why? • muke [shortfic]

I. The Truth Hurts

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oi gente :) é a primeira vez que eu faço alguma coisa relacionada a muke, então não vamos ficar julgando a coleguinha aqui. ok? ok

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Luke abriu os olhos e logo se arrependeu: a claridade o fez sentir como se estivesse ficando cego. Como se isso não fosse o suficiente, uma forte dor de cabeça tomou conta de seus pensamentos poucos segundos depois. Ele quase se arrependeu de tudo o que tinha feito na noite anterior. Quase.

Enquanto seus olhos tentavam se acostumar com a luz, ele se esforçou ao máximo para tentar decifrar onde estava. Ao perceber que dormira em seu quarto de hotel, soltou um suspiro de alívio. Ele não fazia ideia do que havia acontecido na festa em que fora, mas sabia que tinha gostado, pois, embora a dor de cabeça, uma sensação de felicidade percorria todo seu corpo.

Infelizmente, essa quase passou ao perceber que havia alguém com quem ele dividia a cama. O receio de olhar para o lado só não foi maior do que a vontade de satisfazer sua curiosidade, logo soltando um xingamento ao perceber o que havia acontecido:

"Puta que pariu" foi a única coisa que conseguiu dizer, ao olhar para o menino de cabelo vermelho, enrolado nos lençóis e dormindo como um anjo.

Seu melhor amigo. Luke havia dormido com o seu melhor amigo. Ele queria acreditar que não, mas as pequenas lembranças da festa que começaram a rodopiar por sua mente, e as roupas dos dois jogadas pelo chão, diziam o contrário.

Seu cérebro parecia dar vários loops de 360 graus para conseguir processar tudo aquilo, mas ainda era difícil entender tudo o que havia acontecido e, mais importante, por que ele havia gostado?

Tentando se manter calmo, Luke recolheu suas roupas e as vestiu o mais silenciosamente possível, pegou seu celular, sua carteira, e saiu avoado do quarto, mas não sem antes conferir se Michael continuava apagado.

Ao entrar no elevador, percebeu que não havia muito que fazer: já eram três horas da tarde e seus outros dois amigos não tinham sequer dado sinal de vida depois de terem saído da festa. Mesmo assim, resolveu mandar uma mensagem perguntando onde eles estavam.

Chegando ao saguão, avistou um de seus seguranças perto da porta e o perguntou se haviam fãs na frente do hotel. Por mais que ele se sentisse mal em não tirar fotos com os seus mais fiéis seguidores, ele não estava com ânimo para fazê-lo no momento. Após o segurança lhe explicar que os poucos fãs que os esperavam já tinham ido embora, ele saiu do hotel em direção a uma cafeteria localizada duas quadras dali.

Luke agradeceu mentalmente que estava em uma parte bem menos movimentada de Londres, de modo que ninguém o reconheceu pelo caminho, e ele pode ir tranquilamente até a pequena lanchonete localizada na esquina de uma rua estreita. Nesse momento, mal estaria ele imaginando que, em seu quarto de hotel, Michael estava acordando com lágrimas nos olhos.

Tristeza: a única coisa que Michael era capaz de sentir. Ele gostava de Luke. Michael amava Luke. Mais do que deveria e do que era capaz de admitir, infelizmente. E era óbvio para Michael que esse sentimento não era mútuo, do contrário, o loiro não teria fugido, como ele mesmo havia concluído.

Suas lágrimas eram quentes de raiva e ele tinha certeza de que seu rosto estava tão vermelho quanto o seu cabelo. Não, ele não estava sofrendo por um amor não correspondido pelo seu colega de banda, foi o que tentou se fazer acreditar, mesmo sabendo que estava errado. Agora, além de não ter sua paixão correspondida, ele tinha estragado uma amizade insubstituível. Como ficaria a banda agora, foi um de seus pensamentos mais importantes, eles não conseguiriam agir normalmente, ou conseguiriam?