Dica 16 (Muito mais melhor...?)

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Oi, você conhece o termo "pleonasmo"? Bom, talvez você já tenha ouvido falar do seu significado, alguém usar ele, ou até mesmo você, o próprio falante.

De acordo com o site Norma Culta, define-se pleonasmo como, o uso excessivo de palavras na transmissão de uma ideia, ocorrendo repetição e redundância. Pode atuar como uma figura de linguagem - pleonasmo literário - ou como um vício de linguagem - pleonasmo vicioso.

Ou seja, assim como citado no título deste capítulo, é nítido o uso do pleonasmo. Como exemplo, trarei um pequeno diálogo:

— Você viu que a professora colocou apenas questões objetivas na prova?

— Foi um milagre! Ela nunca fez isso. Fiquei mais tranquilo quando vi a prova daquele jeito.

— Eu também. Prova objetiva é muito mais melhor do que subjetiva.

Pessoal, assim como não existe o termo "menas", sequer o "muito mais melhor".  Com o objetivo de intensificar algo, no caso do nosso exemplo, o aluno quis dizer que a prova objetiva é melhor do que a prova subjetiva. Mas, qual foi exatamente o erro dele?

Pois bem, a palavra "melhor", já dá um arzinho "superior", você consegue sentir?

Exemplo 1:

— Por que você comprou esse celular? — perguntou minha irmã, parecendo irritada. — Falei que era para comprar da mesma marca que o meu.

— Porquê, de acordo, com as minhas pesquisas, este é melhor do que o seu.

Exemplo 2 (frases soltas):

"O melhor aluno da classe."
"A melhor escola do bairro."
"O melhor hospital da cidade."
"Para mim, esse é o melhor livro que ele já escreveu."

É perceptível a superiodade exposta nas frases acima, e também é clara a forma de escrita de cada um. Melhor dizendo, eu posso muito bem escrever um poema e citar que "os olhos dela eram escuros como a noite", mas já sabemos que a noite é escura, não é mesmo? Então, não havia necessidade de fazer essa comparação. Porém, o estilo é o diferencial.

Costumo pensar que o pleonasmo tem dois lados, um positivo e um negativo.  Como citado no primeiro exemplo, considero que a maneira com a qual o aluno se pronunciou para dizer que preferia o estilo de prova subjetiva, foi usada de forma negativa, porque ele estava errado. Sobre o exemplo do poema, onde fiz uma comparação dos olhos com a noite, considero algo positivo, pois tal comparação foi um complemento para intensificar e explicar de forma mais clara.

Mas, veja bem e tome cuidado!

"Entrei para dentro"
------> nós não entramos para fora.

"Saí para fora"
-----> nós não saímos para dentro.

"Subi para cima"
-----> nós não subimos para baixo.

"Desci para baixo"
-----> nós não descemos para cima.

RESUMINDO:

NÃO diga que algo é muito "mais" melhor, você pode simplesmente usar "muito melhor".

"Os olhos dela eram escuros como a noite".
EXCEÇÃO, mas você também pode usar: "Os olhos dela eram como a noite".

O pleonasmo é um conteúdo rico, portanto, ele abrange muitas outras informações, informações essas ideais para próximos capítulos. Afinal, gostaria de trazer conteúdos de maneira simples, não extensa e de fácil entendimento.

Então, o que achou? Difícil? Mais ou menos? Mamão com açúcar?
Te vejo no próximo capítulo!😘

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