insomnia

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- O que você quer dizer? - pergunto ainda em choque.

Harry realmente me pegou de surpresa.

- Sei que você está procurando um lugar e não tem muito tempo nem muitas opções. Só estou te fazendo uma proposta. - ele diz olhando para algumas caixas que eu já havia separado e deixado na sala.

- Você acha que essa seria a melhor opção? - rio nervosa.

- Bom, é perto do trabalho e você não teria custos. - ele levanta uma sobrancelha.

- Seria perfeito, mas... - ele me corta.

- Não está confiando muito em mim. - ele completa.

- Não é isso, é que eu... - ele me corta novamente. Homem, me deixa falar.

- Se você quiser pode fazer algumas tarefas em casa para se sentir melhor, mas acho que não será necessário, eu tenho muitos empregados e eu também não iria deixar. - ele ri. - Mas quero que leve essa oferta em consideração. É de graça. - ele deixa explícito mais uma vez.

Acho muito gentil da parte dele, mas faria as coisas ainda mais complicadas. O que as pessoas no trabalho pensariam ao meu respeito? Principalmente as que fazem estágio comigo.

- O que isso significaria para a gente? - pergunto.

- Agora, que você tem um lugar para morar. - ele diz brincalhão. - O que vier depois será lucro.

Respiro fundo tentando assimilar toda a informação. Por mais que essa ideia seja meio maluca, não acho que terei muitas opções no momento. É de graça e eu posso ficar lá enquanto eu procuro outro local.

- Tudo bem, eu aceito. Ficarei lá enquanto procuro outro lugar. - ele sorri assim que eu aceito. - Você aceita cachorro? - pergunto apontando para Ozzy deitado no tapete da sala.

- Aceito até uma gata. - diz ainda sorridente e eu rio junto com sua cantada horrorosa. - Quando precisa ir?

- O mais rápido possível. Não quero ver a cara do dono desse prédio nunca mais na minha vida.

- Então comece a embalar as coisas que faltam, vou pedir para alguns funcionários buscarem as caixas. - ele diz.

[...]

Cá estou eu na cobertura de Harry enquanto alguns caras carregam as minhas caixas pela sala. Ainda é tudo muito louco e confuso na minha cabeça.

- Aqui será o seu quarto. - ele me leva até uma porta que não ficava muito longe de seu quarto. - Espero que goste.

O quarto era bem maior que o que eu tinha no meu apartamento. Tinha uma cama enorme e algumas decorações que acredito que ele tenha comprado há pouco tempo.

- Está perfeito. - sorrio colocando meu cachorro no chão. - Espero que saiba que eu ficarei aqui até encontrar um lugar para alugar.

- Pode ficar o tempo que precisar, Carol. - ele alisa meu braço.

- Obrigada. - sorrio. - Não quero abusar da sua hospitalidade.

- Acredite, eu não me importo. Fico muito tempo no escritório ou então estou em outra cidade participando de reuniões. - ele diz.

- Então eu não vou te ver com frequência? - pergunto.

- É impressão minha ou você está um pouco desapontada com isso? - ele ri.

- O que? Não! Só estou curiosa. - digo rápido.

- Minha agenda tem estado mais tranquila ultimamente, acho que ficarei em casa mais que o normal esses dias.

Carolina | HSOnde histórias criam vida. Descubra agora