Bakugo ia todos os dias para o hospital, não conseguindo perder um dia de visita. Aos poucos foi conhecendo a equipe medica que ajudava o rapaz que tanto lhe agradava, sempre tentando conseguir informações com os profissionais sobre alguma possível melhora do ruivo. Ainda achava que ele era como um sonho para si, ou melhor, como um anjo que não conseguiu cuidar. Seu coração doía cada vez que via o rapaz em cima da maca, sempre cheio de fios que monitoravam desde a sua atividade cerebral até os batimentos cardíacos. Não queria que o rapaz ficasse ali por muito tempo, mesmo que não pudesse fazer muito.
Sua face estava horrível e ele sabia, era como se um caminhão houvesse passado por si, acabado com sua vontade de se arrumar ou até mesmo com a vontade de encontrar com amigos, queria saber exclusivamente de Kirishima e sobre seu caso, se havia tido melhora ou algo para animar a si. Mesmo que soubesse a situação, ainda sim, tinha um fio de esperança.
Se levantou a cadeira de acompanhante, tocando o rosto do rapaz ruivo por um minuto, acariciando a pele alva enquanto seus olhos corriam por toda a extensão do rosto, analisando desde a cicatriz no supercilio até os lábios, tão bonitos que Katsuki sofria para parar de olhá-los. Era gado demais por Eijiro Kirishima e não podia negar, muito menos esconder.
– Cabelo de merda, você tá assim tem uma semana, eu não aguento mais ter saudades dos teus olhos brilhantes, do teu sorriso fofo e até mesmo da tua voz me chamando de Bakubro. Sabia que é um apelido horrível? Aceitei porque era teu e só você me chama assim, acorda logo... por favor... – o pedido fora baixo, deixou a mão que antes corria o rosto de Kirishima descer até a mão dele, apertando-a de leve enquanto fazia um leve carinho na palma.
Seu coração deu uma leve parada quando sentiu um leve movimento vindo do ruivo, sentiu leves lágrimas descerem por seu rosto, enquanto olhava para a face desacordada de Kirishima. Se curvou sob o corpo inerte do amado, acariciando o rosto bonito enquanto podia vê-lo pela visão embaçada por conta das lagrimas abundantes, queria tê-lo o quanto antes, aquilo havia ascendido em si uma esperança que ele não sabia que existia e que precisasse dela daquela forma absurda.
– Calma... – Proferiu baixo, quase 'num sussurro desesperado, mais para si do que para o rapaz a sua frente e, principalmente, por ter de sair do lado do amado, correndo até a porta para gritar por algum médico ou algum enfermeiro, queria saber se era realmente o que pensava. Sentia o corpo pulsar em ansiedade ao que via o médico examinando o amigo, sabia que podia ser tudo e ao mesmo tempo nada.
– Ele está estável, pode ser que acorde agora ou semana que vem. Perdoe. – O médico disse com um leve pesar ao tocar o ombro de Bakugo. – Não se preocupe, uh? Pode ter sido um espasmo, acontece. – O médico terminou antes de deixar o rapaz para trás., sozinho com suas decepções e medos.
– Não vou abandonar a ti, Kirishima. Custe o que custar. Vou esperar por ti. – Katsuki terminou, suspirando ao deixar a cabeça descansar sob a mão alheia, a mesma que havia lhe dado mais que esperança. Um motivo para continuar firme ali, ao lado de seu amado. Ou melhor até quando pudesse ficar no hospital, onde mesmo que fosse embora hoje voltaria no dia seguinte e assim até quando ele viesse acordar.
Bakugo estava desesperado, fazia pouco mais de duas semanas que ia diariamente ao hospital, o coração doía cada vez mais ao ver que estava demorando mais do que imaginava para ter o rapaz em seus braços novamente. Voltou a ocupar seu lugar diário, a poltrona de acompanhante, enquanto segurava a mão dele suavemente, fazendo carinho nela.
Após alguns minutos a luz forte da janela se fez presente, fazendo com que o semblante calmo aos poucos fosse despertado, Kirishima olhou o local sem entender realmente o que havia acontecido ou o que havia passado. Seu coração doía como o inferno e ele sabia o porquê, pelo menos disso ele tinha noção. A diferença era o local em que havia acordado, seu corpo reclamava em forma de dores pelos mais diversos lugares, provavelmente porque estava deitado há tempo demais.
Olhou para o lado, sorrindo ao ver um buquê cheio de flores diversas, como se fosse montado por varias pessoas e, provavelmente, havia sido. Sentiu o peito doer, suspirando ao sentir uma pétala aparecer em sua boca, ainda tinha a doença, provavelmente havia tido uma péssima crise e o trouxeram para o hospital. Queria morrer por não ter se livrado disso quando eram apenas pétalas avulsas em sangue, tal como essa que lhe apareceu no momento.
Seu coração errou diversas batidas ao ver a cabeleira loira que tanto gostava, podia sentir seu peito subir e descer rapidamente, o desespero se fez real quando sentiu o leve aperto da mão alheia na sua, apertou a mão alheia de volta sem realmente saber como proferir no momento. Pode ver o sorriso de Bakugo abrir, logo tendo-o sob si.
Podia falar que tê-lo assim consigo era um sonho, tal que havia se tornado realidade ao que sentia as lagrimas dele molharem seu ombro. Ao que sentia as mãos afoitas em si, como se fosse difícil acreditar que estava ali e aquilo o deixava feliz, imensamente feliz.
– Bakugo... – a voz baixa de Kirishima chamou o rapaz, observando-o se afastar lentamente enquanto a sua própria mão corria o rosto bonito dele, limpando as lagrimas que escorriam pela face bonita do loiro. – O que houve? Porque eu 'tô aqui?
– Filho da... Kirishima, porque você faz isso comigo? Porque você nunca me contou? Porque? – a voz chorosa e preocupada de Bakugo foi presente, quase como se tivesse com medo de que fosse um sonho. – Inferno, você faz isso comigo... Você me deixa só, como que eu vou ficar sem você? Como que você... meu Deus, você pegou meu coração e jogou no chão fazendo isso, você não entende que eu sempre gostei de ti? Que você é a minha alma gêmea, que você é a pessoa que eu sempre quis e sempre vou querer ter do meu lado! Entenda, homem! – Bakugo completou, suspirando ao sentir o rosto molhado pelas lagrimas enquanto podia ver o ruivo olhar para si surpreso, logo recebendo o sorriso que sempre fora seu raio de sol e aquilo não iria mudar. – Nunca mais, escute, nunca mais me deixe! Eu não aguento mais, ok? Eu te amo, inferno!
Bakugo falava em meio ao choro, apertando o rapaz antes de se afastar lembrando que ele estava cheio de fios e de furos por causa de medicamentos, mas não conseguia conter sua euforia por causa dele.
Notas Finaisbom, chegamos na reta final da fanfic e falta um capitulo para ela terminar!
não deixem de comentar, amo saber como vocês estão pensando sobre a fic e tal <3
até o próximo capitulo!
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Como conquistar Katsuki Bakugou
FanfictionKirishima sabia o que aquelas dores em seu peito significava, sabia porque estava sentindo-a e como poderia acabar. Porém, cada dia que passava mais imaginava uma morte lenta e dolorosa, a verdade era que iria ter um belo ramo de rosas em seu peito...