ˑ༄ؘ ۪۪۫۫ ▹ 𝗙𝗢𝗥𝗕𝗜𝗗𝗗𝗘𝗡 ◃ ۪۪۫۫ ༄ؘ
( ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ )
⭑*•̩̩͙⊱ Evelynn acaba o secundário preparando-se então para entrar na universidade, porém, antes de o fazer decide ir passar as férias de verão a casa do seu irmão mais velho...
O sentimento que aumentava cada vez mais à medida que eu descia as escadas ao lado de Vinnie, sinto o loiro pousar uma das suas mãos no fundo das minhas costas e olho-o encontrando os seus olhos cor de avelã.
"Vai correr tudo bem, eu vou estar ao teu lado." Diz baixo e eu respiro fundo acenando com a cabeça, consigo ouvir a voz da minha mãe, do Jaden e dos rapazes e quando acabamos de descer as escadas olho uma última vez para Vinnie sentindo-me ligeiramente mais calma.
É simplesmente incrível como ele me consegue acalmar tão bem apenas com gestos e palavras, sinto que estamos cada vez mais conectados e não é só por causa do sexo... Vinnie é muito boa pessoa e embora ele se feche e não demonstre no fundo tem um coração bastante puro.
O meu coração acelera assim que avisto o cabelo castanho da minha progenitora e eu volto a olhar para o lado certificando-me que o loiro não sai de ao pé de mim, o mesmo oferece-me um sorriso carinhoso e confortante.
Jaden apercebe-se da nossa presença desviando o olhar da nossa mãe para mim e Vinnie e pela sua expressão parece desiludido e enjoado, sinto-me ficar ainda mais nervosa e rezo mentalmente para que ele não tenha comentado nada desagradável acerca de mim e de Vinnie com a minha mãe.
"Evelynn." O meu nome é pronunciado pela minha mãe assim que ela se vira encarando-me, o seu tom é duro dando-me o pressentimento de que ela não veio para me dar abraços e dizer que tem saudades minhas.
"Olá mãe." Respiro fundo acabando por falar usando um tom suave porém firme, aproximo-me e dou-lhe um abraço rápido seguido de um beijo na sua bochecha. "O que é que estás aqui a fazer?" Pergunto apressada com um pequeno sorriso e ela olha-me com uma expressão carinhosa porém um olhar repreensivo.
"Visto que não atendes as minhas chamadas achei por bem vir ver o que te mantém assim tão ocupada." Cruza os braços, o seu tom é passivo agressivo, o que me deixa com um pé atrás. O seu olhar castanho cai no loiro atrás de mim e ela analisa-o atentamente, o seu olhar pousa em mim por uns segundos e depois nele novamente e ela avalia a distância a que nos mantemos um do outro assim como a nossa postura.
"Mãe, este é o Vinnie, acho que é o único dos rapazes que ainda não conheces, ele veio para aqui para casa o ano passado." Jaden explica e eu olho para Vinnie que oferece um pequeno sorriso à minha mãe aproximando-se.
"É um prazer conhecê-la Sr. Hossler." A minha mãe sorri-lhe pousando a mão no seu braço afagando o mesmo.
"Trata-me por Candice." Pede e o loiro acena afastando-me novamente, o olhar da minha mãe pousa novamente em mim e ela cruza os braços.
"Estou à espera de uma explicação, porque é que não atendes as minhas chamadas?" Questiona-me agora com uma expressão mais séria e Jaden suspira.
"Eu planeava ligar-te hoje." Minto, não planeava ligar-lhe nem tinha vontade de atender as suas chamadas, não preciso que ela passe horas a dar maçar-me com as suas ordens de sempre.
"Claro que planeavas." Revira os olhos rindo sarcasticamente e Vinnie afasta-se de mim, olho-o durante uns segundos vendo que este vai encher um copo com água. "O que é que se passa contigo? Primeiro dizes-me que não sabes se Direito é mesmo o curso que queres seguir e que secalhar não vais para Harvard?! Tu trabalhaste para este momento durante anos e agora vens-me com esse discurso..." Começa e eu sento-me numa das cadeira encarando Jaden que se levanta saindo da cozinha deixando-me sozinha apenas com a minha mãe e Vinnie.
"Vou para sala ok?" Vinnie murmura assim que para ao meu lado e eu aceno com a cabeça respirando fundo-
"Tu obrigaste-me a trabalhar para isso, tu obrigas-me a tudo mãe, não podes decidir por mim o meu futuro, estás constantemente a impor-me regras e a dizer o que devo ou não devo fazer, a vida é minha e eu estou farta de seguir as tuas regras. Eu vou seguir o curso que quiser e vou para a universidade que quiser e tu não podes fazer nada quanto a isso, tens que me respeitar as minhas decisões. Foi precisamente por causa deste controlo todo vindo da tua parte que o Jaden saiu de casa e sinceramente acho que vou fazer o mesmo." Atiro num tom calmo e numa questão de segundos, a palma da mão da mulher a quem chamo de mãe embate na minha bochecha. Sinto a zona atingida arder rapidamente e um pequeno som de choque sai por entre os meus lábios.
Ela acabou de me bater.
A minha boca abre-se num O perfeito e assim que ganho coragem para a voltar a encarar, encontro no seu olhar arrependimento misturado com euforia e raiva.
"Não sei o que é que te aconteceu, desde que vieste para aqui achas que já és uma adulta independente quando na verdade és uma autêntica criança. Sabes uma coisa? Podes escolher a universidade e o curso que quiseres mas eu garanto-te que não vou pagar nem um tostão e se queres sair de casa estás à vontade mas não fiques à espera de qualquer tipo de apoio financeiro da minha parte. Mal agradecida." Cospe e consigo sentir veneno em cada sílaba contida nas palavras que ela pronuncia.
Engulo um seco sentindo um nó formar-se no meu estômago, neste momento desejo que isto não passe apenas de um pesadelo. A minha mãe sempre se impôs bastante e já tivemos imensas discussões acesas, porém, nunca tinha pousado um dedo em cima de mim antes.
Observo a mulher à minha frente agarrar na sua carteira ao mesmo tempo que se levanta e sai da cozinha fechando a porta atrás de si com força.
Perco a noção do tempo que me mantenho sentada a repensar em tudo o que acabou de acontecer, a minha bochecha encontra-se agora dorida e quente mas a dor física não se compara à dor psicológica que sinto neste momento.
"Hey, estás bem? Ouvi gritos." Os meus pensamentos são interrompidos pela voz suave de Vinnie assim que este entra na cozinha e numa questão de segundos as minhas costas são afagadas pelo mesmo. "O que é que se passa?" Murmura assim que se apercebe que não estou bem, pois não me atrevo a levantar o olhar na sua direção. "Eve..." Chama calmamente pousando a sua mão no meu queixo e força-me a olhá-lo nos olhos travando o maxilar assim que o seu olhar cai na minha bochecha. "Ela bateu-te?" Pergunta passando o seu polegar pela minha bochecha com uma expressão confusa e eu aceno com a cabeça sentindo os meus olhos inundarem-se com lágrimas.
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