Primeira sessão

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<Visão S/n>

Na manha seguinte lá estava eu na biblioteca e por incrível que pareça pela primeira vez na vida o Harry não se atrasou para algo.
- Bom dia!
- Olá, Potter. Então qual é a matéria que tens mais dificuldades?
- Bem... quase tudo - respondeu ele meio tímido
- Porque não me admira receber uma resposta assim - revirei os olhos e ele corou

-Poções é a minha pior disciplina.

- Percebe-se pela quantidade de falhas nas respostas. Pelo menos eu vim preparada.

-Ainda bem que te tenho aqui.

Vejo um sorriso no rosto do Potter e não posso mentir, ele fica extremamente fofo quando sorri assim.

-Primeiro iniciamos o estudo sobre a identificação de ingredientes e de seguida treinaremos as receitas. Começando pelas poções mais simples até às mais complexas.

A sessao estava a correr estremamente bem, o Potter estava totalmente concentrado e até que se safou bem.

<Visao Harry Potter>

Era muito mais fácil, aprender com assim, el(*) explicava tao bem e parecia tao confiante. Não falamos quase nada sem ser de Poções, acho que podia tentar perguntar algo.

- Como ficaste assim em Poções?

- Não é que te diga respeito, mas sempre foi algo que me despertou curiosidade. Podemos criar amor, gloria, sabedoria, sorte e até poder. Sempre me dediquei ao seu estudo.

-Isso é fantástico, para mim tudo foi novo. Para dizer a verdade nem sabia que era bruxo. Deve ser bom ter pais que nos ensinam como agir.

- Suponho que sim, apesar da pouca liberdade.

- Supões? Como assim?

- Digamos que nem tudo é o que parece. Continuando o estudo, vamos agora treinar uma poção simples.

<Visao S/n>

O Harry deve ser dos únicos que nunca ouviu nenhuma teoria absurda do meu passado e é melhor assim. As pessoas que achem o que quiserem só eu sei a verdade...

- Bom trabalho, Potter. Agora é so adicionar baba de lesma.

- Espera esse frasco não.

Num movimento rápido segurei-lhe a mão para evitar uma explosão

- Por Merlim, és lerdo ou quê. Isso é monco de caracol não baba de lesma.

- Desculpa. N-Não era essa intenção. Apenas me confundi.

Olhei para ele e vi-o extremamente vermelho, parecia nervoso e quando dou por mim a minha mão ainda o segurava. Tirei-a rapidamente e olhei-o nos olhos.

- Tudo bem, Potter? Não me digas que nunca te tinham dado a mão - disse num tom sarcástico.

- Năo é isso, é que eu... bem... aah

Sem conseguir conter mais soltei uma risada.

- Por Merlim. És cá uma peça. Não precisas ficar tão nervoso.

De repente a expressão dele mudou, passou de tímida para provocante e eu senti que ele estava a tramar algo.
- E a ti já te tocaram assim?

De repente ele puxa-me para ele pela cintura deixando os nossos rostos a centímetros de distancia e começou me a fazer cócegas.

Corei e disse entre risos:

- Ei, solta-me idiota.

- Afinal não és só tu que sabe provocar

Ele largou-me e com um tom de risada afastamo-nos. 

- Não briques com o fogo, Potter. Podes te queimar.

Continuamos a trabalhar profissionalmente, mas devo admitir que estar com ele não é assim tão mau como pensei.

Depois do proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora