capitulo 8 //

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Leiam a nota final, por favor.

Boa leitura.

Vês a saída como uma ameaça. Tu queres ir, tu queres ficar. O teu cérebro só fabrica uma estratégia ilusória por sentires medo. O teu stress físico e emocional aumenta a cada toque dele na tua pele, tu queres que ele pare, tu queres que ele continue. Tu tens consciência do que está a acontecer, tu não tens consciência do que está a acontecer. Resumo: Uma parte do teu cerbro está sóbria e consciente enquanto que a outra está perdida pela mistura de várias emoções e sentimentos com medo. A tua vida está afetada com um trauma, esse trauma está misturado com afeto pelo quem tu sabes e está a destruir-te por dentro. Já não sabes o que fazer. Morrer? Não. Não tens ar de alguém que queira desistir da vida. Amor? A palavra-chave. Cala-te. Tu estás afetada traumatisada e ilusórica. Não sabes o que dizes, pensas, sentes, a não ser medo. Medo é tudo o que o teu ser interior sabe e sente neste momento. Não. Há mais qualquer coisa. Tu sentes que sim. Tu estás apaixonada e ferida psicológicamente pelo quem tu sabes. Não. Estás apenas inconsciênte de que estás a passar por uma estrada sem saída traumatisante ilusórica e afetada. Não. Estou apaixonada. Não. Estás perturbada, ferida e pessuída pelo medo. Não. Estou apaixonada. Não. Tudo o que é ser em ti está com medo, trauma e carencia. Não. Estou apaixona... Não. Queres acreditar que sim, mas a realidade mete-te demasiado medo para conseguires infrenta-la. Não. Estou apaixon... Não. Estás chocada, nunca tinhas passado por algo assim, sentes grande afeto por ele apenas por medo. Não. Estou apaixo... Não. Estás com Síndrome de Estocolmo.

Os meus olhos abriram brusca e rapidamente.

O Sol já não brilhava. As nuvens estavam agora escuras e tudo o que eu vi era o escuro daquela casa de banho húmida.

Levantei-me apressadamente, assustada.

Se antes estivera confusa então agora estou mais.

Sinto-me tonta.

Tombei até á saída e procurei Harry.

Manchas percorriam os meus olhos. Via tudo desfocado.

Apoiava-me ás paredes para não cair.

Via o dia em que conheci o Harry a passar-me á frente nos olhos.

Suava.

As nausias invadiam-me.

Ouvia alguém a chamar-me, mas ao mesmo tempo não ouvia nada a não ser o meu coração e a minha respiração.

Senti o seu toque na minha pele.

Ele está aqui.

Ele está a chamar por mim.

Sinto um nó muito apertado no meu estomago.

'' Devon. '' - ouvia num som desfocado.

'' Devon. '' - ouvi de novo, mas agora num som nitido e olhei para cima podendo observar Harry com um olhar preocupado.

'' Preciso de.. ir á casa de banho. '' - digo fragil e fraca.

'' Eu levo-te lá, anda. '' - pôs o meu braço á volta dos seus ombros podendo assim levar-me até á casa de banho onde aí vomitei.

Estava confusa, mas a cima de tudo assustada.

Calma Devon, foi só um sonho.. - apontou o meu subconsciente.

Pois, mas a mim pareceu mais de que um simples sonho, ou melhor, pesadelo.

Síndrome de Estocolmo?

stockholm syndrome // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora