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Notas do Autor:

Desculpem pela demora, primeiramente. Não vou mentir que eu estava procrastinando bastante para fazer esse capítulo. Mas eu também queria procurar deixar ele o melhor a vocês. E o bloqueio criativo com certeza não estava deixando, não estava permitindo. Mas agora, cá está.

Aproveitem a leitura!

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· Arte feita por: @CHPudding - Obrigado por nos abençoar com teu traço incrível! · Edição e montagem por: @It22We - Eu

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· Edição e montagem por: @It22We - Eu.

Capítulo 4
’Thiago Fritz'

Bem. Já vai fazer quase dois dias que estamos em Santo Berço. E eu, não tô mais aguentando não. O Joui tá estranho, com a pele cinza e os caralho. Mas eu ainda consigo ver ele, como ele. Parece que não tem muita diferença. Mas se tem algo que tá legitimamente me irritando, e o quanto o Joui força a Liz no Arthur. Tudo bem que, depois da festa que eu deveria fazer uma reportagem, em que eu e ela tivemos nosso momento, se passou um tempo, e fomos convocados pra uma nova missão da Ordem. E rolou umas parada. Mas cá estamos, presos numa cidade do demônio. — Cês já deveriam saber disso. - a voz do hoteleiro estava abafada a mim, mas em sua última fala, parecia que um estalo tinha sido dado em minha mente, e eu estava ouvindo de novo. — Mas não se preocupem, eu tenho uma aqui, reserva. - eu estava boiando um pouco no que ele tinha acabado de falar, foi daí que lembrei do banho de caneca. — Aqui ó - ele arrastava um balde de madeira com metal prendendo ele nas linhas de separação, e tinha um pouco de água dentro dele. — Só esquentá alí, que fica ó - ele fazia um top com a mão, passando-a em sua boca — Quentin. - após ele terminar de falar, eu olhava a todo mundo propositalmente, — Seu hoteleiro, tem três homens e uma moça. - ele não parecia se importar com o que eu falei, — Ah, mas eu tenho certeza que vocês vão dar um jeito. - ele falava em uma brisa que só papai do céu saberia na onda que ele tava. — Ok, então a gente se organiza. - o César falava, um pouco igual a mim, não prestando muita atenção no que estava sendo falado. — Ah, é melhor ser o Thiago, o Césinha, e depois eu e o Joui. - a Liz dizia, em um tom alto e claro, como se ela não quisesse estar no mesmo lugar que eu, tomando banho naquele balde de cachorro de grande porte. Eu não podia julgar ela. — Não. É melhor ceis dois irem primeiro, depois vai eu e depois de eu vai o Joui. - eu não podia não notar o erro de português do César, igual o "antes de eu" no quem nunca em Carpazinha. — César-Kun, você não acha melhor nós doi— Não. - O César interrompia o Joui. — Não acho não. - e depois dele falar isso, o Joui parecia ficar cabisbaixo. — Ah, então por que que eu não posso ir sozinha, se você vai sozinho? - a Liz apontava ao César. — Ué. - ele dava de ombros, — Porque não. - eu cruzava meus braços, — Argumento foda. - e então, eu fazia um movimento de orgulho com a minha cabeça. — Mas..mas! Agh! - a Liz parecia desistir de tentar discutir. — Ok, então vai eu e o Thiagão, você e ai depois o Joui? - a Liz olhava para o César. — Isso ai. - ele assentia com a cabeça também. — Isso não faz o menor sentido. - ela dizia com as duas mãos dela para frente, levantadas, em um sinal de coxinha. Eu não pude deixar de rir olhando ela o fazendo. — Faz sim. - o César não queria nem argumentar, ele parecia cansado o suficiente a não se importar mais. — NÃO FAZ N— Oook, Liz, vamo lá que eu tô cansadão, preciso dum banho e tu tá atrasando o expediente, bora bora - eu estava realmente precisando de um banho, então eu desisti de observar a Liz fracassando em convencer o César, e comecei a empurrar ela em direção ao quarto do Hoteleiro, que é a onde tinha o aquecedor da água, que eram alguns cristais vermelhos. — Olha Liz, tu tem que parar de me evitar, cê sabe que uma hora não vai mais dar. - eu dou um empurrãozinho nela, para ela ir mais a frente, e fecho a porta atrás de mim, que o Hoteleiro tinha concertado. — Ah. Ela fecha agora. - eu dizia surpreso, olhando a Liz. — Eu não tô te evitando! - ela olhava a mim com um olhar sério, com suas mãos encostadas em seus quadris. — Tá sim, que eu sei. Só olhar pra forma que tu tá me tratando, que nem brother. Nois não é brother, po. Somos mais que isso. - eu me encostava na porta, com meus braços novamente cruzados. — Eu sei que não seria bom pro grupo, ou pra Ordem, descobrir que já tivemos um caso, mas namoral tu agir desse jeito é escroto e tu sabe muito bem, minha querida. - eu descruzava meus braços, deixando eles apontados para cima com minhas palmas a mostra. — Ugh. - ela bufava e murmurava, se aproximando dos cristais vermelhos. — Thiago, era pra gente ter esquecido aquilo! - ela olhava pra mim, parada em frente a pia que estavam os cristais. — Eu sei, mas eu já disse que num quero que fique desse jeito! E inclusive, eu queria saber o que que tá rolando entre você e o Arthur. - eu falava em uma maneira bem puta, porque eu tava cansado daquilo. — Ah, tá com ciuminho, é? - ela continuava olhando com um olhar, agora, sarcástico. — Sim! Tô com ciúme. Isso que tu queria ouvir? Tô com ciúme sim! - eu agora voltava meus braços pro meu corpo, começando a desprender os laços que prendiam a armadura no meu corpo. — Tu não percebeu até agora? Até agora tu não percebeu que ele não gosta de você? - eu falava de uma maneira ainda pistola, tirando minha armadura com sangue espirrado. — Ué, talvez ele goste e não mostrou ain— Vamo sê sincero aqui, Liz. - eu interrompia ela, jogando o peitoral da minha armadura no chão. — Você só tá achando que tá apaixonada por ele, por culpa do corpo. Nenão? - eu começava a desprender os laços que prendiam as minhas joelheiras reforçadas, jogando elas no chão. — É. Talvez seja por isso, por que? Pelo menos ele tem um corpo melhor que o teu! — Ah, agora a gente vai partir pra comparação corporal gratuitamente feita em intenção a me desmoralizá? - eu jogava minhas outras joelheiras no chão, me aproximando dela calmamente. Eu só estava com uma camisa branca surrada, que ficava por debaixo de toda a armadura, e uma cueca box. — Thiago. Você não tem o melhor corpo, principalmente que o dele. - ela dizia, praticamente cospindo as palavras. — Ah, mas eu sei muito bem disso, só que tu usou no sentido de ofensa. - eu, ao invés de seguir até ela, paro exatamente a onde estava a caneca de banho, e começo a entrar dentro da água, colocando meus pés nela. Tava fria. Fria pra caralho. — Eu não usei nada nesse sentido! - ela se virava para a pia, com uma expressão que eu não conseguia ver. — Ok, só me trás os cristais, por favor.. - eu relaxava na banheira, colocando meus braços para os lados, e mantendo minhas pernas abertas. — Tô indo. - ela apanhava dois desses cristais vermelhos, e na metade do caminho, ela parecia sentir a mão dela praticamente queimando. — Ui, cacete! - e então, ela correu até mim, e jogou os dois cristais dentro da água, fazendo um leve vapor sair dela logo em seguida. — Liz.. - eu falava, com os braços abertos. — Só esquece isso. E entra aqui. - eu apontava pra água. — Agora vai ficar mais quente. - ela parecia relutante quanto ao meu pedido, mas ela não parecia querer recusá-lo. — Ok. Mas só porque eu quero tomar banho! - ela falava em um tom de voz autoritário, que me fazia sentir um pouco de moral, mas ao mesmo tempo falsidade perante a ela fazer porque só queria tomar banho. — Cê que manda, capitã. - ela desprendia os laços, e as cordas que prendiam a armadura, além de retirar os braceletes de seu pulso, e o peitoral. Ela estava com a mesma camisa surrada e branca, junto a uma calcinha que cobria bem sua virilha. — Eaí, gosta da visão? - ela falava sarcasticamente, se aproximando do barril, e entrando nele com seus pés, — Opa opa, cuidado ai karai - eu dizia, dando espaço a ela — Tô tomando! - ela respondia de maneira brava, sentando com tudo em meu colo, fazendo um splash de água. — Ok. Ok, pronto. - ela dizia, colocando suas mãos na água. — Agora me ajuda a lavar.. - eu olhava a ela com uma expressão também sarcástica, e pegava um amontoado do líquido, passando sobre o corpo dela. E que corpo. — Thiago, ó. Eu sei. Não tô sendo justa contigo, mas eu quero que o que aconteceu naquela noite não passe a ninguém. Nem o que vai acontecer agora. - eu me espreguiçava um pouco. — Ok, madame. Não vo contá pra ning-, calma, como assim o que vai acontecer agora? - eu olhava a ela confuso. — Então você é mais burro do que eu sempre pensei. - sem mais delongas, ela inclinava sua cabeça com um pouco de dificuldade, por culpa do barril impedindo um pouco mais de movimentação. — Sua filha da puta.. - eu dava uma risada baixinha, beijando os lábios daquela mulher esplêndida à minha frente. Eu sentia a sua boca mais uma vez na minha, e sua saliva mais uma vez sendo trocada com a minha. — Ah, pera pera. - eu a parava de beijar, por um segundo — Num era você que não queria isso, que queria manter isso em segredo? - minha pergunta não parecia chocá-la. — Ainda é. - e então, ela voltava a me beijar por conta própria, e eu a segurei por suas costas. Naquele momento em que estávamos juntos, um de frente ao outro sem que nada pudesse nos parar, eu me sentia vivo. Mais do que eu jamais havia me sentido antes. Eu amo ela, e ela sabe. - Liz.. - eram as minhas palavras trêmulas e fracas, vindas de uma voz que só conseguia reproduzir um único nome, enquanto eu sentia meu corpo estremecer, tocando as costas dela, puxando ela para mim, naquela banheira apertada.

Ao Acaso - Lizago [ CONCLUÍDA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora