Inevitável.

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3 anos atrás

Raiva.

Era esse o sentimento que estava habitando no interior da jovem taiwanesa, era esse sentimento que estava lhe fazendo dirigir e ultrapassar todos os sinais vermelhos que via.

No quesito direção, Tzuyu poderia ser considerada uma motorista maravilhosa e extremamente cuidadosa com todas as leis, chegava a ser insuportável seguindo todos os protocolos. Porém, naquela noite em específico, após receber aquela mensagem se sua melhor amiga.

A morena não poderia explicar o porquê disso estar acontecendo, mas no fundo ela já sentia que cedo ou tarde isso aconteceria. Sabia que no momento em que criou essa ponte entre Sana e Dahyun, uma hora alguém sairia extremamente magoada, obviamente ela já imaginava que Dahyun seria a mais afetada nessa relação.

Saiu apressadamente do veículo após estaciona-lo em frente ao apartamento que frequentava constantemente, não soube de onde arranjou tanta disposição pois não usou o elevador, apenas passou correndo pela portaria e correu pelas escadas afim de chegar ao sexto andar.

Seu surto de adrenalina não deixava que sentisse o cansaço do momento, apertou a campainha e bateu de maneira desesperada na porta que logo foi aberta por uma Dahyun desolada, chorava copiosamente, ato que piorou ao ser abraçada por Tzuyu.

A Taiwanesa tinha seu coração em pedaços ao agarrar a menor, afagava os cabelos tentando acalma-la. No momento ela precisava engolir a própria dor, tinha sido dispensada por sua namorada nesse mesmo dia, sua vontade era de gritar, se trancar no quarto e não sair mais, só queria sumir.

- Shh... Eu estou aqui - não sabia o que dizer, olhou ao redor e não viu a presença da japonesa no apartamento, Dahyun então lhe encarou com os olhos vermelhos.

- Sana terminou comigo... - Tzuyu já imaginava isso. - E-ela simplesmente disse que esse relacionamento é uma perda de tempo - Dahyun fechou os olhos se permitindo chorar mais - não foi como das outras vezes, d-dessa vez é real Tzu, eu perdi ela.

Tzuyu a abraçou novamente, sua blusa era agarrada como se a vida de sua amiga dependesse disso para não cair, e realmente dependia, Dahyun sentia que desabaria no chão se não fosse pela morena.

- E-ela me expulsou daqui, disse que quando voltar não quer mais sentir meu cheiro neste local...

A Chou sentia o ódio a corroendo por dentro, queria socar a cara da Minatozaki até perder a forças, mas no momento precisava ser apoio para a menor fragilizada a sua frente. Depois de uns minutos naquela posição, Tzuyu sentou sua amiga no sofá e informou que ia fazer as malas dela rapidamente.

Naquela noite, Dahyun passou a morar no apartamento de sua melhor amiga, pormeteu que nunca mais pisaria novamente naquele local.

A morena dizia a si mesma que dá próxima vez que estivesse naquele apartamento, seria para bater na japonesa escrota que merecia uma bela surra.

.....

Dias atuais

Ali estava Tzuyu novamente, três anos depois, estacionando o carro de qualquer maneira em frente ao prédio que conhecia tão bem, uma raiva transbordando dentro de si, o sangue circulava fervorosamente por suas veias. Informou ao porteiro que visitaria uma amiga e simplesmente entrou no elevador.

Ao chega ao andar onde ficava localizado o apartamento que lhe trazia péssimas lembranças, andou a passos largos e apertou de maneira impaciente a campainha irritante, ninguém abriu, insistiu, ela não sairia dali até cumprir o que queria fazer.

Oops - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora