Continuação cap2

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- Talvez o moules frites - sugeriu Jin em voz baixa.
Antes que eu pudesse concordar, o celular de alguém começou a tocar. Jin empurrou a cadeira para trás e tirou um telefoninho do bolso do paletó.

- Sinto muito, senhoritas(o), é o meu. Com sua licença?

- É claro, Jin - disse Jennie novamente, dessa vez entres dentes cerrados, enquanto o Sr. Kim se afastava da mesa.

- Como é que ele pode estar de terno? - perguntei, virando-me para trás para vê-lo caminhar até a rua. Minha cabeça girou quando voltei a olhar para a frente. - Está tão quente.

- Se fosse você, não beberia tão rápido, Jimin - aconselhou Jennie, servindo-me um copo de água. - Este não é um almoço social.

- Droga. Eu queria muito, muito que fosse - relutantemente, troquei minha taça, uau, quase vazia, por um copo de água. - Então, o que é?

- É uma encheção de saco, isso sim - Jennie bebeu o vinho até o fim e respondeu a minha sobrancelha erguida com um olhar bem peculiar. - Eu sei beber, não se preocupe. Isto aqui, Jimin, é uma "Grande Coisa para Você". Aparentemente, uma das netas de Jin é a sua "maior fã" e ela acha que você deveria estar fazendo mais, sei lá, "jornalismo de verdade", para outras revista de Spencer, como a Icon ou a Belle.

- Jornalismo de verdade? - não tinha gostado da quantidade de vezes que ela fizera aspas com os dedos durante a frase. - Belle? Querem que eu escrevera para uma revista de moda?

- Aparentemente, sim. Não sei exatamente o quê, portanto não me pergunte - ela serviu um pouco mais de vinho na própria taça. - Só estou aqui porque fiquei sabendo dessa história pela Irene e liguei para o Jin para descobrir o que estava acontecendo.

- Espere um momento, como a Irene ficou sabendo? - agora estava realmente confusa.

- Kim Irene. Ela é uma das netas de Jin - revelou Jennie.
Fiquei sóbria imediatamente.

- Claro que é.

- Você não acha que a contratei pelos lindos olhos, não é? - Jennie me lançou um olhar compreensivo. - Jin e eu somos velhos amigos.
  Tive que fazer toda a força possível para não erguer a sobrancelha.
Velhos amigos. Safadinha.

- Mas a Irene me odeia - falei, trocando minha água pelo vinho. Definitivamente, agora era hora de vinho. Entretanto, se queria continuar tendo controle das minhas expressões faciais e da minha boca, era melhor não tomar um porre. - Por que ela diria ao avô para me dar mais serviço?

- A Irene não o odeia - disse Jennie, completando novamente meu copo de água. - Ela tem ciúmes de você. Sabe que só é meu assistente porque é neta de Kim. Vem tentando ser repórter desde que terminou a faculdade, mas até o Jin sabe que ela não escreve droga nenhuma.

- Ah. Nossa. Que chato - comentei.

- Não começe a se sentir mal por ela. Jimin, ela é uma vaca. E se livraria de você em um segundo se tivesse a oportunidade de roubar o seu emprego.

- É justo - falei, deixando para lá qualquer possível simpatia pela Irene que estivesse nascendo. - E por que ela me recomendou para outros projetos?

- Fiquei torcendo para que ela perca o interesse e viva da fortuna, como a irmã, mas aquela garota não desiste - Jennie acenou com a cabeça para Jin, que estava voltando para a mesa. - Eu ficaria impressionada com a tenacidade dela se estivesse trabalhando para qualquer outra pessoa e não para mim. E não seja boba. Não foi ela, foi a prima.
  Jin sentou-se á minha frente e logo as entradas chegaram. A comida parecia deliciosa, só que eu já nem estava mais com fome.

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