Capítulo 28

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Entre lutas, sonhos e feras

Construi as muralhas de meu castelo...

Que além de belo

Suportou mais de mil guerras

E resistiu por décadas que lentamente se tornaram eras...

Então por amor eu renasci...

Onde me perdi...

Inevitavelmente te encontrei...

Onde te esperei...

Agora pude sentir...

A dimensão 

E imensidão 

Do amor 

Que brotou em meu coração

Me fazendo esquecer da dor...

Da dor de te pouco a pouco te perder...

E da dor de lentamente morrer...

Sem ti... Meu doce e eterno amor...

No capítulo anterior...

- Não confio em sua irmã, Julie; fala desconfiado - Ela esconde demais seus planos... E isso me assusta, considerando que no passado, ela nos traiu...

- Apesar dela ser a minha irmã, também partilho deste seu medo; diz lhe confidenciando que também não confiava nada em Lady Halley, mesmo sendo irmã mais velha da mesma - Mas o que você acha que devemos fazer para evitar uma futura traição da parte de minha irmã?

- Devemos vigia - lá...

Agora...

- Concordo; diz com um sorriso quase sinistro em seus lábios - Precisamos vigiar de perto minha irmã, considerando suas atitudes passadas, afinal a nossa sobrevivência pode muito bem estar em risco mais uma vez...

- Por isso mesmo não podemos confiar em Lady Halley e cabe a você, Julie, vigia - lá...

- Pode deixar, que farei como preferir... Farei como o senhor achar melhor... Sempre visando o bem maior de nosso povo... De nossa espécie superior... Da nossa super raça...

Ilha do Arraial...

Transitar entre os planos físicos e esporitual, é uma experiência unica de quase morte, capaz de expandir nossos horizontes para nos fazer cre e pensar no que antes sequer se imaginava. Cris andava pelas estradas nebulosas de sua mente, ele já morreu tantas vezes, que daquela vez acreditava piamente que seria seu fim, quando viu um rio sem fim e no meio dele estava aquela que tanto lhe amou, que fora mais que sua mãe, que tudo lhe ensinou com e por amor, sua amada Marli. Ela estava mais linda do que todas as princesas dos contos de fadas que ela lhe contara em vida, ele havia envelhecido tanto, já não era um menino há muito tempo, mas uma coisa nele continuava intocável, sua essência de humano e mutante, o que fazia dele ser o que era... Um ser único e extraordinário.

- Marli... Minha doce Marli; tenta ir até Marli, mas ela o impede com um gesto de cabeça - Agora finalmente poderemos ficar juntos para sempre, igual sempre esperei Marli, meu amor...

- Ainda não meu menino... Ainda não chegou a sua hora de partir para este mundo sem volta; sua voz estava mais suave do que ele se lembrava - Você ainda tem mais uma missão antes de finalmente ficarmos juntos...

- E o que seria meu amor? Por favor me diga, meu amor... 

- Sua missão neste mundo consiste em acordar neste exato momento Chris... Então por favor Acorde meu menino... Acorde... Acorde... Acorde... Volte... Volte para os seus... Volte...

Chris acordou sentindo as lágrimas de Clara em seu rosto, ela estava viva, mas como? A Maria tinha a matado, como ela poderia estar viva? Então sentiu um brilho especial que provinha do coração dela e entendeu o porquê dela ainda estar viva, o amor a salvou mais uma vez. O amor, na verdade, os salvou, a ele e a ela.

- Volte pra mim Chris, pelo amor de Deus, que tudo criou com amor, volta querido; alisava os cabelos dele, sua cabeça estava deitada no colo dela - Por favor meu amor, apenas volte para mim... Você é tudo que me sobrou... Eu não tenho mais nada, além de você Chris... Volte... Volte... Volte para mim, por favor Chris...

- Clarinha; fecha os olhos e os abre mais uma vez tocando no rosto delas com as pontas dos dedos - Você não é uma ilusão? Ou é?

- Não meu amor; beija seus lábios, entre lágrimas e sorrisos nervosos - Eu não sou uma ilusão... Eu estou mesmo aqui meu querido...

- Eu morri mil mortes de formas diferentes, porém igualmente dolorosas, perdi amores que julgava eternos e de certa forma foram, e ainda são, dentro do meu coração... Mas te perder seria mil vezes pior do que todas as mortes que tive e as que ainda poderei ter...

Em algum lugar do passado...

- Eu vou acabar com você seu macho patético; diz Samira fazendo com que espinhos saíssem de seus dedos - E assim você vai conhecer a verdadeira força de Samira...

- Eu não tenho medo de você; se prepara para se defender - Eu não tenho medo de nada e nem de ninguém...

- Mas deveria ter de mim, Beto Montenegro...

E foi nesse exato momento, que eles perceberam que não estavam mais sozinhos, uma jovem de cabelos negros, de aproximadamente dezessete anos os observava, e ela parecia muito mal. Beto a reconheceu de imediato e se aproximou dela antes que ela desmaiasse no chão. Ele a pegou no colo e a colocou na única cama do quarto.

- Que tipo de truque é este Beto Montenegro? - Se aproxima dele com cautela; quem é essa daí?

- Uma amiga; diz muito preocupado - Uma amiga muito especial que eu não posso e... Não vou deixar que morra...

- Pai; diz a garota delirando de febre - Papai... Por favor eu quero a mamãe...

- Eu não sei o porquê; começa Samira se aproximando dos dois - Mas também não quero que essa jovem morra... Mas ela vai morrer se ninguém a tirar daqui, a Julie é má, e com certeza vai querer implanta um microchip da obediência nessa gatota, igual fez comigo e planeja fazer com você.

- Por que está me dizendo tudo isso, se até uns segundos atrás você queria me matar?

- Eu não sei Beto; o rosto dela se contorcia como se ela estivesse sentindo muita dor em sua cabeça - E mais não me pergunte, por que não posso te dizer... Vamos apenas salvar a vida dessa garota...

- Samantha... Sam... Por favor não desista; a garota estava desmaiada - Acorde, resista, eu sei que você pode...

Presente...

Em algum lugar remoto do Rio de Janeiro...

- Onde estou? - Perguntava Fredo acordando sem perceber que a ruiva ao seu lado, era na verdade uma soldado repitiliana; como vim parar aqui? Marta... Os mutantes... Os repitilianos... Eles...

- Infelizmente os repitilianos com a ajuda da fajuta liga do bem venceram a guerra; fala com falsa lágrimas nos olhos - Eu salvei a sua vida, mas infelizmente não pude fazee o mesmo pela sua colega... Eu também perdi muito para os repitilianos...

- Não pode ser... Eu não aceito isso; dá um soco na parede que a derruba - Como eu fiz isso? Eu não sou um mutante... Ou sou?

- Calma, eu não sei o que eles fizeram com você; diz com falsa inocência - Tudo que fiz foi te encontrar na beira da praia e salvar a sua vida do temível Cristiano, eu fiz o que pude, mas... Sou apenas humana e não pude fazer muito por você, lamento muito...

- Não se culpe; fala com uma fúria incontida em sua voz que agora estava quase distorcida - A culpa é da liga do "bem" e pode apostar que eles vão pagar por isso e muito mais, ou meu nome não é Fredo Cavalcanti...

Os mutantes - Uma nova chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora