Gulf é um jovem simples e sonhador que vê sua vida tranquila e passiva sendo virada de cabeça pra baixo quando seu caminho se cruza com sua paixão secreta.
E o que ele achava ser impossível pode tomar um rumo diferente dando lugar a uma linda histó...
Hoje acordei antes mesmo do despertador, na verdade não dormi nada essa noite e tem mais de 30 minutos que estou deitado olhando pro teto tentando entender o porque daquele garoto me odiar tanto. Eu só queria ficar aqui o dia todo e não ir pra aula, mais não quero preocupar meus pais.
Ouço batidas na porta e minha mãe me chamando.
-Filho, se não levantar vai se atrasar.
Eu me forço a levantar e tomo um banho rápido. Me olho no espelho e minha cara está péssima.
-Droga Gulf você está horrível. Depois de resmungar pra mim mesmo eu finalmente saio do quarto. -Não vai tomar café filho. Pergunta minha mãe. -Estou sem fome mãe. Digo, saindo rápido para que ela não me veja com essa cara e se preocupe. Chego na Universidade parecendo um morto vivo. Me sento e já ouço as reclamações de Mild.
-Onde você se meteu ontem Kanawut? Você disse que só ia ao banheiro e voltava pra ir embora com a gente e simplesmente sumiu. Te esperamos por quase 15 minutos cara. -Desculpa, eu tive um problema. -Você só pode estar brincando. Devia pelo menos ter ligado né ou me atendido. Te liguei umas mil vezes. -Eu sei, sinto muito Mild. Lamenta ele. -Está tudo bem com você cara? Você parece péssimo. -Eu...
As palavras travam quando meus olhos encontram os do garoto que tem sido meu tormento nos últimos dias, entrando na sala. Aquele olhar é sempre tão frio que me arrepio toda vez que ele olha pra mim.
Tento disfarçar meu nervosismo para meu amigo. Isso mesmo, nem Mild sabe o que ele tem feito comigo. Por que eu não contei? Para não preocupa-lo. Conhecendo o Mild como conheço ele se meteria em problemas para me defender e eu não quero isso.
☀🌻
-Vamos beber hoje gente? -Por mim beleza. -E você Gulf? GULF? Terra chamando. -O que? Respondo uns segundos depois de ouvi-lo me chamar. -Qual o problema com você Gulf? Estou começando a me preocupar. -Não é nada. -Como nada. Você está estranho, quase não fala, está sempre no mundo da lua, triste e nem comendo direito você está. -Tem algo te preocupando Gulf? Pergunta Boat. -Não gente, eu estou bem. Só tenho dormido mal ultimamente. Só isso. -Você anda tão distraído que nem falou nada da cobrinha que voltou e não desgruda do seu querido Mew. -Fala baixo Mild. Está querendo que todo mundo ouça.
E quando eu achava que não podia ficar pior tem mais isso. Estive tão tenso ultimamente que nem percebi que ela voltou. Meu coração se aperta, olho para frente e ao longe consigo ver aquela garota grudada no braço dele. Sinto uma mistura de sentimentos nesse momento. Ciúmes, inveja, raiva, nojo e até um pouquinho de ódio.
Pleng Sullivan, é bonita, rica, popular e os garotos fariam de tudo pra namora-la mais ela não quer nenhum deles, porque já escolheu sua presa, Mew. Claro, tinha que ser ele.
Mew não parece dá muita bola mais ela é irritantemente insistente. Vive grudada nele pra todo canto, chegando até parecer um casal realmente apaixonado. Ela tinha viajado com a família e agora está de volta para a minha infelicidade.
☀🌻
-Ela é tão esnobe, arrogante e manipuladora será que ninguém vê isso. -Ela é a queridinha da Universidade. Só enxergam o dinheiro e a beleza dela, mais nada. Fala Mild. -Olha como ela se agarra nele. Que ódio. -Está com inveja Gulfinho? -Vou nem falar nada. -Gulf? -Diga. -É impressão minha o aquele garoto novo não tira os olhos de você? -Que garoto? Digo confuso. Olho pro lado e percebo o olhar de Bright em nossa direção e me viro rápido. -Droga. -Ele é muito estranho. -Só ignora.
☀🌻
Eu caminhava em direção a Biblioteca distraidamente quando esbarro em alguém, deixando todas as minhas coisas caírem no chão incluindo uma foto de Mew que guardo dentro de um caderno onde gosto de escrever alguns pensamentos, caderno que eu nunca deveria ter trazido para a escola.
Quando percebo tento pegar a foto o mais rápido possível mais a outra pessoa é mais rápida. Eu olho pra cima rapidamente para ver quem é, só pra encontrar os olhos dele "Bright", para minha infelicidade era ele.
-Droga. "Estou ferrado". Penso imediatamente. -Ora, ora, ora. É sério isso? Não acredito no que estou vendo. Ele ri debochado olhando para a foto. -Me devolve a foto Bright. Digo tentando tira-la da sua mão, mais ele se esquiva. -E se eu não devolver. Vai fazer o que? Vai chorar igual a uma menininha ou vai correr e contar pra mamãe. Haha. -Por favor Bright. -Quer dizer que você também tem uma paixonite por Mew Suppasit? Eu não acredito. Run! Mais claro eu não podia esperar outra coisa né. Achei que pelo menos você fosse inteligente, mais acho que me enganei. E esses coraçõezinhos, que fofo. -Me devolve Bright, por favor. -Você acha mesmo que alguém como o Mew olharia para um garoto como você? Se enxerga. Tão patético que chega a dar pena. Debocha ele. -Sinto meus olhos arderem e dessa vez não consigo segurar as lágrimas. -Você está chorando?
Abaixo a cabeça envergonhado, não acreditando que chorei na frente dele. Ele nunca vai me deixar esquecer isso, minha vida nessa Faculdade está acabada, agora mesmo que ele vai me infernizar pra valer. Sinto o aperto de sua mão sobre o meu braço chegando a doer e então ouço uma voz atrás de mim e seu aperto se afrouxar.
-O que está acontecendo aqui? Bright solta meu braço e responde calmamente como se nada estivesse acontecendo. -Nada professor, só estamos conversando. -Não é o que está parecendo Sr.Vachirawit. Está tudo bem Sr. Kanawut? Pergunta ele desconfiado. Enxugo minhas lágrimas rapidamente com as costas da mão antes de me virar para que ele não perceba. -Está sim professor. Respondo meio engasgado. -Tem certeza? -Ele já disse que sim professor. Ele o olha desconfiado, esperando minha resposta. -Só estávamos conversando professor, está tudo bem. -Certo. Vão pra casa, já é tarde.
Me abaixo rápido e junto minhas coisas, puxo a foto das mãos de Bright e saio correndo os deixando para trás.
Ouçam a música lendo o final.
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Meus olhos ardem e em vez de ir direto para casa corro até o banheiro da Universidade, eu precisava ficar sozinho e deixar essa tristeza sair e eu não posso fazer isso em casa, entro em um dos cubículos, tranco a porta, me sento no chão e as lágrimas caem, caem sem parar. Um choro silencioso porém doloroso.
Eu só queria sumir...
O que eu fiz para merecer isso? Era o que eu me perguntava.
Bright tem razão, eu sou patético... Alguém como Mew Suppasit nunca olharia pra mim.
