IV - MEIA-NOITE💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀
Era meu filho.
Não importa se era
Temido, mal falado.
Para mim era só meu filho.
Acordei com as galinhas,
Como fazia todos os dias,
Era segunda-feira,
Dia que ele vinha me ver logo cedo.
Desde que havia se tornado moço,
Se mudou para o centro da cidade
Eu fiquei no sítio.
Toda a vida criei cabras,
Tal qual meu pai e meu avô,
Mas entendia que meu Filippo
Não tinha índole para o campo.
Então esperei sentada diante
Do fogão a lenha,
A leiteira esquentando na beira,
O café passando pelo pano,
Pão de linguiça recém assado.
Ele ia chegar de manhã,
Sempre chegava de manhã,
Ia trazer dinheiro, café e queijo
Como de costume.
Meu menino passava as madrugadas
Fazendo as coisas que
Dizia que tinha de fazer.
Eu bem sabia que estas coisas
Não eram boas,
Mas já não me opunha a nada,
Estava velha demais para
Bronquear com as escolhas dele.
Estranhei a demora,
Lá pelas sete ja era tempo
De estar em casa.
Deu sete, oito, nove, dez horas
Da manhã e nada.
Meu coração apertou.
Disse a mim mesma:
"Deixe de ser parva Gioconda, de vez em quando ele chega tarde mesmo, jaja está ai".
Mas meu peito cheio de angústia
Não acreditou nisto.
Não acreditou pois o medo
Do passado me assombrava.
Quando ja era de tarde,
Quase de Noite,
Um molecote veio dar um recado,
Disse que se possível eu devia ir
Até a rua do Marechal com urgência.
Meu coração afundou no peito,
Só havia um casarão na rua
Do Marechal que eu meu filho
Frequentava.
Subi na charrete e me piquei
Para lá.
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Contos dos Maridos da Lua
Любовные романыA dor da Morte é o Princípio do caminho deste sete poderosos homens que habitam hoje a fé espiritual Brasileira.