Após a sexta-feira da boate, onde a noite terminou com Jisung em meu apartamento, ele havia ido embora antes mesmo de eu acordar, fazendo com que não pudéssemos trocar nossos números.Mas três dias depois, após levar Sarang à casa de Byeol, encontrei-o em uma loja de conveniência perto de minha casa, após uma troca de sorrisos envergonhados, sentamos em um banco que tinha do lado de fora do estabelecimento e conversamos um pouco sobre a coincidência. Não me lembro em qual momento do papo começamos a nos beijar, e muito menos como paramos em meu apartamento novamente com roupas espalhadas pelo local, lugares arroxeados em algumas partes de nossos corpos, e nós dois abraçados no último lugar que estivemos.
Na manhã seguinte, acordei e pude ver Jisung em frente a cama começando a abotoar sua camisa, após terminar olhou para a cama e me viu o olhando e assim sorriu, e por uma fração de segundos, eu me imaginei tendo aquela visão durante os dias.
— Quer tomar café? — só notei que havia perguntado isso, quando ele sentou na ponta da cama e me olhou com a cara espantada.
Levantei da cama e encostei na cabeceira enquanto coçava meus olhos.
— Por que me olha assim? A pergunta foi séria, está com fome? — perguntei e o vi concordar.
— Isso vai te atrasar? — ele perguntou e eu peguei meu celular para ver o horário, "7h30", e voltei a olhar para ele e neguei.
— Eu só entro às 9h, por que? Isso vai te atrasar? — ele riu enquanto engatinhava na cama ficando em minha frente, uma de suas mãos circulou minha cintura me levando para mais perto dele.
Nossas respirações pareceram sincronizar, então decidi acabar com a única distância que tinha entre nós e selei nossos lábios. Ficamos assim por uns minutos até Park aprofundar o beijo, este que não era como os outros que já demos, ele era calmo, até carinhoso.
Mais alguns minutos foram perdidos até nos soltarmos.
— Não pude oferecer da outra vez, mas se quiser pode tomar um banho antes de ir embora — falo e nos soltamos.
Me levantei da cama indo até meu guarda-roupa, o abri e estiquei-me para pegar uma toalha nova, e mexi em minhas gavetas procurando alguma cueca nova das quais minha mãe me presenteava sempre que nos visitava.
— A minha presença não está te incomodando? — sua voz saiu receosa e eu neguei.
— Não está, sério. Inclusive fique à vontade, o banheiro é a última porta do corredor — falei sorrindo enquanto esticava a mão para entregar o que eu havia pegado. — Você toma banho, e eu irei fazer o café da manhã.
Deixei as coisas em seu colo e fui para a cozinha pensar no que eu faria.
⿻
— Obrigado pelo café, eu estava morrendo de fome — Jisung comentou simplista quando levantei indo em direção a cozinha, após deixar os talheres e a comida em cima da mesa.
— Não precisa agradecer — respondi abrindo a geladeira e pegando uma jarra de suco, andei com o objeto até a sala de jantar e quando o olhei, ele estava com aquele fatídico sorriso.
Assim que coloquei o objeto cheio à mesa, o menino em minha frente pediu licença, e encheu seu copo com o líquido que eu havia trazido. Começamos a comer e ficamos em silêncio.
— Sua comida está ótima, obrigado — sorri e concordei.
Nós terminamos de comer juntos e foi em silêncio, mas foi um silêncio confortável.
— Pode me emprestar um papel e uma caneta? — olhei confuso para ele, mas concordei. Pedi um minuto e andei até meu quarto e fui em minha escrivaninha e peguei uma folha de uma agenda minha.
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the art of eye contact; rensung
FanfictionHuang Renjun é o pai de uma garotinha amorosa e Park Jisung é apenas um garoto estrangeiro. short fic | (ren)jun + ji(sung)