Capítulo 27

464 52 9
                                        

Portland, Oregon

Noah Urrea narrando

Era quase 18h quando coloquei meu ultimo casaco na mala, estava me preparando para voltar para Orange em algumas horas, as gravações se encerraram hoje e só voltaríamos no ano seguinte. Já a caminho do aeroporto, rodava o celular entre os meus dedos e pensava, não tive nenhuma noticia de Any nos últimos dias, sentia receio da nossa próxima conversa...achava que com ela, o nosso término viesse, por isso a evitava

Orange country, Califórnia

Era quase 10h da manhã de sábado quando aterrissei, peguei um uber e fui em direção a minha casa. Quando abro a porta da frente noto um silêncio total, largo minha mala ao lado do porta-casacos da entrada e vou em direção a cozinha onde normalmente minha mãe está. Antes mesmo de passar pela escada que leva ao segundo andar, sou arremessado no chão

Linsey: VOCÊ VOLTOU – grita me apertando enquanto está em cima de mim

Noah: oi pra você também irmã – rio com dificuldade pelo seu peso em meu tórax

Linsey: nem um: "também estava com saudade" – diz se levantando e estendendo a mão para me ajudar

Noah: também estava com saudade – digo já em pé – o que ta fazendo aqui? (a Linsey não mora mais com os pais)

Linsey: ue, estava com saudades...queria te ver – diz como se fosse obvio

Noah: ata Linsey – digo fingindo acreditar e vou em direção a minha mala para leva-la para o quarto

Linsey: e as novidades? – diz me seguindo até o meu quarto

Noah: ah, nada de novo – tento mentir

Linsey: sério? nem um término de namoro? – olha para mim

Noah: a olho e respiro fundo me jogando na cama – o que você sabe?

Linsey: não muito, Josh não entrou em detalhes – diz sentando de frente para mim

Noah: aaargh, por que ele tinha que te falar?! – pergunto hipotético

Linsey: por que ele é amigo de vocês e se preocupa

Noah: por favor, não fala para dona Wendy – digo sério

Linsey: se me convencer na justificativa desse tempo eu penso no seu caso Jacob – diz fazendo graça

Noah: eu só fiz o que achei melhor no momento

Linsey: melhor para você ou para ela?

Noah: para os dois – olho para as minhas mãos – talvez esteja até me arrependendo disso

Linsey: e por que não fala com ela?

Noah: não sei

Linsey: ta com medo – olho para ela com a cabeça torta – eu te conheço – diz sorrindo – mas estou surpresa, você nunca foi desse tipo

Noah: talvez agora seja, ela tem todos os motivos para querer terminar agora – diz abalado – fui horrível com ela

Linsey: é por isso que não se falaram ainda? está com medo de terminar? – assinto com a cabeça – bom, quanto mais esperar...pior será

Noah: não é tão simples ok

Linsey: não é porque você não quer, liga e pede desculpa – me olha sério – admitir o erro é o primeiro passo para algo certo. Escondeu tanto tempo esse sentimento por ela, e agora que pode tê-la age assim – nega com a cabeça

Noah: a lembrança de quando admiti sentir algo por Any veio em minha cabeça, ela estava com Josh na época – você ta certa, vou pensar em uma forma de me desculpar

Linsey: sorri – isso mesmo – me abraça

Ouvimos barulhos no corredor e logo a porta é aberta

Wendy: Linsey, o que você es... – para de falar quando me nota no quarto – MEU MENINO – levanto para abraça-la

Noah: oi mamãe – digo sorrindo de leve

Wendy: que bom que já chegou, fui a loja comprar sua torta favorita – sorrio com a ideia de comer torta de cookie com doce de leite, é minha favorita desde pequeno

Noah: não precisava mãe

Wendy: claro que precisava – diz passando a mão em meu cabelo – e Any como está? vi um bolo de morango e lembrei da mesma na hora, não vejo a hora dela vim para fazer um para ela – diz animada, olho para Linsey com um olhar de socorro

Noah: ah, ela está bem...é um dos seus últimos dias em Dubai, logo vai para o Brasil – digo tentando soar calmo

Wendy: sério? – pergunta tristonha – devia traze-la para passar um tempo aqui, aposto que ela ia adorar

Noah: é...quem sabe – digo passando a mão pelo cabelo e olhando para Linsey

Linsey: ah mãe – diz chamando a atenção dela – você trouxe cenourinhas?

Wendy: sim, por que? – pergunta confusa

Linsey: oras, porque quero comer - diz como se fosse obvio 

Wendy: você nunca gostou de cenourinhas 

Linsey: acredita que eu aprendi a gostar, vem pegar algumas comigo– a direciona de volta ao primeiro andar enquanto respiro aliviado e rio, Linsey detesta cenouras 

-----------------------------------------------------

Desculpa a demora, eu acabei me atrapalhando durante a semana e não consegui escrever.

Se alguém tiver alguma fic de noany para me indicar serei grata, de preferência com bastante capítulos rsrsrs

Não esqueça de votar e deixar sua opinião 

DistantOnde histórias criam vida. Descubra agora