• p r ó l o g o •

93 13 15
                                    

— Eu não sou sua mãe, querido. — Inko disse tristemente enquanto segurava as mãos do adolescente. Os olhos de Izuku se arregalaram. Como é que é? Não pode ser real.

    — O quê?! Como assim? — O esverdeado teve que perguntar. Ele não conseguia acreditar nisso, ele se lembrava que no seu sonho da noite passada alguém apareceu e disse para ele, algo como: "estou te dando uma oportunidade de você entrar num universo diferente, espero que goste". E pelo visto ele entrou mesmo, pois a mulher que possuí óbvias semelhanças tanto físicas quanto algumas manias estava lhe dizendo que não era sua mãe. Impossível.

    — Me desculpe não ter revelado antes, mas não sou sua mãe biológica. — Inko deu uma pausa e a mente de Izuku gritou um: impossível. — Sua mãe se chama Kayama Nemuri, uma das minhas melhores amigas. Ela é uma heroína, e me fez jurar que cuidaria e criaria você. Ela não queria que eu te contasse. Pelo menos não antes dos dezesseis. E como você fez aniversário ontem...

    Izuku não falava nada ele estava absorvendo as informações. Sua mãe nesse universo estranho era a heroína Midnight??

    — Sua mãe, como eu já disse, é uma heroína, ela está no top 10 do Japão. E isso seria um risco para você, um bebêzinho inocente. Mas agora você não é um bebêzinho, já é quase um homem. Portanto, nós dois vamos pro Japão para ter mais contato com a Nemuri.

    A cabeça do adolescente estava dando voltas e mais voltas, eles iriam para o Japão? Eles já não moravam lá? Aonde eles estão? Eram tantas perguntas para fazer, mas nada saia da boca de Izuku.

    — Então, querido, você já é crescido o bastante para decidir se você quer ir ou não. O que você decide? Vamos pro Japão e conhecer sua mãe biológica ou vamos seguir nossas vidas normalmente aqui no Brasil?

    Inko acariciava os cachos rebeldes do esverdeado, enquanto ele raciocionava. Eu estou no Brasil? Eles não falam português? Como eu sei português? É esse idioma que minha mãe está falando, certo? Como eu vim parar aqui? O certo de se responder nessa hora é ir pro país em que ele conhecia, ou seja, o Japão. Pelo menos lá eu poderia pedir ajuda ao All Might. Puta merda, o One For All. Inko percebeu que o esverdeado estava pensando muito no assunto, se ela se concentrasse poderia ver fumaça saindo da cabeça do garoto sentado em sua frente.

    — Você não precisa decidir nada agora. Podemos ir comer. Hoje eu fiz um risoto com a receita da dona Lúcia. Vamos almoçar, vamos.

    Izuku percebeu algo; pensar muito dá fome.

estou numa fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora