3# "Você não precisa fingir que está tudo bem."

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- EI! TIRE AS MÃOS DELA SEU FILHO DA PUTA! - a voz era familiar, mas eu ainda não consegui ver quem era, a rua estava escura e minha visão, embaçada.

A figura vinha apressada em nossa direção e notei que na verdade, eram duas pessoas.

- Essa gostosa é sua?

- SEU DESGRAÇADO!

O primeiro garoto de cabelo escuro veio pra cima do canalha, que me jogou no chão, para enfrenta-lo. O desconhecido deu um soco forte na cara dele, que o fez ficar meio tonto. Depois o outro rapaz loiro, começou a brigar com ele, enquanto o azulado vinha na minha direção.

Quando se aproximou o suficiente eu vi seu rosto. Só então o reconheci, era Luka. Assim que notei, desabei em lágrimas novamente, não sabia o que teria acontecido sem ele. Me joguei em seus braços e o abracei o mais forte que consegui, o que não foi muito, já que eu estava em choque e fraca.

- AI MEU DEUS MARI! Você está bem? Eu fiquei tão preocupado!

Eu apenas chorava, chorava muito. Então, olhei para o loiro, ele tinha deixado o homem inconsciente, no chão. Ele se aproximou com cautela e pude notar suas feições. Adrien.

- Mari! Por favor, fala comigo! Você está bem? Aquele cretino te machucou? - Luka insistiu, eu precisava responder alguma coisa, mas não conseguia.

Olhei para Adrien, ainda no abraço do Luka, ele me olhava aliviado, acho que me ver ali, na frente dele, foi o bastante para tranquiliza-lo.

Luka me levantou do chão, sem desfazer o abraço. Senti minha pernas fracas, mal conseguindo ficar em pé, me apoiei nele.

Finalmente juntei forças para responder, minha voz saiu baixa e trêmula, sendo cortada por soluços do choro.

- E-eu...se v-vocês n-não...e-ele t-teria...

- Tudo bem! Já passou, estamos aqui. - Ele acariciou meus cabelos.

- Vem, vamos levar ela para o carro. - Adrien disse.

- Certo...

Andamos até o carro e eu sentei no banco de trás, Luka estava prestes a fechar a porta para entrar no banco do motorista, quando eu segurei sua mão, ainda chorando.

- P-por favor! F-fica aqui atrás comigo, eu preciso de v-você. - falei baixo, quase como um sussurro, mas ele ouviu.

- Tudo bem. Adrien, se importa em dirigir até a casa da Marinette?

- Não, tranquilo. - Luka atirou suas chaves para ele e sentou ao meu lado, fechando a porta do carro.

Eu me aconcheguei em seus braços mais uma vez e continuei chorando, desta vez, quieta, apenas deixando as lágrimas rolarem.

Adrien começou a dirigir.

Passei o caminho todo tentando me acalmar, seria terrível sê minha mãe me visse chegando naquele estado, naquela hora.

Luka apenas repetia baixinho que tudo ficaria bem, enquanto acariciava meu cabelo e de vez em quando, minha bochecha. E as vezes, notava o Agreste me olhando pelo retrovisor.

Vi que estávamos na rua da minha casa, tratei de me afastar do Luka e começar a alisar meus cabelos e secar as lágrimas.

Ele me olhava indignado.

- Marinette! Para, você não precisa fingir que está tudo bem.

- E-eu não posso chegar em casa assim. Se minha m-mãe me vê nesse estado, eu vou precisar c-contar o que aconteceu e ela vai ficar s-super preocupada. Ela não precisa se estressar com os meus p-problemas.

Não Existem Atalhos - Fanfic MLBOnde histórias criam vida. Descubra agora