capitulo 16 // ultimo

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Saí a correr daquele sítio sinistro.

Corri em frente sem parar.

Cheguei á sala onde anteriormente estivera.

Harry estava deitado, caido no chão á sua volta estava sangue, bastante sangue.

As lágrimas voltaram a escorrer.

Cheguei junto dele, baixando-me e tentei para o sangue, se bem que agora já não haveria servir de muito, que escorria do sítio onde ele tinha levado o tiro.

Ouvi-o a tossir.

Ele ainda está vivo? É quase como um milagre.

Um alivio percorreu o meu corpo.

" Devon.. " - falou fraco, muito fraco.

" Shh. Não te esforçes Harry. Eu estou aqui, tu vais ficar bem. " - acarenciei o seu rosto.

Ouvi passos apressados e esperei pelo pior.

" Sua puta. " - empurrou-me Louis de onde eu estava fazendo com que eu caisse no chão.

Pôs-se em cima de mim, com o material que tinha usado para fazer os meus cortes na mão direita.

A sua mão direita aproximava-se do meu pescoço.

Tentei de tudo para o parar.

Até que se ouve o som de um tiro.

Fechei os olhos com força, mas passado uns segundos abri-os.

Vi que Louis continuava em cima de mim parado, com os seus olhos azuis parados, sem mexerem ou pestanejarem.

De seguida, ele caí para a direita.

Ele estava morto.

Saí o mais rápido possivél debaixo dele e olhei para Harry.

Ele estava parado, em pé, com uma arma na mão e com a outra mão segurava o sítio onde levara o tiro.

O seu ar estava gasto. Morto.

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" E foi isso. " - concluí o que o Harry me tinha feito enquanto estivera na sua casa á minha mãe.

" A minha menina. " - abraçou-me.

O Harry continuava dentro daquela carrinha médica. A policia investigava a mansão do Louis.

Jornalistas e confusão estavam presentes, ali.

Eu estava com uma manta, e já cuidada, com adesivos pelo meu corpo estava junto dos meus pais.

Á porta de casa de Louis.

Vi Harry a aproximar-se.

O meu coração acelarou.

" Saia de perto da minha filha, seu monstro! " - disse o meu pai.

" Pai, eu fico bem. " - disse séria.

Os meus pais sairam preocupados e desconfiados.

" Obrigado por me teres salvo. " - disse.

" Desculpa por tudo isto, eu só- " - um policia interrompeu-nos.

" Vai ter de nos acompanhar. " - prenderam as mãos do Harry atrás das costas.

" Não. " - disse eu.

'' O senhor está preso por rapto e por homícidio. '' - falou o mesmo polícia que o agarrava.

Harry revirava os olhos enraivessido.

Eu estava procupada.

O polícia acaminhou o Harry até ao carro do mesmo.

'' Não! '' - disse indo até lá, mas o meu pai parou-me antes de poder chegar perto do carro.

O carro começou a andar.

Pequenas lágrimas caíam dos meus olhos.

Harry olhava para mim pela janela.

O seu olhar dizia 'desculpa'.

'' A menina irá ter de me acompanhar até ao hospital pesiquiátrico. '' - ouvi uma voz de trás.

Virei-me confusa e encarei uma mulher alta, loira com uma expressão facial autoritária.

'' Eu? Mas, eu não estou maluca, eu não preciso de ir consigo a lado nenhum. ''

'' Pois, isso é o que eu vou ter de examinar. Faça favor. '' - disse e apontou para uma carrinha cinzenta, que provavelmente era o seu transporte.

'' Pai, não a deixes levar-me! Eu não estou maluca! '' - supliquei.

'' Querida, é melhor ires. É como tu dizes, tu não estás maluca. A doutora só te vai examinar. '' - sorriu.

Eu lá fui eu com aquela mulher arrugante até ao seu carro.

Entramos.

Eu ia ao seu lado no lugar do pendura, ela ia no lugar do condutor.

As janelas eram escuras.

Não davam para ver cá para dentro, nem lá para fora.

'' Não se preocupe. '' - falou e eu olhei-a. -'' não vai doer nada. '' - sorriu maliciosamente para mim injetando me uma seringa que fez com que os meus sentidos se perdessem.

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'' Síndrome de Estocolmo, ao que parece. '' - ouvi uma voz que me era reconhecida.

Abri lentamente os olhos e só via branco.

Um espaço branco.

Uma sala branca.

Elevei um pouco o meu corpo e vi-me deitada numa cama, igualmente toda branca.

Vi os meus pulsos presos, tal como os meus tornozelos.

Tentei soltar-me e olhei assustada.

'' Não vale a pena tentar soltar-se. '' - vi a mulher que me tivera levado para a sua carrinha injetando-me algo.

'' Onde é que eu estou? Para onde me trouxe? '' - falei assustada.

'' Para o hospício. Está enternada. Já falei com os seus pais, agora mesmo. Tem Síndrome de Estocolmo, minha querida. Terás de ficar aqui, para seres tratada. A menina não repara, como é normal e lógico. Mas está mentalmente perturbada. '' - falou.

Continuei assustada.

'' Bem, espero que goste da sua estadia. '' - sorriu e saiu fechando uma porta de metal, bem grossa.

Eu estava num hospicio.

Enternada.

Com Síndrome de Estocolmo.

'' Harry, olha o que me fizes-te...'' - susurrei soltando algumas lágrimas.

*

*

*

E A STOCKHOLM SYNDROME CHEGOU AO FIM.

OBRIGADA A TODAS QUE SEGUIRAM E ACOMPANHARAM A FIC AO LONGO DESTE TEMPO.

BEM, A FIC NÃO ACABOU POR COMPLETO! VAI HAVER 2ª TEMPORADA!

BEM, É TUDO.

Ah, uma boa Páscoa para vocês! ;)

OBRIGADA,

XXX.

stockholm syndrome // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora