Kacchan's pov:
Saí correndo de casa, em direção à escola.
Estava atrasado, merda! Minha mãe me mataria se ela recebesse mais uma advertência de atraso. Então apenas acelerei.
Cheguei na sala bem em cima da hora, o professor mal entrando pela porta e eu passei correndo por ele com um pedido de desculpa, sem olhar para a sala. Me sentei em minha cadeira e suspirei, respirando pelo ar que me faltava.Então o professor começou a aula, chamando os presentes, até que...
- Midorya? – ninguém respondeu. – Ausente, então.
Enrijeci na mesma hora, me virando levemente para olhar a cadeira que eu chutara ontem. Ele não estava sentado ali. E senti isso aprofundar na minha alma. A solidão sem Deku... e aquela cadeira era como uma prova de que tinha algo errado.
Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos. Não, ele não tinha faltado porque queria me evitar, devia ser algum resfriado...
Mas eu sabia que eu estava apenas me enganando. Algo havia acontecido, eu não sabia o que era e isso estava me assustando.
Deku's pov:Acordei e percebi que o sol nem tinha nascido ainda. Mas hoje eu não estava com vontade de ir para a escola. Ainda estava muito magoado com Kacchan. Então apenas não fiz questão de levantar da cama, fiquei lá, enquanto horas e horas se passavam no relógio.
Só me levantei quando meu estômago roncou de fome. Comi uma maçã e um pedaço de pão com queijo e leite. Me sentindo melhor, sentei no sofá e fiquei passando os canais. Isso me trouxe lembranças da vez em que eu e Kacchan nos sentamos ali para ver filme. Franzi a testa e desliguei a Tv. Foi quando escutei uma batida na porta.
Quem seria? Eu não estava esperando ninguém...
- Oi... – abri a porta de uma vez, apenas para dar de cara com Kacchan.
- Oi. – disse, sorrindo hesitante.
Em suas mãos tinha sacolas e ele acabara de sair da escola. Cruzei os braços.- O que está fazendo aqui?
- Vim ver se tinha melhorado do resfriado. – respondeu, sem pertanejar.
Franzi a testa.
- Resfriado? Eu não estou resfriado, Bakugou.
Aquele nome na minha boca fez ele franzir os lábios e uma angústia tomou seus olhos. Enfim percebeu o motivo real para eu ter faltado. Ele. Puramente ele.
- Posso entrar? – ele perguntou, já sem esperanças.
Pensei em recusar, mas algo me fez abrir a porta um pouco mais, como uma mão estendida para que nos entendêssemos. Kacchan não perdeu a oportunidade.
Entrou e tirou os sapatos, já se dirigindo para a cozinha, onde colocou as compras e as abriu.- Comprei mingal e algumas bebidas, porque achei que estava resfriado... – conforme falava, sua voz ia abaixando o volume.
Apenas me movi, sentando na poltrona da sala. Kacchan se sentou no sofá, de frente para mim. Ficamos em silêncio e o vi retorcer as mãos inseguro.
Mas eu ainda assim não disse nada, iria fazê-lo sofrer mais um pouquinho. Porém isso era muita maldade e não batia com meu perfil. Suspirei e apenas me escorei mais na poltrona.
- Precisamos conversar, Kacchan.
Seu apelido na minha boca pareceu acalmá-lo.- Sim, precisamos. – ele respondeu.
Kacchan's pov:
Deku parecia estar com raiva e eu ainda não sabia o porquê.
Os cabelos esverdeados dele estavam bagunçados e caindo nos olhos, fiquei hipnotizado com sua beleza, mesmo desgrenhada.Mordi o lábio, sentindo algo queimar dentro de mim, uma lembrança desses mesmos cabelos esverdeados, entre meus dedos enquanto... Balancei a cabeça, agora não era hora disso.
- Por que está com raiva de mim? – perguntei, cauteloso.
Ele bufou e apertou a ponte do nariz.
- Sério mesmo, Kacchan? – ele parecia incrédulo, mas pelo menos me chamava de Kacchan. – Você é surpreendente.
Apenas encarei ele, esperando uma resposta. Mas Deku apenas levantou bufando e foi até a cozinha, onde pegou uma bebida e tomou tudo em um gole, para depois bater com o copo na bancada.
- O que veio fazer aqui, Kacchan? – ele perguntou frio.
- Vim te ver, achei que estava resfriado...
- Não, duvido que seja isso. Estava apenas se convencendo que era um resfriado, para vir aqui, sabendo que eu estou puto! – ele se balançava de um lado para o outro, com as mãos tremendo.
Isso fez com que minha raiva aflorasse também.- Oras, claro que sei que está puto! Mas não sei o motivo, você simplesmente disse pra nunca mais te procurar e sumiu! O que quer que eu pense, Deku? Estou desesperado, pois nem mesmo sei porque meu namorado está me evitando!
- Agora eu sou seu namorado? – Deku pergunta apertando os lábios. – Porque enquanto me chamava de inútil e dizia que nunca gostaria de alguém como eu, não parecia que eu era seu namorado.
Parei. Ele estava com raiva por causa disso... Mas havíamos combinado isso tudo para que não descobrissem que estávamos namorando.
- Você tá com raiva por isso? Mas...
- Nada de mas, Kacchan. Você sabe muito bem que não gosto de esconder que estamos juntos, já conversamos sobre isso, mas cedi porque você disse que não estava pronto.
- E ainda não estou! – me levantei de uma vez.
- Mas faz meses que me disse o mesmo. – Deku gesticulou entre nós dois. – Estou achando que isso não é mais um caso de estar pronto ou não, Kacchan, acho que você tem vergonha de estar comigo e isso me machuca.
Paralisei novamente. Vergonha? Dele? Ele achava que eu tinha vergonha dele? Eu o amava mais do que tudo nesse mundo, nunca sentiria vergonha dele! Senti uma calma gélida me penetrar e me aproximei dele, segurei seus braços com as mãos e olhando fundo nos seus olhos eu disse:
- Eu nunca sentiria vergonha de você, Deku. Você é a melhor coisa na minha vida e não quero te perder, mas como eu disse, não acho que estou pronto para expor nosso relacionamento. Eu ainda nem me assumi! Me entenda, por favor. Eu te amo muito, muito mesmo, mas tenho medo do que acontecerá se eu mostrar o nosso amor. – abaixei a cabeça até seu ombro, expirando seu cheiro. – Então, meu amor, apenas me dê tempo.
Eu sentia Deku rígido debaixo de mim, ele estava parado enquanto eu apenas o abraçava. Mas gradativamente, senti seus músculos relaxarem e ele suspirar.
- Tudo bem, Kacchan. Eu te dou tempo, mas no fim, não poderemos viver assim para sempre, você sabe, né?
Eu assenti, feliz por ele ter entendido e desgrudei de seu corpo.
- Obrigado. - segurei seu rosto com as mãos e lhe depositei um beijo leve na boca.
Deku envolveu os braços no meu pescoço e abriu sua boca para mim, onde enfiei minha língua, sentindo seu gosto. Gemi baixinho, ao mesmo tempo louco para reinvindicá-lo e tentando ir devagar depois de nossa briga.
Mas Deku não me deu brechas e apenas me empurrou para o sofá, onde montou em mim.
- Não estou a fim de ir devagar. - e então me lançou um sorriso malicioso.
Correspondi ao seu sorriso e completei:
- Senti sua falta. - e então voltei a beijá-lo.
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Happier
FanfictionOnde Bakugou só quer ver Midorya feliz, mesmo que não seja com ele •~•~• História criada com ajuda de @_star_glass Os personagens não são nossos, esta é apenas uma fanfic de fã para fã. Plágio é crime História também postada do spirit, meu perfil l...