ㅤㅤ⌙ 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐀 𝐃𝐎 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎 𖡩
ㅤㅤㅤ態度 - (✨) 𔓕𝓭𝓮𝓬𝓲𝓼𝓸̃𝓮𝓼
Destinada a um único propósito, ela batalha para controlar o poder que há em si. Algo que começou a quatrocentos anos, finalmente...
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𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 𝐃𝐎 𝐈𝐍𝐈́𝐂𝐈𝐎
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Outra vez.
Estava acontecendo tudo outra vez. O ciclo se repetindo antes mesmo que ela pudesse pensar em evitar. O temor e a catástrofe haviam se apossado de sua mente conturbada. A visão que se estendia diante de seus olhos era aterrorizante, mesmo que já tivesse presenciado um cenário semelhante antes. A paisagem, manchada em vermelho como uma tela recém pintada, e as casas, transformadas em tantos destroços que nem mesmo seus residentes as reconheceriam, se é que havia sobrado algum. Lares, pessoas, famílias. Estavam perdidos, todos estavam perdidos, e isso não poderia ser reparado. Como uma xícara lascada, tudo havia sido destruído, e não poderia voltar a ser como era antes.
E a culpa era dela.
Ela provocou isso. Transformou o lugar, que horas antes era uma cidade repleta de alegria, vívida e receptiva, conhecida por suas lindas melodias, em um cemitério maldito. Corpos de inocentes, estirados ao léu. Retirados das pessoas que os amam, por que não pôde deter a si mesma. Ela causou isso, mais uma vez. Não tinha ao menos discernido ainda, estava paralisada em meio aquela cena, ela estava perdida. Não conseguia se mover, chorar ou nem mesmo gritar. Tudo havia se perdido, todas aquelas vidas.
Ela era a culpada, e mais ninguém.
Como uma trepidação, suas pernas amoleceram e estatelou-se de joelhos na terra manchada. Ainda tinha a sensação de ouvir. Ouvir os gritos em tormento pedindo clemência a qualquer entidade que pudesse ouvi-los. Ela sentia a dor, tristeza e agonia de cada um deles. Ainda sentia. De todos eles. Sentia suas peles ardendo, como o fogo em brasa. O cheiro da carne queimada. Sentia o sofrimento eclodindo do fundo de suas mentes, as súplicas de que partissem de uma vez no lugar de sentir aquilo. Ela podia sentir tudo.
Sua mente girava, mas não assimilava nada.
Seus olhos ─ opacos ─ enxergavam apenas o embaço, mas ainda não chorava. Lentamente, com as mãos trêmulas, agarrou o topo da cabeça. Apertava os fios de cabelo com tanta força na intenção de que a dor a despertasse e mostrasse que tudo aquilo não passasse de um pesadelo. Alguns fios foram arrancados, caíam sobre o chão ou ficavam presos entre os vãos dos dedos. O sangue começou a escorrer por entre as pontas das unhas.
Então, ela percebeu.
Era real. Era tudo real. Não era apenas um sonho ruim do qual acordaria de manhã e estaria tudo bem, como acontecia quase todos os dias. Era a terrível realidade que o mundo queria lhe mostrar, para revelar o monstro que habitava nos confins da podridão de sua alma. Para revelar o monstro que ela era.
Como se isso aflorasse seus sentidos, ela gritou.
Gritou tão alto, que sua garganta ardia. Um grito cheio de amargura e desespero. Ela ceifou a vida de centenas, e eles nem ao menos tinham culpa.
E isso, a acompanharia até o inferno.
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