Capítulo 19

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Cenas do capítulo anterior...

- Te amo Samira; diz entre gemidos - Eu... Te amo!

- Beto... Beto! Aí Beto! Continua... Eu estou quase lá... Por favor...

- Pegue tudo que quiser; diz ele tentando dizer algo coerente enquanto se segurava para não gozar antes dela - Sou todo seu...

Em algum lugar remoto do Rio de Janeiro...

- Espero que esteja mais do que preparada para o que virá doutora Julie...

- E o que seria exatamente, Lady Halley?

- Finalmente nós iremos dar inicio a fase dois do nosso plano... Graças ao nosso viajante do tempo; diz contendo seu entusiasmo - Agora é apenas uma questão de dias para o planeta água ser nosso por completo...

Agora...

- Tem mesmo certeza disso? Seu plano me parece ousado demais; Julie parecia incrédula diante de tal afirmação - E se tudo der errado?

- Nada vai dar errado... Planejei tudo bem demais, no meu plano todas as margens de erro foram bem estudadas; olha bem nos olhos dela, que não os desvia por nenhum instante - E você pode ter certeza de que nada vai sair errado.

Em algum lugar do passado...

O tempo é misterioso, como a chama de uma fogueira a arder e ser espalhada pelo vento, e peculiar, levando em conta todos os seus desmandos e talvez, até mesmo desatinos. Samirinha estava no passado, que agora era o seu presente atual e se lembrava de tudo, lembrou assim que viu seu pai na plateia do circo onde morava atualmente, e sua febre passou diante dos olhos incrédulos de Noé.

- Moça você tava ardendo em febre, eu até me queimei te tocando; mede a sua temperatura da jovem, coocando a mão em sua testa, que agora estava em temperatura normal - E agora... Parece que sua febre desapareceu, como que por mágica... E olha que ei conheço um bom mágico, mas nem ele conseguiria um feito desses... Você se lembra do seu nome agora? De onde veio? De que família é?

- Sim, Noé; diz tentando não se delatar muito, algo dito a mais do que deveria, poderia auterar o futuro de uma maneira indesejada - Meu nome é Sam... Samantha, e vim de tão longe... Que não posso voltar antes de encontrar uma pessoa muito importante para mim...

- E quem seria essa pessoa? Onde ela está?

- Sei que as suas intenções são boas e sinceras Noé, quando você diz que quer me ajudar... Mas não posso te dizer quem estou procurando... Ou para onde vou; ajeita suas roupas - Agora preciso partir, antes que seja tarde demais...

- Partir pra onde? E por que? Tarde demais para quê, afinal?

Clínica do Guarujá...

- Estranho Beatriz; diz enquanto as duas examinam um jovem que apareceu ontem a noite completamente despido e ardendo em febre, e que claramente era um mutante - Não me recordo de ter criado um mutante vom genes tão especiais assim, esse rapaz... É um mutante... Mas eu não o criei...

- Do que está falando Júlia? O rapaz não é uma de suas criações?

Nisso o rapaz abre os olhos e se solta facilmente das correntes que o prendiam, como se elas fossem feitas de papel. Julia pensou em pegar a sua arma de dardos tranquilizantes assim que ele estava em pé diante de si, mas algo nos olhos dele a fez mudar de ideia. Então do nada o jovem misterioso prostou - se diante de Julia como um servo fiel.

- Doutora Julia; diz de modo automático - Devo seguir as suas ordes a risca... Diga - me o que fazer e farei de bom grado... Desde que me ajude a chegar a ilha do Arraial...

- O que exatamente significa isso Júlia? Esse rapaz me parece muito perigoso, tenha muito cuidado com ele; Beatriz estava visivelmente assustada e chocada demais para entender o que estava acontecendo - Júlia?

- Acho que ela não pode nem tão pouvo deva ouvir nossa conversa a partir de agora - Se levanta do chão, estala seus dedos e Beatriz cai desmaiada no chão; sou um soldado fiel a causa repitiliana; Júlia fica surpresa ao se dar conta de que o jovem mutante desconhecido sabia da existência de seu povo - Sim, eu sei de tudo, meu nome é Sentinela, e vim do futuro a mando de Lady Halley para impedir outra viajante do tempo... Ela pretende destruir a ordem de acontecimentos que culminará em nossa vitória sobre os humanos... E a conquista definitiva do planeta água...

- Você disse Lady Halley? - Júlia parecia mais chocada agora; Quem é você? você? Digo, qual seu verdadeiro nome rapaz? E desde quando você conhece a minha irmã mais nova?

Presente...

A liga do bem se preparava para futuros ataques dos repitilianos e seus aliados mutantes, que os ajudavam, muitos de livre espontânea vontade e outros controlados pelos famosos microchips da obediência criações da doutora Júlia Zacarias, agora conhecida como Julie de Trevi. A liga do bem, agora com a ajuda de Samira, reforçou as suas defesas, de todas as maneiras possíveis, ela tentava se redimir de todo o mal que os causou no passado. Mas certos erros sempre davam um jeito de se repetir e de maneira bem pior, para Samira sua recaída com o Beto foi bem mais que um erro. Ele estava adormecido ao seu lado, coberto da cintura para baixo apenas com um fino lençol branco, ela poderia dizer que não sentia nada pelo belo homem quase nu ao seu lado, mas seria mentira, ela ainda o desejava, apesar de tudo, e dessa vez Samira apenas sentiu prazer, não houve dor.

- Você está tão quieta; diz ainda de olhos fechados enquanto se espreguiçava.

- Estou apenas pensando, Beto - Ela olha para o nada, além dele, como se não o enxergasse bem diante de si; Acho que o que fizemos foi um erro... Você é um homem casado, Beto e mesmo que sua esposa, a tal Aline tenha sido abduzida pelos repitilianos; Beto abre os olhos rapidamente e se levanta de um salto e fica diante dela a olhando nos olhos, fazendo - a o encarar - Ainda é a sua esposa...

- Eu sei disso Samira, mas não acho que o que fizemos foi um erro; acaricia o rosto de Samira, que mal conseguia conter seus sentimentos ao fechar os olhos de leve para sentir melhor o seu toque - Samira eu te amo desde o dia em que a conheci... Mesmo quando acreditava que você era a Maria... Algo dentro de mim, sempre soube que você era alguém diferente da Maria... Uma mulher única e especial... A mãe da minha filha e acima de tudo, a minha mulher... Samira eu te amo...

- Eu te proibo de me amar Beto Montenegro; diz se afastando dele, e virando de costas - Você não tem esse direito, Beto...

- Por que? - Diz tocando de leve em seus ombros e viirando o rosto dela de encontro ao seu; quando sei que você também me ama?

Em algum lugar remoto do Rio de Janeiro...

Sozinhos... Nascemos sozinhos... E por fim, morremos sozinhos, para ir para onde ninguém jamais foi, ou sabe como é... Embora não seja por falta de buscas por essa resposta. A resposta a uma pergunta elementar, "para onde vamos depois que morremos, afinal? Fredo se debatia freneticamente dentro de um vidro de seu tamanho, cheio de nutrientes que o mantinham vivo através de sondas ligadas em suas veias, ele estava acordando, mas não sabia o porquê daquilo e o que estava lhe acontecendo. O vidro se quebrou, ele enfim abriu seus olhos, que estavam vermelhos igual sangue, completamente nu, como veio ao mundo e muito desorientado também, mal sabia onde estava ou o porquê de estar ali naquele lugar frio, amedrontador e escuro

- Bem - vindo ao mundo dos vivos Fredo Cavalcanti - Diz uma voz de mulher distante e ao mesmo tempo próxima; Ou devo dizer, arma XY?

Os mutantes - Uma nova chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora