É hora da familia

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Narrador's POV

Alguns anos depois

Rafaella terminava de arrumar a mochila de sua filha. Sim, filha. Corey havia completado o ciclo para finalmente estar 100% confortável com ela mesma.

-Christian Kalimann Andrade, quantas vezes eu já disse para largar esse celular e ajudar sua mãe? - Bianca pergunta para o filho, agora Chris já nos seus doze anos, já possuía o sobrenome Andrade e estava na pré-adolescência.

- Eu ajudei. - O garoto exclama sem tirar os olhos do celular e sente a presença de Bianca a sua frente. - Ah qual é mãe. - Diz e a carioca estende a mão para ele. 

Mesmo contrariado, Chris entregou o celular na mão dela. A morena suspirou ao ver o filho virando o rosto com um bico em seus lábios, Chris nunca havia dado trabalho como estava dando naqueles dias, e o pior era que ele não se abria nem com a irmã. Rafaella olhou para a cena e respirou fundo, teria uma conversa com Chris assim que chegassem em casa.

Porém a conversa ficou para depois. Assim que abriram a porta da casa, todos do grupo gritaram animados e uma pequena Ruby correu para abraçar as pernas de Corey. A garota não sabia se chorava com todo o apoio que sempre recebeu ou se comemorava com Jacob e Nora, seus melhores amigos. Rafaella não conseguiu conversar com Chris pelos próximos dois dias. O garoto sempre dava um jeito de esquivar de conversar com as mães e claro que ele sempre usava a desculpa de que a semana de provas estava próxima na escola.

Era quarta, final de tarde quando Bianca recebeu uma ligação depois de sair de uma exaustiva reunião. Suspirou cansada e foi até a escola de Chris, a diretora havia lhe ligado pedindo que ela fosse assim que possível para a escola, Chris havia aprontado. Quando chegou fez o já tão conhecido caminho até a sala da diretora, não que Chris tivesse aprontado antes, mas as outras vezes que foi até lá com Rafaella, era para ouvir a diretora elogiar Chris.

- Que bom que veio logo senhora Andrade. - A diretora fala assim que Bianca entra em sua sala. Chris estava sentado no sofá da sala da mulher com uma expressão de raiva no rosto.

- É Kalimanm Andrade, diretora Haley. - Bianca senta em uma das cadeiras a frente da mesa da mulher. - Então, o que aconteceu?

- Chris bateu em dois meninos hoje. - A diretora fala presumindo que Bianca odiaria ter seu tempo gasto com alguma coisa que não fosse para ganhar dinheiro, era assim com a maioria dos pais que eram empresários.

- Acho que não entendi. - Bianca olha rápido para Chris, que só fez virar o rosto quando a mãe o encarou, e então voltou sua atenção para a diretora. - Você disse que meu filho bateu em dois meninos? - Pergunta e a diretora assente com a cabeça. - E o que os garotos fizeram? Chris não tomaria uma atitude dessas se não tivesse um motivo forte.

- Ele não quis nos contar. - A diretora responde e Bianca respira fundo. - Infelizmente terei que dar dois dias de suspensão a Chris.

- É só isso? - a carioca pergunta e a diretora afirma. - Ótimo. - Levanta da cadeira. - Chris, vamos embora. - O garoto prontamente sai da sala, sabendo que a mãe daria um sermão na diretora. - Diretora Haley, se quer um conselho, preste atenção em todos os seus alunos. - A mulher encara Bianca sem saber o que falar. - Não é a primeira vez que Chris se queixa de estarem o importunando. - Se inclina para ficar mais próxima da mulher. - Agora, se você prefere tapar os ouvidos para as reclamações dos alunos porque um ou dois são filhos de empresários que patrocinam os times de basquete e futebol, saiba que eu posso acabar com isso em menos de um dia caso eu queira. - E então sai da sala.

No carro, Chris não dizia uma só palavra para Bianca. A carioca percebeu que ele mexia na mão direita, a mão que ele certamente havia usado para bater nos meninos. Em casa, Chris foi para a cozinha para colocar gelo em sua mão e foi seguido por Bianca.

Namorada de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora