Os mutantes - Uma nova chance

Capítulo 25

No capítulo anterior...

- Quem é você? - Usa seu poder de fogo para iluminar o local, mas não consegue ver a pessoa que lhe falou; vamos resmponda! Quem diabos é você? E o que quer comigo?

- Você deveria saber quem eu sou; estala os dedos e a cela inteira se ilumina - Priminha...

- João Miguel? - Era o filho mais velho de seus tios Maria e Marcelo Montenegro; é mesmo você?

Agora...

- Meu nome é Sentinela cara Sammy; diz de modo debochado - E o que veio procurar com certeza você não encontrará mais aqui...

- O que você fez com a minha mãe? - Fica em posição de ataque; vamos, diga!

- Quem sabe? Talvez ela esteja morta... Eu não sei priminha...

Presente...

Vila Caiçara...

Não saber o que o futuro reserva era um conflito típico dos seres humanos, o que virá pode ser tão incerto quanto o próprio amanhecer, mas Samira não poderia ficar parada, esperando o que poderia ou não lhe acontecer. Ela se levantou da cama, ainda um pouco exausta da luta que tivera com a repitiliana guerreira que se altodenominava Lady Halley, quando ouviu uma voz grave atrás de si.

- Você não deveria ter levantado da cama Samira Mayer, você ainda está fraca demais para fazer o que quer que seja; diz de uma maneira quase protetora - Eu conheço bem Lady Halley, ela vai usar as pessoas que você mais ama para te atrair para alguma espécie de armadilha... E pode acreditar quando te digo que ela não vai medir esforços para te recapturar Samira.

- E por que você se importa? - Pergunta desconfiada; você nem me conhece; estreita seus olhos e seus caninos começam a crescer, algo que sempre acontece quando ela se sente ameaçada - Como pode se importar tanto comigo?

- As respostas para as suas perguntas são muito longas; suspira e se senta novamente na poltrona gasta onde estivera sentado horas antes - E para te responder todas elas, eu preciso te contar uma história muito longa e antiga...

- Acho que temos tempo para uma história longa - Seus caninos voltam ao tamanho normal.

- Nem sei por onde começar... Faz tanto tempo...

- Comece como todo mundo - Se senta na beirada da cama; comece pelo começo da história...

Ilha do Arraial...

- Desista Chris! - Brama Maria usando todo o seu poder para ataca - lo; eu sou muito mais forte do que você, sua criatura ridícula; ela estava sendo bem mais cruel do que sua irmã gêmea um dia fora - E vou matar você assim como fiz com a sua namoradinha...

- Como pôde mudar tanto? - Pergunta sem acreditar que a mulher a sua frente cheia de soberba e prepotência fosse de fato Maria Luz, uma das criadoras da liga do bem; por que passou para o lado do mal?

- Que cara chato; Marcelo aparece atirando um dardo de Zacarita em Chris que instantaneamente fica sem poderes e inconsciente ao receber um choque de Maria - A propósito, de nada.

- Eu tinha tudo sobre controle; diz se aproximando dele o encarando de cima a baixo - Eu não precisava da sua ajuda nessa batalha e você sabe muito bem disso, Marcelo.

- Bou fingir que acredito; a agarra pela cintura e sussurra em seu ouvido, algo que a deixa completamente arrepiada - Quer mesmo comemorar a nossa vitória sobre a patética e fraca liga do bem, bringando? Ou prefere fazer algo muito mais divertido?

- Idiota! - Joga ele no chão, depois de rasgar a camisa dele como se fosse um pedaço de papel; ridículo...

Começa a beija - lo com fúria e desejo, eles não se lembravam de quem eram, mas seus sentimentos continuavam ali, mais vivos do que nunca. Os dois rolavam no chão enquanto arrancavam suas roupas para um contato mais pele com pele...

- Você pode ser um idiota; diz Maria ofegante - Mas é um idiota gostoso...

- Você também não é de se jogar fora Maria; diz quase ofegante até que vê o rosto dela na trapezista de seus sonhos - É você... Só pode ser você..

- Eu o quê?

- Você é a trapezista dos meus sonhos... Você, Maria...

Em algum lugar do passado...

O Julgamento de Maria Mayer finalmente aconteceu, e para a infelicidade de muitos, ela foi inocentada de todos os seus crimes e agora era a única herdeira do doutor Sócrates Mayer, seu pai biológico. No momento em que ia saindo do tribunal, estava acontecendo um ataque mutante, lobisomens atacando o lugar. Ela lutou bravamente contra todos eles, até que viu o Marcelo em um carro e tentou ir atrás dele, mas sem sucesso.

- Eu vi o Marcelo; diz para Carvalho, seu amigo e advogado, ainda no meio da rua - Era o Marcelo, ele tá vivo, Carvalho, e eu o vi aqui...

- Maria, o Marcelo morreu; diz Carvalho tentando confortar a Maria, que não acreditava que o Marcelo estivesse realmente vivo - Ele foi devorado por um dinossauro, você mesma viu...

- Eu sei Carvalho, mas ele pode ter sobrevivido...

Em uma das clínicas da Progenese...

- Eu não me lembro de nada doutora Gabriela; diz para a médica que o ajudaria a recuperar a memória - Não me lembro sequer do meu nome...

- Fique tranquilo; segura no ombro dele para reconforta - lo - Você vai acabar se lembrando de tudo...

Marcelo estava sem memória porque Júlia Zaccarias o salvou do Velô, como ela chamava carinhosamente seu dinossauro, e implantou um de seus famosos microchips da obediência o fazendo esquecer quem era. Lhe deu o nome de Gabriel, e lhe fez acreditar que os dois eram amantes, uma mentira que não deu muito certo, porque mesmo sem memória ele sentia que amava uma mulher que não era a Júlia. E essa mulher era a Maria Mayer, uma mulher sempre presente em flashs de suas memórias, mas que ele não conseguia ver o rosto. Mas assim como não se lembrava de seu nome, Marcelo também não se recordava do tempo em que esteve na ilha com o nome de Gabriel.

- Eu espero que sim; diz timidamente para ela - Não há nada pior do que não se lembrar de quem a gente é.

- Talvez o Valente, outro desmemoriado que apareceu aqui recentemente, quase ao mesmo tempo que você, possa te ajudar...

- Será que isso é mesmo possível, doutora Gabriela?

- Bem... Não nos custa nada tentar... Não é mesmo?

- Você tem razão... Talvez ainda haja uma esperança, por mais pequena que ela seja, doutora Gabriela.

Presente...

- Você não deveria ter permitido que o tal Valente viajasse no tempo mais uma vez; diz Sócrates bastante contrariado - Com ele indo ao passado novamente,  nosso fracasso se repetirá...

- Não se preocupe, tudo isso faz parte do meu plano...

- E que plano seria esse, Lady Halley?