Still the Beginning

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Naquela tarde o garotinho de olhos escarlates seguia em direção ao lugar de encontro que ele tinha decidido. Mas ao chegar lá percebeu que o pequeno de cabelos esverdeados não se encontrava em lugar nenhum, então decidiu procurar o mesmo em sua casa. Assim que entrou no lugar, a mãe do garoto dissera que o mesmo estava com uma gripe e que infelizmente não poderia sair, fazendo com que o pequeno mudasse seus planos. Se dirigiu para o quarto do seu amigo de infância parando ao ver o mesmo deitado na sua cama, coberto e com uma toalha na testa, com preocupação se aproximou colocando sua mão nos cabelos emaranhados e só com isso o pequeno abriu seus olhos chamando pelo mesmo.

"Kacchan...? O que você tá fazendo aqui...?"

"Vim tomar conta de você, seu fracote. O passeio nem é tão importante assim."

"Mas.. ainda dá tempo de ir! Eu quero ir!"

O garotinho tentou se levantar da cama, mas foi impedido pelo seu melhor amigo.

"Onde você pensa que vai? Olha o seu estado, se normalmente não consegue fazer nada imagina agora."

Ele então se deu por vencido e começou a chorar. Ele esperava tanto por aquele dia, tinham combinado uma semana antes de irem fazer um passeio na floresta e estava mais do que ansioso para ver a base secreta que o loirinho explosivo tinha chamado de sua. Se sentia tão impotente e frustrado por ter estragado aquele dia que seria maravilhoso, por ter pego uma gripe, se ao menos tivesse se cuidado nada disso aconteceria. O pequeno de cabelos espetados, se sentindo mal e preocupado com o seu melhor amigo, subiu na cama e deitou ao lado do mesmo o abraçando para enfim fazê-lo parar de chorar.

"Kacchan! Você vai pegar minha gripe se ficar aqui, por que você não foi sem mim?"

"Do que adiantaria eu ir se você não estivesse lá? Agora fica quieto e para de chorar."

O garoto enfim se acalmou, logo pegando no sono, mas antes de fechar os olhos se aconchegou no seu amigo estressadinho sorrindo.

"Kacchan, obrigado por ficar comigo."

O de olhos avermelhados afagou seus cabelos esmeraldas ao escutar aquilo fazendo o pequeno, sem demora, adormecer. A partir daquele momento ele se prometeu mentalmente de que sempre estaria ao lado do pequeno brócolis e nunca o deixaria.

Era o que se esperava, até eles entrarem na escola e o seu comportamento mudar em relação ao seu amigo de infância chorão. Por um tempo, ele mesmo tinha se esquecido da sua própria promessa até aquele fatídico dia....

"Alguém, por favor... Proteja o Deku!"

Naquele dia ele se lembrou da promessa que tinha feito...

"Te encontrei, vilão maldito!"

Naquele dia ele se lembrou do erro que cometeu ao se esquecer dela...

"Bakugo!"

"Deku-niichan!"

"Não percam!"

E ele jamais se perdoaria por um dia ter a quebrado...

"Kacchan... só tem um jeito..."

Mas, a partir daquele dia...

"K-Kacchan..."

"Deku..."

Ele se prometeu de que nunca mais soltaria a mão que esteve o esperando por tanto tempo...

"Esse é o fim do seu sonho, Deku."

"Não importa, não há outro jeito!"

E de que nunca mais quebraria sua promessa de novo...

"Kacchan, vamos!"

"Hã? Eu achei que tinha te dito pra não me dar ordens!"

A promessa de que nunca deixaria seu pequeno esverdeado.

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