Sebastian / Black Butler

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Tema: A caçada perfeita.
Aviso: contém cenas +18
Boa leitura!

- Sebastian, ela já trouxe o meu cervo? Eu o quero para o almoço.

Terminei de servir o chá e coloquei de volta a chaleira na bandeja.

- Ainda não, jovem mestre.

Respondi colocando o pires com biscoitos e a xícara em sua mesa. Antes que qualquer palavra fosse dita uma ventania típica dos dias de chuva invadiu o escritório. Fechei a janela  e comecei a reorganizar os papeis rapidamente.

Assim que o jovem mestre terminou seu lanche fiz uma breve reverência e deixei o escritório. Desci ao andar de baixo e fechei algumas janelas no caminho já que a ventania trazia para dentro algumas folhas.

Depois que coloquei os utensílios para lavar fui olhar as horas e bem como o tempo, elas não estavam nada favoráveis a caçadora.

Droga.

Parti em busca da mulher através do bosque. Infelizmente ela em nada facilitava meu trabalho, tinha o passo habilidoso e sequer deixava rastros ou seguia trilhas.

Determinado a conseguir atingir as ordens do jovem mestre com perfeição fui em direção ao rio, o lugar favorito dela para caçar.

Para a minha sorte logo a distância nós nos vimos, ela acenou em minha direção. A medida que me aproximava podia perceber o péssimo estado da mulher, suas roupas estavam molhadas numa mistura de água e sangue que as deixava coladas no corpo, suas mãos sujas de sangue escuro.

- Oe, chegou no momento certo pra me ajudar com ele. - ela exclamou finalizando o corte com uma adaga.

Ela pegou a cabeça do animal entre as mãos e eu me aproximei curioso, afinal não achei que aquele método facilitaria o transporte do animal.

- É uma pena que o Ciel goste tanto de carne de cervo, pobre animal. - reclamou e em seguida abaixou a cabeça e fechou os olhos - Receba minha oferenda, Deusa Ártemis. - rezou baixinho e jogou a cabeça nas águas do rio.

Ela foi aceita mais que depressa e sumiu pela água.

Fiz uma careta. Sério que ela tinha feito aquilo na minha frente?

- Tive um problema com equilibro e caí na água. - contou - que bom que chegou pra me ajudar.

Dei as costas e comecei a voltar em direção a mansão com uma carranca.

- Você dará conta sozinha, não chegue atrasada e evite a chuva. - avisei.

- Oe! - ela reclamou se colocando a minha frente segurando minha camisa branca com suas mãos banhadas de sangue. - Você vai me ajudar sim! - avisou.

Retirei as mãos dela da minha blusa com uma careta de nojo, aquela certamente eu teria de trocar, haviam ficado duas manchas enormes de sangue.

- Com licença, vou trocar essa camisa, um mordomo tem que estar...

- Mesmo nas trevas você sempre será um mordomo?! - indagou e pude ver a fúria nos olhos dela. - Ou me ajuda - apontou o indicador quase no meu rosto - com o cervo - gesticulou para o cervo - ou vou te dar um chá de buceta tão forte que você vai esquecer de ser Sebastian, o mordomo. - avisou me encarando com determinação.

Gargalhei antes de apanhar sua mão e segurando seu pulso e sua cintura girar com ela. Não demonstrou estar assustada nem mesmo quando seus pés já não mais tocavam o chão, mas pude sentir seu coração bater acelerado contra o meu peito e então e joguei no rio.

Bati minhas mãos uma na outra para retirar a poeira e ignorando os gritos raivosos dela peguei a caça pela coluna com as pontas dos dedos.

Escutei ela bufar odiosa, foi a primeira vez que escutei ela pisar pesado e tive que segurar o riso.

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