentava arrancar o oxigênio que eu não tinha de lugar nenhum. — Thia..Thiago.. - eu falava mais baixinho, — Não.. - meus joelhos batiam fortemente contra o chão. — Volta pra mim.. - eu murmurava, com meus cabelos brancos balançando com uma pequena brisa que batia nas minhas costas — Por favor.. - lágrimas geladas começavam a escorrer minhas bochechas, minhas esperanças haviam completamente desaparecido. Até que, seus olhos, seus incríveis e lindos olhos castanhos se viram a mim, e ele vira o corpo completamente a minha direção. — LIZ?! - eu ouvia aquela voz pastosa dizendo meu nome mais uma vez, daquele jeito eu poderia deixar de existir com um sorriso no rosto. — LIZ! - ele começa a correr até mim, com seus passos ecoando como se ele estivesse pisando em um concreto com uma água rasa. — LIZ.. - ele grita, mas não com tanta força, enquanto ele se aproxima de mim, — Você voltou.. - eu digo, murmurando. — Você voltou. - ele desliza com ambos os seus joelhos no chão de água, e em uma investida me abraça com aqueles braços confortáveis e acolhedores. — Sim..s-sim, eu voltei..Liz.. - ele também estava sem ar, enquanto me abraçava. — Tá tudo bem.. - eu colocava a mão no rosto dele, com um tom fraco e rouco. — Eu só quero estar aqui..pra sempre. Com você. - eu termino. Enquanto ele me abraça, os meus cabelos batendo na frente de meu rosto de acordo com a brisa começam a perder o tom esbranquiçado, e o meu cabelo preto volta como um sopro e um piscar de olhos. — Liz.. - ele olha a mim, — Que você que cê tá nova, eu não sei como eu ficaria com você vel-eu dou um soco na barriga dele enquanto dou uma risada acompanhada de um tom choroso. — AU! - ele ri — Ei, doeu, tá? Porra - era só o que eu queria ouvir. O Thiago xingando, xingando de todos os nomes possíveis, de todas as maneiras existentes. Era meu sonho. Era meu homem. — Então.. - eu olho a ele, profundamente em seus olhos. — Vamo..pra onde? - após minha fala, ele olha para um tunel. — Bem, minha querida..ou a gente vai pro inferno, ou pro céu. Ou pra nenhum lugar. - ele diz rindo em um tom irônico. — Não fala isso.. - eu digo, também sorrindo solenemente. Nós dois caminhamos em direção ao túnel, e a luz qual cercava ele sumiu, fazendo com que nós fôssemos consumidos por ela em segundos.

Até que..eu enxergava. O Thiago estava de mão dada, apertando minha palma. Na minha frente, eu vejo as pessoas mais próximas de mim. O Chris, Daniel, Alex..e minha mãe. — Mãe.. - eu digo, sem mais forças para gritar. — Mãe! - eu forço a voz um pouco, e corro até ela, a abraçando com força, assim como o Thiago fez comigo. — Eu senti tanto a sua falta.. - eu ainda chorava, e ela apenas me abraçou de volta. — O que importa, é que estamos juntas, minha menininha..tão grande. Você cresceu..tanto. - ela tinha um tom enfraquecido pelo choro. O Alex se aproxima, puxando o Daniel pelo braço, e ambos nos abraçam, e o Thiago apenas segue a maré. — É..bom estar aqui. Com vocês. - o Chris abraça a todos nós com aqueles braços musculosos. — MENIIINAAA! É TÃO BOM TE VERR AQUII! - eu sorrio, e fecho meus olhos.

Eu estou em paz.