ˑ༄ؘ ۪۪۫۫ ▹ 𝗙𝗢𝗥𝗕𝗜𝗗𝗗𝗘𝗡 ◃ ۪۪۫۫ ༄ؘ
( ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ )
⭑*•̩̩͙⊱ Evelynn acaba o secundário preparando-se então para entrar na universidade, porém, antes de o fazer decide ir passar as férias de verão a casa do seu irmão mais velho...
Percorro o corredor, parando à frente da casa de banho e como a porta se encontra entreaberta, consigo ver Vinnie dentro da mesma. O mesmo encontra-se agora à frente do espelho com um bocado de gaze na mão, parecendo limpar a ferida presente na sua bochecha. Penso em ignorar e seguir o meu caminho, mas infelizmente, importo-me demasiado com o loiro para o fazer.
"Entra." Abro a porta da casa de banho, assim que a voz rouca de Vinnie soa, depois de bater à porta e entro no cubículo, encostando a porta atrás de mim. O loiro passa água pela ferida na sua bochecha e no seu lábio inferior, fazendo caretas com a dor que deve estar a sentir cada vez que toca nas feridas.
"Deixa-me ajudar-te." Peço, apontando para a sanita com o tampo fechado e ele suspira, fechando a torneira e sentando-se. Abro um dos armários da casa de banho tirando de lá de dentro um kit de primeiros socorros e pouso-o no chão, ajoelhando-me à frente do loiro.
"Não é preciso." Murmura observando os meus movimentos com atenção e eu apenas o ignoro, abrindo o kit e tirando de lá álcool e algodão. Ponho algum álcool no algodão e aproximo-me dele, passando o algodão pela ferida na sua bochecha cuidadosamente, de forma rápida, Vinnie geme e pega na minha mão, afastando-a por uns segundos.
"Eu sei que arde mas tem que ser." A minha voz é calma e ele olha-me acabando por largar a minha mão, o seu olhar é intenso queimando-me a minha face e o meu corpo. Volto a aproximar o algodão desta vez do seu lábio inferior, passando-o na ferida e ele geme novamente mas desta vez não agarra a minha mão. "Pronto, já estão desinfetadas." Digo pousando o algodão e ele não desvia o olhar de mim.
"Porque é que me estás a ajudar?" Pergunta e eu paro de arrumar as coisas, olhando-o.
"Porque ao contrário de ti, eu não gosto de ver as pessoas sofrerem por minha causa." Explico e ele sorri levemente.
"Ok, eu mereci isso." Abana a cabeça lentamente desviando o olhar para as suas mãos. "Se te serve de consolo... Aquilo que eu disse antes de sair da cozinha é mentira." Diz e eu levanto-me, arrumando o kit. "Desculpa pela forma como agi, o teu irmão teve razão em me bater, não o culpo." Acabo de arrumar o kit e assim que me viro, Vinnie já está em pé à minha frente. "Tu mereces ser tratada da melhor forma possível, mereces alguém que possa retribuir todo o bem que tu fazes, és demasiado boa." Murmura aproximando-se de mim e eu recuo, acabando por sentir as minhas costas embaterem contra a parede da casa de banho. "Trazes o melhor de mim ao cimo quando estamos bem e o pior de mim quando estamos mal um com o outro, isto é tudo culpa minha. Eu sei que te culpabilizas mas não o faças, nada disto é culpa tua." Diz e eu respiro, fundo sentindo a sua respiração embater contra a minha cara e o meu coração acelera automaticamente.
Os nossos olhares cruzam-se e o loiro aproxima-se mais, raspando os nossos lábios, as minhas pernas ficam bambas e as suas mãos frias entram pelo meu blusão adentro, pousando na minha pele quente uns centímetros acima da minha cintura. Tudo isto, faz com que um suspiro involuntário sai por entre os meus lábios.
As nossas respirações ofegantes misturam-se e Vinnie acaba com o espaço entre nós, juntando os nossos lábios. A sensação dos seus lábios macios contra os meus é maravilhosa e já sentia demasiadas saudades de estar assim com ele. A sua língua pede permissão para entrar na minha boca, raspando no meu lábio inferior e eu cedo, abrindo ligeiramente mais a boca. Suspiro contra os seus lábios assim que as nossas línguas se cruzam e Vinnie geme baixo, devido à ferida presente no seu lábio inferior.
A minha língua é massajada pela língua do loiro e os nossos lábios movem-se em sintonia num ato desesperado de procura por mais contacto.
Interrompemos o beijo por falta de ar e Vinnie encosta as nossas testas, olhando para os meus lábios, agora ofegante.
Assim que o meu olhar cai nos seus lábios avermelhados, apercebo-me do que estou a fazer e empurro-o afastando-o de mim.
"Não me voltes a tocar, estou cansada de ser a tua bonequinha para usares quando tens vontade." Digo de forma frustrada, saindo da casa de banho sem lhe dar oportunidade de me responder e estouro com a porta.
Quem é que ele pensa que é? Ele acha mesmo que me pode continuar a usar e a tratar-me como se fosse um objeto? Como é que eu deixei que ele me beijasse? Que estúpida, burra.
Ele nem sequer gosta de mim, continuo a andar atrás dele e a ceder ao meus impulsos deixando-o fazer o que quer e bem lhe apetece comigo e depois acabo sempre por sair magoada.
Quando dou por mim estou a chorar de novo, acelero o passo correndo até o meu quarto e assim que entro tranco a porta deixando as lágrimas todas que contive saírem.
Apaixonei-me pela pessoa errada.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
꒰🖇꒱Não te preocupes Eve, eu também sou trouxa :') ܴೈ
Vocês costumam ouvir as músicas que eu deixo no início de alguns capítulos?
Não se esqueçam de votar e deixar comentários a dizer o que estão a achar! <3
