Blood Desire {Larry}

Capítulo 2 🌙

Eu não lembro de nada do que aconteceu naquele dia.  Não… eu lembro… eu lembro dele.  Dos olhos dele.

Não sei de onde veio, não sei como chegou ali, não sei se foi real ou ilusão, mas sempre que procuro me lembrar é tudo um emaranhado de memórias só consigo ver os seus olhos a olhar para mim como um anjo.  Como um anjo criado para mim, para o monstro que eu sou.     Como se eu merecesse um anjo.   Vamos ser sinceros eu sou monstro e os monstros destrói tudo a sua volta, para a sua sorte eu nunca mais vou voltar a vê-lo ou eu ia acabar por destruí-lo.

Mas para sempre vou guardar a intensidade dos seus olhos nos meus….

“Louis!  Louis!”   Parecia ouvir a voz ao longe de alguém a chamar-me, mas naquele momento tudo o que eu não queria era afastar-me das minhas memórias

“Louis estás a ouvir-me?” Agora essa pessoa se agarrava aos meus ombros enquanto me agitava o que só me deixou irritado porque a imagem daqueles olhos estavam a desaparecer numa névoa de fumo o que me levou novamente a realidade.

“Não posso acreditar que estás outra vez a pensar no rapaz de olhos verdes sério mesmo Louis!?”  Era Zayn quem agora falava comigo.

“E se eu estiver!?”

“Deixa-te disso Louis e vai morder uns pescoços!” Zayn falou de um modo tão despreocupado que se ele não fosse o meu melhor amigo eu teria o morto ali.

“Não!!!”  Eu simplesmente recusava me a continuar aquela conversa.

“Tu és um Vampiro! Ser Vampiro faz parte do que tu és aceita isso de uma vez!”     Zayn gritava contra mim.   As suas palavras doíam mais que uma estaca de prata.  Realmente eu era um Vampiro.  Um verdadeiro monstro.

“Tu não compreendes… eu nunca quis isto!”  Disse apontando para mim mesmo.   “A culpa foi dela!  Ela é que me transformou nisto… se ela não tivesse aparecido na minha vida naquele dia eu ainda podia ser humano”

Zayn saiu como entrou sem dizer uma palavra e eu sentei-me no mesmo sofá onde até a momentos atrás eu estava sentado.   Assim que voltei a fechar os olhos a minha mente voltou a viajar para um par de penetrantes olhos verdes.

Em mais de um século de vida se é que podemos chamar ao modo como ando neste mundo de viver, eu sempre tentei ter o controlo o que sempre falhei porque eu sou um fraco.  Mas quando eu olhei para ele, pela primeira vez eu senti-me forte, humano novamente…