Capitulo 2

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"Sentimentos escorrem pelo canto da boca"

Acampamento de verão,
um ano atrás .

Sasuke

La estava ele, sentado com as costas retas olhando a paisagem passar por nós pelas janelas do ônibus, sozinho. Nunca vi Naruto se juntar a alguem de nossa turma se não fosse por um trabalho em equipe ou um debate levantado por um professor. Quem um dia se interessou por sua amizade mudou de ideia depois da atitude distante de tratar todos que não fossem Neji ou Hinata, os gêmeos Hyuga  , um ano mais velhos que nós dois, formandos do ano passado. Ou seja, Naruto agora estava, irremediávelmente, sozinho.

Algo me dizia que ele se encomodava muito com isso, mas ao mesmo tempo tinha medo de fazer algo sobre, como se responder um comprimento dado pelo colega sentado na poudrona do lado da sua fosse uma batalha enorme.

E de alguma forma, parecia ser.

Perco muito do meu tempo o observando, eu sei cada traço de seu rosto de cór, todas as manias e tiques nervosos. Sei quando ele tem dificuldade nas matéria,
normalmente morde a tampa da caneta enquanto a gira entre os labios. Sei que odeia a comida da cantina, Naruto nem mesmo entra lá, prefere comer o que trás de sua própria casa debaixo da macieira perto da biblioteca.

É muito tempo dirigido a outro Alfa, tenho consciência, mas a algo naqueles olhos azuis, a parte mais sincera de seu rosto, ou no cabelo loiro radiante, talvez até na pele bronzeada, que me tira o foco. Não consigo lembrar de quando não foi assim.

Fomos apresentados  quando  crianças em uma reunião social qualquer de negócios, algo muito normal para as famílias de empresários. Naquela época Naruto parecia muito mais descontraído do que é agora, lembro que corremos pelo pátio, andamos pela borda do chafariz e subimos na maior arvore que encontramos, de onde eu cai e quebrei meu cotovelo esquerdo. Foi bem divertido.

Nossa amizade não evoluiu muito depois disso, sempre nos cumprimentamos ou soltamos comentários sarcásticos nesse tipo de reunião, nos distraindo da chatice repetitiva que era cada uma delas, sempre penso que prefiro mil vezes subir e me quebrar todo quando cair de uma árvore do que encarar um jantar daqueles.

Hoje termina a minha rotina interminável de analisa- lo, é a despedida do ensino medio e tambem de minha obsessão por Naruto, ja que não terei nenhuma desculpa para mante- la. Não frequentamos os mesmos lugares e nem conhecemos as mesmas pessoas, tirando a sociedade que liga as empresas de nossos pais, não a nada que nos ligue realmente.

Suspiro, tambem dirijo meu olhar para janela onde só posso ver a floresta da montanha que estamos subindo, tantos tons de verde mesclados impossíveis de se contar, muito lindo, apesar da simplicidade. A rua de pedra balança o ônibus pra lá e pra cá, escuto o barulho repetitivo do vidro sento atingido repetidamente na fileira da frente, onde Shikamaru Nara estava dormindo, provavelmente acordará com dor de cabeça.

Os pneus rodaram por mais alguns quilómetros, parando em um conjunto de cabanas de madeira, o acampamento Shunin.

Café na beira da praia
Hoje

Naruto

Evitei Sasuke a todo o custo, o que aconteceu no meu quarto no dia anterior batucava em minha mente sem parar, eu lembrava das sensações que seus toques me causaram e isso me fazia tremer, foi a coisa mais excitante que me aconteceu e isso me deixava com medo.

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