único.

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reg: eu tô uma merda. vontade de explodir.

jamie: deixa eu adivinhar

jamie:discutiu com o
fabian de novo?

reg: sim.

reg: me leve pra sair, por favor.

      E era claro que James o levaria para sair. Ele sempre fazia, não tinha o porquê recusar desta vez. Poderia levar em consideração sua mente inquieta, talvez o aperto no coração ao ver seu amigo sofrendo por um cara que definitivamente não merecia e talvez o cansaço de ter que repetir o mesmo discurso.

       A linha entre apreciar ele como amigo e ter uma paixão platônica em relação a Regulus estava cada vez mais tênue. Mas Potter preferia ignorar, mesmo que fosse raro de sua parte deixar para lá algo que o perturbava.

          Se Regulus precisasse de algo que o animasse, James estaria lá em vinte e cinco minutos a sua disposição. Seu carro do ano — mas com a lataria suja — estacionou em frente o prédio de dormitórios, as luzes amareladas dos postes iluminado a rua e a lua minguante estava pendurada no céu.

         Black estava encostado na parade de tijolos vermelhos e logo vinha em direção ao Porsche, a jaqueta jogada por trás do ombro esquerdo e o cigarro entre os lábios. Seu cabelo escuro, agora um pouco mais longos que o usual, mexiam de um jeito incrível enquanto ele caminhava.

         Incrível era uma boa palavra para defini-lo, James tinha certeza.

           Jogou o cigarro no chão e pisou antes de entrar no carro e bater a porta, deixando um grande suspiro escapar de si em seguida. Sua mente estava nublada assim como seus olhos pretos e alguma coisa nele está fora do lugar. Talvez o seu coração amassado ou o fio de cabelo que cai sobre sua testa. Nunca saberiam.

    — Oi. — James murmura, sorrindo com as mãos ao redor do volante.

    — Oi — Regulus tenta sorrir, mas ainda há as rugas de estresse no canto se seus olhos. — Obrigado por vir.

    — Sempre a disposição, cara.

     James disse antes de ligar o rádio, girando o volante para pegar a rua novamente. Não fazia a ideia de onde o levar e podia sentir suas mãos começarem a suar, mesmo que fosse uma reação ridícula. Ele era...ele, sabe? Se a situação ficasse estranha ou qualquer coisa do tipo, era óbvio que saberia fugir disso.

        Pegou o caminho para uma lanchonete vinte e quatro horas mesmo que o fato de ela ficar aberta o dia todo não era relevante, eram apenas oito e meia da noite. Mas Regulus não era fã de lanchonetes. E nem de carrinhos de comida ou coisas do tipo.

           James não sabia o que fazer. Nem sabia se o outro estava com fome ou se sua cabeça realmente estava focada naquela momento. Diferente das outras brigas onde ele começava a desabafar antes que entrasse no carro, desta vez só falou apenas aquelas palavras e foi isso. Nada sobre o moletom surrado de Potter ou a lataria suja do carro ou os ridículos dados verdes pendurados no retrovisor.

              Sentia o clima tenso — no final, somente Regulus estava tenso, mas ele conseguia emanar isso para tudo e todos — e realmente não estava gostando.

           — Bote uma música que você goste — James sugeriu quando o sinal fechou, olhando para o amigo e indicando o rádio com a cabeça. — Aposto que vou saber cada letra.

let's fall in love for the night, jegulusOnde histórias criam vida. Descubra agora