O novo investidor

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Bianca's POV

Acordei escutando a campainha do meu apartamento tocar como se a pessoa estivesse desesperada. Olhei para o relógio digital ao lado da minha cama e vi que eram três e cinquenta da manhã. Resolvi ir atender a porta antes que algum vizinho reclamasse do barulho.

Quando eu abri a porta, Maggie passou por mim sem dizer nada e foi em direção a cozinha. Olhei para Flavina que vinha atrás dela e parecia estar com tanto sono quanto eu.

- Desculpa aparecer assim Bianca. - ela fala se arrastando para dentro do apartamento e eu fecho a porta. - Quando eu percebi Maggie já estava me acordando para vim até aqui.

- Tinha que ser na madrugada de um domingo? - Pergunto com raiva e nós duas vamos até a cozinha.

Maggie havia pego um pote de sorvete, que estava em cima da mesa, e pegava algumas frutas dentro da geladeira. Quando pegou tudo o que achou necessário, ela colocou as frutas em cima da mesa ao lado do sorvete e começou a procurar alguma coisa dentro das minhas gavetas. Eu ainda olhava tudo sem entender, mas quando ela pegou uma faca, abriu o pote de sorvete e começou a cortar as frutas jogando tudo dentro do pote eu entendi que se tratava de um desejo.

- Porra Maggie, tanta hora pra ter desejo e foi ter as três da manhã? - Pergunto vendo ela levar uma colher com uma boa quantidade de sorvete, banana, maçã e uma uva até a boca. - Isso faz bem? - Pergunto baixo para Flavina que estava quase dormindo de novo.

- E eu lá sei? Eu só quero dormir. - ela responde e Maggie a encara arqueando a sobrancelha. - Mas só vou dormir depois que você terminar amor. - Fala sorrindo e Maggie suaviza a expressão no rosto voltando a atacar o pote.

- Eu acho que nunca mais vou tomar sorvete na minha vida. - Digo observando Maggie se deliciar com a mistura que ela fazia. - Então, como vão os estudos? - Pergunto voltando minha atenção para Flavina que olhava a namorada assutada.

- Bem para um final de curso. Eu ainda vou ter meu trabalho no seu hospital não é? - Pergunta me olhando e eu assinto com a cabeça. - Ótimo porque eu recusei ótimas oportunidades de emprego.

- Então pequena Andrade, como andam as coisas com Rafaella? - Maggie pergunta comendo o sorvete dessa vez de forma mais lenta. - Pelo jeito que saiu ontem a coisa parecia ter sido séria.

- Eu sei que você já sabe a história toda Maggie. - Falo e o cachorro que eu havia adotado para Chris apareceu na cozinha e eu o pego no colo. - Meninas, esse é o cachorro que eu adotei para Chris, ainda é filhote então não tem nome. - Digo fazendo carinho no animal.

- Você ainda a ama não é? - Flavina pergunta levando a mão até o cachorro.

- E quando foi que eu deixei de amar? - Pergunto ainda olhando para o cachorro e não precisei levantar o rosto para ver que as duas me encaravam com pena.

Eu não ia deixar elas duas voltarem para casa, então ofereci meu quarto para elas dormirem. Fiz uma nota mental de sempre deixar o quarto de hóspedes arrumados para caso outra pessoa aparecesse ali de madrugada.

Quando eu acordei, ia dar dez da manhã. Levantei e fui até meu quarto e constatei que Maggie e Flavina ainda dormiam, então fui fazer o café da manhã. Peguei meu celular que eu havia deixado dentro da minha bolsa e me assustei com o tanto de ligações e mensagens que tinha nele.

A maioria das mensagens eram de Iris querendo saber se eu estava bem. Sorri vendo que ela estava mesmo tentando se acertar comigo. Enquanto eu preparava o café da manhã, coloquei meu celular para tocar música baixo enquanto pensava nas coisas que ouvi Rafaella dizer.

Namorada de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora