Vamos para São Paulo

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Rafaella's POV

- Não. - Bianca diz atraindo a atenção de todos na rodinha que fizemos para jogar. - Eu posso lidar com alguns selinhos, mas um beijo com língua já é demais. - fala e levanta estendendo a mão para mim. - Vamos Rafaella.

Tudo isso aconteceu porque Marcela desafiou Mari a me beijar, um beijo de verdade, no jogo. Agora Bianca estava com ciúmes e me encarando séria enquanto eu não me mexia.

- Desculpe querida, não vai ser hoje que você vai beijar a maravilha que sou eu. - digo pegando na mão de Bianca e me levantando.

A carioca me levou até um bar improvisado por ela e Manu. Ela pegou dois copos e começou a misturar algumas bebidas.

- Vai me dizer o que foi aquilo? - pergunto vendo ela misturar as bebidas e revirar os olhos.

- Eu com ciúmes. - fala e me entrega o copo. - Não gosto de compartilhar o que é meu.

- Vamos deixar uma coisa bem clara aqui, eu não sou um objeto para você me chamar de sua. - digo e me aproximo dela. - Nunca mais se refira a mim desse jeito, estamos entendidas? - pergunto, mas Bianca encarava algum ponto atrás de mim.

Viro para olhar para onde ela encarava e percebo um cara vestido de jogador de futebol me encarando. Quando ele viu que eu estava olhando para ele sorriu e resolveu se aproximar. Peguei na mão de Bianca e a puxei para longe do cara indo até a área da piscina.

Para o meu azar, o homem resolveu nos seguir e tive que me controlar para usar toda a educação que minha mãe me deu para não mandar ele para a puta que pariu. Homens, por que tão inconvenientes?

- Ela já disse que não quer nada com você cara. - Bruno aparece assustando o homem que sai ao ver o tamanho dele. - Vocês estão bem? - pergunta olhando para mim e Bianca.

- Sim, só com raiva. - digo e ele sorri. - Por que os homens não podem ser que nem você? O mundo seria um lugar melhor.

- Ela já está bêbada? - Bruno pergunta olhando para Bianca que ri.

- Acredite, esse é o primeiro copo dela. - a carioca diz apontando para o copo que eu segurava. - Obrigada mais uma vez Bruno, agora nós vamos dançar. - fala e puxa minha mão para a pista de dança.

E aquela foi a última cena que eu lembrava da noite.

Escutei alguns sussurros a minha volta e comecei a abrir os olhos devagar. Uma luz forte fez com que eu fechasse meus olhos para então poder abrir ele de novo. Assim que me acostumei com a luz vejo minha mãe, tia Mônica e todos os meus amigos que estavam na festa.

- Ela acordou. - Bianca que segurava minha mão diz ao ver meus olhos aberto e Bárbara chamou alguém. - Nunca mais me assuste daquele jeito.

- Por favor, não me digam que eu exagerei na bebida e entrei em um coma alcoólico. - digo enquanto Bianca e minha mãe me ajudam a levantar. Senti uma dor na cabeça e levei minha mão até o lugar para ver se conseguiria aliviar a dor, mas desisto quando sinto um curativo na minha cabeça. - Por favor, não me digam que eu cai de tão bêbada que eu estava.

- A primeira coisa que você pensa ao acordar em um hospital depois de uma festa é que entrou em coma alcoólico? - minha mãe pergunta e eu sorrio culpada para ela, talvez quase tenha acontecido um dia, mas nada que ela precisasse saber.

- Pequena Kalimann. - Maggie diz atraindo minha atenção para ela. - Você acabou com um cara que estava assediando uma menina na festa, foi preciso Daniel e Bruno para poder te tirar de cima dele.

- Foi aquele idiota que não saiu do seu pé até Bruno apareceu. - Bianca diz revirando os olhos e aperta mais minha mão contra a sua. - Ele te acertou na testa, por isso o curativo, mas ele não está em uma situação muito boa, belo gancho de direita a propósito.

Namorada de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora