Capítulo 9

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O dia seguinte passou normalmente. No colégio, Joalin não teve nenhuma aula com a latina, o que não foi nenhum obstáculo para que pensasse nela a todo instante. Já em casa, sua "mãe" lhe contou as anedotas do seu encontro que ocorreu as mil maravilhas antes de ir para o trabalho. Joalin se jogou no sofá, entediada. O telefone tocou e ela atendeu revirando os olhos.

-Alô?

-Joalin...- Noah soou na linha telefônica, parecia apavorado.

-O que foi, Noah? Aconteceu alguma coisa?- notou o desespero na voz do amigo.

-Eu estou morrendo...- sussurrou.

-O que? Como? Você está me deixando nervosa...- dizia séria.

-Eu estou sangrando... Quer dizer seu corpo está sangrando. Eu juro que não me machuquei em lugar nenhum! Não sei o que está acontecendo... Estou sentindo dor também.- Joalin prendeu o riso.

-Onde meu corpo está sangrando, Noah?- perguntou calma, já tinha ideia do que estava acontecendo.

-Lá... embaixo...- falou envergonhado e Joalin explodiu em gargalhada.

-Noah... eu estou naqueles dias.- gargalhava ao confirmar suas suspeitas.- Quero dizer, agora você está!

-E você está rindo por quê? Não vejo graça nenhuma!- falou irritado sabendo do que se tratava.

-Noah, é só uma semana. Eu aguentei isso desde que veio. Então não reclame. Mas veja pelo lado bom...- usou a frase do amigo e pensou em algo positivo.- Não, não tem lado bom nisso.

Gargalhava sem conseguir parar e ouviu Noah grunhir em frustração.

-Boa amiga você... Obrigado, ajudou muito!- silabou irônico.- Mas está certa. Nem eu vejo o lado bom nisso. Joalin, eu não paro de sangrar um segundo, meus peitos estão inchados e minha coluna dói. Estou mal humorado, isso é horrível! Eu não vou aguentar isso por uma semana!- Joalin aumentou as gargalhadas.- Joalin!

-Se vira. Vou dormir.- desligou rindo.

(...)

-Papai.- o chamou enquanto jantava.

Os Hidalgo jantavam na mesa e Fernando falava ao telefone enquanto comia, Alê fazia o mesmo.

-Estão me ouvindo?

-Sim, querida.

O homem respondeu rápido, não parecia estar prestando atenção de verdade nela, Alê se limitou a balançar a cabeça.

-Bom...- largou os talheres e cruzou os braços.- Então já que estão me ouvindo, ótimo, pois tenho que lhes dizer que irei fazer uma tatuagem.- olhava pra eles observando suas reações.

-Okay.- disse simplesmente.- Tom, marque a reunião amanhã às seis.- falou ao celular.

-Irei me encher de tatuagens.- insistiu.

-Tudo bem princesa.- disse o homem.

-Vai ser um grande negócio se conseguirmos fechar com os coreanos, Jimmy.- argumentou Alê.

Sabina revirou os olhos.

-Vou raspar um lado da minha cabeça, colocarei piercings na boca, no nariz e um lá embaixo também, e largarei a escola. Quem sabe...- falava tentando ter atenção.

-O que quiser meu amor.- Alê respondeu natural, nem ouvira sequer uma palavra dela.

-Mas que droga!- levantou da cadeira abandonando a mesa indo direto pro quarto.

-O que deu nela?- perguntou o homem para Alê, a mesma deu de ombros.

-Não sei... Deve ser coisa de adolescente.

Se eu fosse você / Joalina adaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora