Juntos

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     Os olhos se encontraram e por eles, se passaram todos os tipos de sentimentos como em um papel desenhado mas um foi mais forte, saudade.

    Kankuro andou lentamente até Kiba sem que a ligação de seus olhos fosse quebrada, as palavras ditas por Kankuro na última vez que se encontram estavam bem vividas na mente de ambos. Ele levou a mão ao capuz para pega-lo mas Kiba não o soltou.

— Obrigada por tê-lo achado — Kankuro agradeceu e sentiu as garras soltarem o tecido.

— O que está fazendo em Konoha? — Kiba poderia mostra sua selvageria para todos mas com Kankuro era diferente, ambos sabiam disso, sabiam que isso nunca mudaria.

— Viemos escoltar os ninjas médicos até Suna.

— Então partirão pela manhã? — Kiba ouvia as batidas desenfreadas do coração de Kankuro e ele mal sabia que o seu coração batia no mesmo ritmo.

— Sim.

    Os dois agiam e olhavam-se como se aquela fosse a primeira vez em que se viam, como se estivessem novamente no Exame Jounin, enquanto Kankuro assistia a luta de Kiba contra Naruto.

    Dentro de seus corpos o desejo de se abraçarem, se beijarem e matar aquela saudade que ardia como fogo os faziam se lembrar de quem eram, mas por fora nem uma palavra era dita, não sabiam como reagir.

— Soube que você está noivo — Kankuro sorriu tentando transparecer uma felicidade que não existia — Eu quero que você seja muito feliz — um lágrima solitária escorreu de seus olhos.

    Como doía dizer aquelas palavras, mas ver o seu amor de frente para si o fazia lembrar do porquê sempre ficava sem palavras quando ele estava perto. 

— Obrigado.

    Kiba poderia ter dito a verdade mas não o fez, queria saber se Kankuro teria alguma reação. Cruel? 

    Sim!

    Ele gostava disso.

— Você está… Feliz com… Ela? — Kankuro reuniu muita coragem para fazer essa pergunta e Kiba ouviu seu coração dar um pulo.

— Não! — Kiba poderia brincar um pouco mais com a mente de Kankuro?. Poderia, mas a vontade de tomar os lábios avermelhados para si era muito maior — Você sabe que só serei feliz com você. 

— Por que? — Kankuro deu um paço a frente desafiando o menor.

— Porque não é ela que eu amo — Kiba disse com convicção.

— É proibido — a voz de Kankuro saiu grave pela proximidade dos corpos.

— Não! Não é! — a certeza em sua voz não podia ser contestada.

    Kankuro reuniu toda a coragem que tinha lhe restado para assumir seus sentimentos.

— Kiba, eu... 

 — Kankuro! — o homem-lobo o interrompeu, ele precisava dizer antes que sua força desaparecesse — Eu não vou pedir para você ficar e lutar comigo. Fique se quiser. Fique se me amar. Fique se o meu amor for o suficiente — Kiba soltou o ar que nem ao menos percebeu ter prendido.

    Quando Kiba terminou de dizer cada palavra um peso saiu de seus ombros, não importava o que acontecesse pois, ele tinha a certeza de que foi sincero com seus sentimentos.

— Eu odeio quando você me interrompe — Kankuro deixou seu capuz cair e levou suas duas mãos para o rosto de Kiba, como estava com saudades de tocar aquela pele e ter aqueles olhos castanhos brilhantes focados em si — Eu estava dizendo que também te amo e que você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

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