Explodir - Gabriel Barbosa

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Meu coração já passeou em tanta casa Agora eu vejo que eu nem sabia nada Amar é mais do que dizer do amor

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Meu coração já passeou em tanta casa
Agora eu vejo que eu nem sabia nada
Amar é mais do que dizer do amor

Santos, Brasil
28 de agosto de 2016, 2:00PM

Derrota!

Essa foi a palavra que descreve a última partida do atacante no Santos. O vestiário no entanto não estava em um grande clima de enterro, estava nostálgico e sabiam que a saudade iria ficar e que Gabriel fez sim o melhor que podia para vencer aquele jogo mesmo jogando apenas um tempo. A sorte de jogar durante a manhã dava aos jogadores do time a oportunidade de comemorar o aniversário do camisa 10 que estava a dois dias do seu aniversário e 20 anos. Se despediu dos amigos falando que esperava por todos no local da festa que seria a cobertura de seus pais.

O sol quente na cidade litorânea indicava que tudo se encaminhava para melhorar o dia mesmo com a derrota, Gabriel chegou em casa já jogando a mochila do lado do sofá e se encaminhando para o segundo andar onde já ouvia uma música tocando e sentia o cheiro do churrasco. Seus amigos comemoraram a sua chegada e logo o jogador já estava com uma long neck na mão se divertindo entre os seus muitos amigos, ao passar o olhar pelo ambiente percebeu que faltava alguém. Faltava ela.

— Fabinho, cadê a Amandinha?

— Po cara, você que tá pegando a menina, não sabe onde ela tá? Fica difícil, Gabriel. — o jogador revirou os olhos enquanto o primo ria — Amanda tá desde quando chegou no seu quarto resolvendo um problema de família.

— E ela chegou muito antes de mim? — Fabinho negou — Vou lá, segura aqui.

Entregou a bebida ao primo e desceu correndo indo para o seu quarto, abriu a porta e viu a namorada debruçada sobre a mesinha do cômodo com o telefone no ouvido, Amanda tinha os olhos cheios de lágrimas mas assim que ouviu a porta abrindo tratou de limpar os olhos. Gabriel fez sinal que iria ao banheiro e que ela poderia continuar ali e assim a estudante de direito fez, continuou ouvindo a mãe falando do outro lado da chamada sem abrir a boca, apenas ouvia e se segurava para não chorar, e já se faziam dez minutos.

— Tudo bem, mãe, a senhora tem mais alguma coisa a falar? — ela perguntou com a voz chorosa — Ok, te vejo em breve, fica bem. Eu te amo...

Maria desligou a ligação sem responder a filha, o que fez Amanda dar um suspiro angustiado, os problemas da separação dos pais estavam começando a atacar a estudante, a constante vontade da mãe em colocar a filha mais nova contra o pai era presente em todos os diálogos das duas, Amanda era a única menina de três irmãos, a mais nova e a princesinha da casa, um exemplo de filha, mas que a mãe não via ou ao menos dava atenção, o processo de separação estava acontecendo a mais de três meses e a morena só queria paz. Porém, sua mãe não colabora.

E para completar todos os teus problemas a única pessoa com quem tinha vontade de desabafar estava indo embora em 15 dias. Doía em Amanda a ida de Gabriel para o futebol italiano, mas mais do que isso ela se sentia feliz por ele estar indo realizar um sonho.

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